tag:blogger.com,1999:blog-145933592024-03-13T06:47:33.805+00:00ÁreaNegativa!João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.comBlogger563125tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-58107923374809546782014-06-01T14:37:00.000+01:002014-06-01T14:41:25.165+01:00X-Men #1-3<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir4kV_CBzDp0mP9DJv6obsIaUFYw_zlX_8ilHBpsuFKKTw9IsnKlgg7ytsvOisYkRvLXnUVK1Xdj4CW8PSDVzx5P84bf4Vok6fqjPUIXH08C7ymgPvnDXcH8gB9vg1Zt3RAQqu/s1600/X-MEN_1_Capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir4kV_CBzDp0mP9DJv6obsIaUFYw_zlX_8ilHBpsuFKKTw9IsnKlgg7ytsvOisYkRvLXnUVK1Xdj4CW8PSDVzx5P84bf4Vok6fqjPUIXH08C7ymgPvnDXcH8gB9vg1Zt3RAQqu/s1600/X-MEN_1_Capa.jpg" height="294" width="560" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Argumento</b>: Brian Michael Bendis | <b>Arte</b>: Stuart Immonen, David Marquez</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A Marvel Comics está de volta a Portugal na língua de Camões graças à Panini Comics, após um hiato de vários anos cujo fim ninguém esperava tão cedo. A última vez que tivemos o privilégio de ler <i>comics </i>mensalmente em português, era a Devir que estava encarregue deste esforço estóico de publicar banda desenhada neste país e desde então a única maneira de saciar a nossa fome era através das sobras que vinham do Brasil que, diga-se de passagem, não primavam pela qualidade. Ao início vi com bons olhos esta solução de recurso, mas com o tempo foi possível verificar que não estavam garantidos os níveis mínimos de qualidade - traduções não muito inspiradas, qualidade do papel abaixo do que estávamos habituados, má distribuição e exemplares que chegavam a Portugal completamente destruídos na maioria dos casos. Mas será que isto foi tudo resolvido com as novas edições da Panini?<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Pode-se dizer que os problemas foram parcialmente resolvidos, pois ainda há muito espaço para melhorar. A questão mais importante será sem dúvida a da distribuição. Até encontrar as primeiras edições dos 3 títulos que foram publicados (X-Men, Homem-Aranha e Vingadores) tive de visitar quase 10 estabelecimentos que me respondiam sempre o mesmo - não recebemos nada e nem sequer vamos receber. Isto tudo porque a distribuidora responsável já não é bem vista pelas pequenas papelarias que agora se recusam a trabalhar com ela (problemas de devolução do material). Até hoje ainda não encontrei o TPB que dá início à nova fase do Homem Aranha Superior e julgo que nunca o irei encontrar. No entanto, parece-me que as Fnacs têm recebido todo as edições desde os primeiros percalços, pelo que a situação tem vindo a estabilizar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Outra questão que se levanta é a da tradução/legendagem. Infelizmente tenho encontrado todos os meses erros de tradução/legendagem bastante evidentes que não dão uma imagem muito profissional à Panini, mas não é nada que afecte a leitura. No entanto, julgo que é um detalhe que que deve ser analisado no futuro e de que preferência não se repita mais vezes. <b>É urgente que alguém faça uma análise às traduções antes das edições partirem para a gráfica.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
De um modo a geral, a qualidade das edições está a um nível bastante elevado. Design agradável, papel de qualidade e textos suplementares dos editores bastante informativos que conseguem situar o leitor nesta nova fase do Universo Marvel. O preço também me parece bastante razoável, visto que €3.5 é provavelmente o preço que se paga por apenas um <i>comic </i>importado de 22 páginas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0aQRm6-20_TWzCXzk9zj0pgxP0PoMW1mkb_Sj0JKm8-srKMzEyqpKa9lMRSG8LkavitBXtB5AYJFVQwiPkJfKJJ200Tn4LyQE4nCpeyEX2rgW8-smD6WC9IVZJgGEts_I979b/s1600/X-MEN03_capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0aQRm6-20_TWzCXzk9zj0pgxP0PoMW1mkb_Sj0JKm8-srKMzEyqpKa9lMRSG8LkavitBXtB5AYJFVQwiPkJfKJJ200Tn4LyQE4nCpeyEX2rgW8-smD6WC9IVZJgGEts_I979b/s1600/X-MEN03_capa.jpg" height="320" width="208" /></a>Feita esta análise introdutória, sigamos para os verdadeiros protagonistas. Este é um novo Universo Marvel. É provável que os leitores de longa data não se sintam tão confortáveis com estes <i>resets</i> que ocorrem de 5 em 5 anos, mas esta é a única forma de atrair novos leitores ou recuperar os que já tinham fugido.<br />
Estas renovações cíclicas já são um hábito da Casa das Ideias e até parece que a DC já está a seguir um modelo semelhante (não tão bem sucedido a meu ver). </div>
<div style="text-align: justify;">
Já há alguns anos que a Marvel está a caminhar em direcção a um formato bastante <i>hollywoodesco</i>, onde os grandes eventos de Verão são a grande atracção, mas o que agora se verifica é que até os títulos<i> ongoing </i>são cada mais uma espécie de <i>blockbuster</i> de proporções épicas com os melhores actores, cenários e realizadores onde somos presenteados com doses elevadas de drama, acção e comédia e é aí que entram figuras como Brian Michael Bendis ou Jonathan Hickman. São estes os homens do momento responsáveis por esta revolução e as histórias que eles pretendem contar são no mínimo ambiciosas, mas de Hickman falaremos noutro post. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os eventos descritos neste novo capítulo da vida dos X-Men são uma consequência directa da saga Avengers vs X-Men, onde o Professor Charles Xavier foi morto pelos Phoenix Five. Ao que parece, a Fénix regressou e apoderou-se de Ciclope, Emma Frost, Magick, Collosus e Namor e desencadeou uma guerra entre mutantes e Vingadores que no final resultou numa perda trágica. Resultado? O<i> status quo</i> do Universo Marvel é alterado mais uma vez de forma radical. De um lado temos os X-Men legítimos descendentes de Xavier liderados por Wolverine que continuam a lutar pelos ideias do seu pai fundador. Do outro lado temos um grupo liderado por Ciclope que é intolerante quanto à forma como os mutantes são tratados e que pretende lutar pelos direitos destes, derramando sangue se tal for necessário. Deste bando marginal faz também parte Magneto que parece ter a sua própria agenda e que promete criar desconfianças dentro do grupo.<br />
O objectivo principal destes últimos eventos da Marvel é sem dúvida nenhuma o de aproximar os X-Men ao universo regular, visto que o grupo de mutantes estava cada vez mais afastado das luzes da ribalta. Avengers vs X-Men foi o primeira passo nesta reorganização e o título Uncanny Avengers, uma formação de Vingadores constituída por Mutantes e Super-Heróis comuns, é outra peça importante neste novo mundo que Steve Rogers quer construir - um sítio onde humanos e mutantes possam coexistir pacificamente, uma problemática que Rogers tem ignorado nestes últimos anos.<br />
O ressurgimento do Gene X, gene cuja activação é completamente aleatória e resulta na formação de um novo mutante, está também na origem da rivalidade entre os dois grupos de X-Men. Ciclope voltou ao clássico processo de recrutamento de jovens mutantes com o objectivo de criar uma escola para crianças dotadas, seguindo parte dos ensinamentos de Xavier. Digo "parte" pois este Ciclope já não é um mártir que pretende defender humanos de forma a ganhar a sua confiança. O novo mote é a protecção de mutantes custe o que custar, independentemente de quem seja o inimigo.<br />
<br />
A forma como Bendis pretende lidar com este assunto é no mínimo polémica. O Fera decidiu que a melhor maneira de demover Ciclope dos seus novos ideias era convocando os X-Men de um tempo passado e foi precisamente isso que aconteceu. Através de uma viagem no tempo, os jovens Ciclope, Jean Grey, Fera, Homem de Gelo e Anjo são chamados ao presente e usados como arma psicológica para derrotar a revolta de Ciclope. Já todos sabemos que viagens no tempo são sempre uma forma perigosa de contar uma história, mas até agora parece que as coisas estão a correr bem. É cedo para fazer grandes análises, mas o que é facto é que até agora tivemos grandes momentos, como as discussões entre Wolverine e o Ciclope do passado que desencadeou diálogos bastante divertidos e cheios de tensão. As interacções entre os dois Feras também foram bastante interessantes, tal como a reacção da jovem Jean Grey ao descobrir que já não estava viva no Presente, resultando numa explosão de emoções e mais tarde na descoberta dos seus poderes telepáticos.<br />
<br />
Esta nova fase dos X-Men tem tudo para correr bem, apesar de ainda não ter acontecido nada de verdadeiramente incrível para confirmar a sua qualidade. No entanto acho que está na mesa o suficiente para intrigar novos leitores a saltarem para as páginas desta nova saga que vai ter, certamente, consequências explosivas para o Universo Marvel.<br />
<br />
O Bom:<br />
<br />
<ul>
<li>Stuart Immonen confirma aqui porque é um dos meus desenhadores preferidos da Casa das Ideias. Lembro-me sempre de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Superman:_Secret_Identity">Superman: Secret Identity</a> quando leio algo deste artista e a sua arte continua tão impressionante hoje em dia como era antigamente.</li>
<li>Diálogos bastante bons que fazem jus ao tradicional estilo de Brian Michael Bendis.</li>
<li>Os encontros entre as versões passadas e presentes dos membros dos X-Men criaram situações bastante interessantes que são certamente o ponto alto desta <i>storyline</i>. </li>
<li>A cena em que o Ciclope do passado entrega a Jean Grey um convite para o casamento de ambos, que o primeiro havia encontrado num cofre do Ciclope do tempo presente. O momento mais emocionante desta série até agora.</li>
</ul>
<br />
O Mau:<br />
<br />
<ul>
<li>Viagens no tempo? Tem tudo para correr bem, mas também tem tudo para correr mal. Será sempre inevitável a criação de paradoxos que podem deixar confusas as mentes mais distraídas e isso é algo que Bendis certamente quererá evitar.</li>
<li>O encontro entre Wolverine e Jean Grey poderia ter gerado uma situação bastante emotiva para ambos, mas tal (ainda) não aconteceu.</li>
</ul>
<div>
<br />
Nota: 8/10</div>
</div>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-39330540176500645242011-08-07T00:30:00.001+01:002011-08-07T00:32:11.239+01:00Sobre o Homem-Aranha Afro-Latino<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim0hn3-o-3VmMqNEfo7m5Xtu-dBKMQ8AQsd6aOD6L0Xe-eB9L1jtUZu1l0fPwt4UD8TlFGR4w85rqfRIPpMvdXI5zMgDDWpkrVfh9gbaz3BJefBYV-2zjEy2OSGHa0g7_dUZHd/s1600/afro+spidey.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="398" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim0hn3-o-3VmMqNEfo7m5Xtu-dBKMQ8AQsd6aOD6L0Xe-eB9L1jtUZu1l0fPwt4UD8TlFGR4w85rqfRIPpMvdXI5zMgDDWpkrVfh9gbaz3BJefBYV-2zjEy2OSGHa0g7_dUZHd/s640/afro+spidey.jpg" width="570" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>"I'm black, so what?" - Miles Morales</i></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Hoje em dia vivemos numa sociedade foleira, onde não se pode dar um passo sem ouvir uma chuva de críticas irracionais e desprovidas de sentido. Somos atacados mesmo sem termos mostrado aquilo que realmente valemos e somos crucificados por erros que qualquer um poderia cometer num dia mau. Somos criticados por aquilo que somos num mundo onde não se respeitam as individualidades e se menosprezam as identidades únicas de cada um de nós. Imaginem o que é sentir isto pertencendo a uma minoria. Basta multiplicarem o sentimento por um número na casa das centenas.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<a name='more'></a><div style="text-align: justify;">
Ao longo da sua existência, a Banda Desenhada tem servido para que o comum dos cidadãos se pudesse identificar com personagens que tanto apresentavam invencibilidade e poderes sobre-humanos nas suas batalhas como também apresentavam fraquezas na suas vidas sociais. A Banda Desenhada serviu para que miúdos lessem o <b>Homem Aranha</b> e percebessem que afinal não estavam sozinhos e que de facto valia a pena seguir em frente para mostrar a toda a gente que alguém importante estava ali. Serviu maioritariamente para entreter, mas não se pode negar o papel na construção da personalidade de muita gente que cresceu com este tipo de livros. E é a estas pessoas que este mundo pertence. Não a uma cambada de adultos pretensiosos, gananciosos e vergonhosos que pensam que todo o trabalho conjunto de um editora é feito para lhes agradar o cérebro. Falo das vozes de <strike>desrespeito</strike> desagrado que se têm ouvido nestes últimos dias em relação ao novo <b>Ultimate Spider-Man</b> que, para quem não sabe, é de origem Afro-Latina. Chama-se <b>Miles Morales </b>e sim, é negro. Isto pelos vistos anda a fazer comichão a muita gente, o que não me surpreende nada. É fantástico ler os comentários de alguns americanos pseudo-iluminados que julgam estar um patamar acima na cadeia existencial humana. <b>Rich Johnston </b>(@<a href="http://www.bleedingcool.com/">Bleeding Cool</a>) fez questão de agrupar alguns pensamentos carregados de ódio no seu site, algo que gostava de partilhar aqui numa versão <i>light</i>.</div>
<blockquote style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 18px;">"<i>Shame on Marvel Comics! This is not diversity; this is a disgrace! Spiderman was Peter Parker, and Peter Parker was white. Create a new character if you want to prove that Marvel Comics is “diverse”. Minorities are typically less than 18% of the population, but they seem to get nearly 100% of the history. Why should white children not have a comic book hero that they can identify with?</i>"</span></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
"<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 18px;"><i>More politically correct stupidity! If the Spider Man series I read in the Sunday papers EVER changes from good old white Peter Parker, I’ll simply cease to read it. If the PC nuts want to have super heroes who represent other ethnic groups along with various sexual perversions then let them create new ones from scratch and leave our time cherished traditional heroes alone!</i>"</span></blockquote>
<blockquote>
"<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 12px; line-height: 18px;"><i>That’s just dangerous. With spider powers, just think how much stuff he could steal, if he was not so lazy</i>."</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Aposto a minha colecção do<i> Transmetropolitan</i> em como a <b>Marvel</b> está a adorar todo este mediatismo efervescente que rebentou em bastante poucas horas. Este assunto até foi capa nalguns jornais portugueses o que por si só revela o histerismo que se gerou à volta desta decisão editorial, que só deve soar estranha para quem realmente não conhece o mundo dos <i>comics</i>. O que não falta por aí são personagens negras, homossexuais ou extraterrestres, no entanto parece que se descobriu a pólvora. A desculpa que se utiliza é que não se pode tocar no pobre Peter Parker, uma personagem que tem um legado demasiado importante para ser destronado por um qualquer negro que apareça aí de repente.<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3KCfqg4OgMlxeo8W0WOS8nNsIkTH-J3VC6XoC_EHsggJwdEBBisnEbKpuymKGE3VM3fmWPhOSU9YDk7maYnjCQ_SQpusOne-hPcq3Kd0wngiKc79_5QMWfEh3JRZPFNlISwlJ/s1600/1312568740.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3KCfqg4OgMlxeo8W0WOS8nNsIkTH-J3VC6XoC_EHsggJwdEBBisnEbKpuymKGE3VM3fmWPhOSU9YDk7maYnjCQ_SQpusOne-hPcq3Kd0wngiKc79_5QMWfEh3JRZPFNlISwlJ/s320/1312568740.jpg" width="208" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa de Ultimate Spider-Man #1,<br />
a estreia de Miles Morales </td></tr>
</tbody></table>
As palavras acima citadas, vindas de iluminados americanos que defendem uma sociedade nazi, não me entram na cabeça. É triste ver como o mundo está cheio desta gente incendiária que nem uma simples opinião construtiva tem. É irrefutável que dentro de todos nós há um pouco de racismo, por mais pequena que essa porção seja, mas há certas pessoas que deviam ser torturadas pelo que dizem.<br />
Eu não tenho nada contra com esta decisão no Universo Ultimate da <b>Marvel</b>. Aliás, este universo tem a característica de reinventar aquilo que de mais tradicional existe nesta editora e como tal é normal que apareçam personagens mais adaptadas aos dias de hoje. O <b>Peter Parker </b>em si não morreu, o que não faltam aí são outros <i>comics</i> que contam a história clássica deste herói. Simplesmente foi aberta uma nova porta a uma nova personagem, o que irá aumentar sem dúvida a diversidade dentro da Casa das Ideias. Para quem não se lembra, o <b>Nick Fury</b> versão Ultimate também é negro, ao invés do Nick Fury tradicional que é branco. Será assim tão escandalosa esta decisão? Eu sei que a Marvel só está à procura de dinheiro, mas também sei que dentro das pessoas que coordenam estas opções editoriais há alguém preocupado com estas causas sociais respeitantes às minorias étnicas. É interessante verificar que alguns dos editores da Marvel têm origens latinas, um detalhe que certamente terá contribuído para que <b>Miles Morales</b> visse a luz do dia. No entanto, os arquitectos desta nova vida do <b>Ultimate Spider-Man</b> foram, primeiramente, <b>Mark Millar</b>, que deu a ideia de matar Peter Parker e Brian Michael Bendis, que criou <b>Miles Morales</b> após ter demorado alguns dias a decidir qual o nome que deveria escolher para a personagem (e sim, a aliteração é propositada, como que uma homenagem a Stan Lee).<br />
<br />
Será que os americanos republicanos nunca aprenderão que não estão sozinhos neste mundo e que há muito mais coisas por aí além da cor branca? Eu sei que um negro pode assaltar bancos e matar pessoas, mas também sei que Hitler e Anders Breivik eram brancos e cometeram actos de uma atrocidade inqualificável. A maldade não cresce com a cor, qualquer um de nós pode pegar numa arma e semear o caos pelo mundo fora. Não sou nenhuma activista pela paz social, mas fico perplexo ao observar como há algo de muito errado neste planeta.</div>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-24747086641302699972011-08-06T01:55:00.002+01:002011-08-06T02:13:13.202+01:00Blackest Night<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0t4QGYP2SwcUjJVLAKj5lp1Pdv2qu1Ru7HyUrzRc8mrXxTpt7F1xR1K_Y7ZuJb6iB32b4oGKCdeakHSPdMYDas1kzqFQYpD1TPa5ZAJttLuriUl8qaQD_zad6RwUXgRR8RAdx/s1600/BN.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0t4QGYP2SwcUjJVLAKj5lp1Pdv2qu1Ru7HyUrzRc8mrXxTpt7F1xR1K_Y7ZuJb6iB32b4oGKCdeakHSPdMYDas1kzqFQYpD1TPa5ZAJttLuriUl8qaQD_zad6RwUXgRR8RAdx/s400/BN.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Blackest Night, por Geoff Johns e Ivan Reis</td></tr>
</tbody></table>
<b>Argumento</b>: Geoff Johns<br />
<b>Arte</b>: Ivan Reis<br />
<br />
Desde há uns tempos para cá que o mercado tem andado saturado com os já irritante hiper-mega-super-potentíssimos-estonteantes-eventos, uma fórmula mágica normalmente utilizada na época do Verão (altura onde o tempo livre nos leva a fazer coisas que, normalmente, não faríamos noutras estações) que as editoras norte-americanas, nomeadamente a <b>Marvel</b> e <b>DC Comics</b>, encontraram para ganhar uns dólares a mais. Isto tudo às custas da <i>horda </i>de zombies que quase toda a base de fãs de comics representa: qualquer que seja a saga, por pior que tenha sido o seu <i>marketing </i>ou <i>build-up</i>, há que dar uma oportunidade e comprá-la pois pode estar ali a história do século. É claro que essa probabilidade, por mais pequena que seja, existirá sempre. Mas regra geral, quando se espreme um mega-evento o sumo é muito pouco. Falha sempre qualquer coisa. Ou é demasiado extenso, ou tem uma arte foleira que teve de ser completada por outro artista, ou então a qualidade da história em si simplesmente não vale a ponta de um chaveiro.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas a verdade é que há sempre um excepção. <b>Blackest Night</b> entra, com distinção, nesse lote de excepções porque, essencialmente, é uma história com um grau elevado de <i>coolness</i>. Muitos comics têm falhado ultimamente porque erram ao tentar encontrar um certo equilíbrio entre a descontracção que os Super-Heróis proporcionam ao leitor e a seriedade que pode ser imputada às páginas deste tipo de ficção, erradamente assumida como algo que só pertence ao imaginário infantil/ adolescente.<br />
<br />
<a name='more'></a>Primeiro, cuidado com potenciais <b>!SPOILERS!</b> Há por aqui um perigo latente quanto à libertação de informações cruciais acerca de Blackest Night.<br />
<br />
Ora bem, <i>Blackest Night</i> (BN) não é uma história especificamente centrada na mitologia dos Lanternas Verdes. É verdade que se trata do culminar de todo um cenário montado nas páginas desse título, mas há uma panóplia de acontecimentos aparentemente desconectados que se juntam à festa e ajudam a partir mais uns quantos pratos. Apesar de acompanharmos a jornada dos <b>Green Lantern Corps</b> em direcção às destruição das ideias fulminantes de <b>Black Hand </b>e os recentemente formados <b>Black Lantern Corps</b>, somos também presenteados com a adaptação de <b>Barry Allen</b> a um mundo que já não é o mesmo desde a sua morte em 1985, algo que achei extremamente encantador vindo da parte de <b>Geoff Johns</b> e também de <b>Ivan Reis.</b> Ivan desenhou uma fantástica <i>splash-page</i> que mostrava imagens de todos os amigos de Barry que haviam morrido desde o seu desaparecimento, através de uma brilhante criação virtual do anel de<b> Hal Jordan</b>. Barry, que já havia regressado nas páginas de <i>Final Crisis</i> de <b>Grant Morrison</b>, assume aqui um papel preponderante no desenrolar de BN, não fosse esta a perfeita rampa de lançamento para um regresso em grande da personagem. Além do mais, ainda vemos um breve regresso de Bruce Wayne após a sua longa estadia no mundo dos mortos, um regresso que serviria também ele como forma de lançar uma nova <i>storyline</i> do morcego.<br />
O que é certo é que o grande destaque desta saga acaba por ser o surgimento dos White Lanterns, um grupo de heróis que ressuscitaram aparentemente do nada e que basicamente vieram salvar o mundo de uma encruzilhada que claramente estava <b>morta</b> à nascença (tal e qual os utilizadores dos próprios anéis negros). No que é que isto resulta? Numa nova série! Pois é, a explicação do surgimento destes heróis é deixada no escuro de propósito para que os fiéis seguidores se lancem desesperadamente numa busca pela sensação do momento: a maxi-série <i>Brightest Day</i>. Tenho lido algumas críticas a este evento e o que é facto é que há um consenso bastante positivo no que toca à sua qualidade, o que não deixa de ser caricato visto que o arco que mais furor tem feito é aquele tem o Aquaman como personagem principal... Não deixa de ser curioso. O rapaz que fala com golfinhos volta a ser destaque no mundo da cultura pop.<br />
Como tal, estou com pensamentos positivos em relação a <i>Brightest Day</i> e daqui a uns dias devo pegar nele para ver no que dá. No entanto não posso deixar de criticar este enredo que já se está a arrastar há uma data de anos e começa a ser algo cansativo. De facto, isso levou-me a tomar a decisão de parar de seguir o <b>Green Lantern </b>aquando do lançamento do terceiro <i>Hardcover</i> da série Brightest Day. Estou certo que a qualidade das novas histórias do Lanterna que vêm aí não será pior do que aquilo que tenho andado a ler durante este tempo todo, mas julgo que já é altura de seguir em frente e ler novas coisas que andam por aí. O ponto negativo deste <i>Blackest Night</i> acaba mesmo por ser esse detalhe, a longevidade desta <i>storyline</i> que parece não ver o seu fim, além do número exagerado de tie-ins que lhe estão ligados. Tal não afectou o prazer que tive em ler este livro, mas é algo a ter em conta. <b>Geoff Johns</b> continua em alta e ninguém o pode parar na sua cruzada cósmica pelas páginas do Lanterna.<br />
<br />
Nota: 4.5/5</div>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-53958464013866760462010-12-25T15:52:00.002+00:002011-08-06T15:39:21.887+01:00Hellboy - Library Edition Vol. 1<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO5zz5F4kLQvA0yR5TTGTYatYsweIpQ6ve9zARpDwO0pqVzTVn9E7M-fqU62i28GHuKI4Hqk5__F0bIHInWqO8ud0Jqa7Nw4T-1rbYP7rWVjrq7lfXBoXOGQpFGph2cc0AdGeN/s1600/hellboy+LE.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO5zz5F4kLQvA0yR5TTGTYatYsweIpQ6ve9zARpDwO0pqVzTVn9E7M-fqU62i28GHuKI4Hqk5__F0bIHInWqO8ud0Jqa7Nw4T-1rbYP7rWVjrq7lfXBoXOGQpFGph2cc0AdGeN/s320/hellboy+LE.jpg" width="244" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A obra de referência de Mike Mignola</td></tr>
</tbody></table>
<b>Hellboy</b> conseguiu definir o seu espaço na vasta Banda Desenhada norte-americana há já mais de uma década, coisa com que as mais recentes séries de autor apenas podem sonhar. Este foi e é um feito de louvar pois assentar uma personagem num mercado competitivo como este, dominado pelos heróis comuns e pelos valores do passado, é algo que requer o seu esforço, dedicação e determinação. <b>Mike Mignola</b> reuniu isto tudo e com um pouco de sorte conseguiu singrar no mercado. É claro que os anos 90 foram propícios a este <i>boom </i>por parte da editora <b>Dark Horse</b>, visto que foi nesta década que se viveu uma grande disparidade em termos de popularidade dos comics. Ora vejamos.<br />
Foi nos fins da década de 80 e inícios da década de 90 que começou um período algo negro do mainstream norte-americano. Se por um lado fomos presenteados com o aparecimento de <b>Alan Moore</b> (<i>Watchmen</i>) e <b>Frank Miller</b> (<i>Batman: The Dark Knight Returns</i>), por outro assistiu-se ao nascimento das famigeradas mega-sagas (o passatempo favorito de Joe Quesada), cujo desenvolvimento só era possível caso todas as personagens de um universo nela participassem. A <b>DC</b> foi a primeira a ter esta ideia de juntar dezenas de heróis numa só estória, mas foi a <b>Marvel</b> que se adiantou e publicou pela primeira vez este formato (<i>Secret Wars</i>). Já aqui se faziam sentir as rivalidades entre as duas mais editoras de comics, tal como já se notava uma certa ingenuidade dos editores da DC Comics que não conseguiram manter o sigilo adequado para que não houvesse uma desconfortável fuga de informação. Talvez não tenham aguentado ficar com a ideia para eles próprios. Era preciso gritar aos ouvidos do mundo.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
Neste contexto irrespirável de grandes eventos que prometiam abalar os universos dos super-heróis, surgiram algumas editoras independentes. Tinham pouca mão de obra, mas sabiam usar o Photoshop. As edições destas independentes eram mais cuidadas a nível gráfico o que, comparado com o trabalho da DC e da Marvel, os fazia parecer desenhos de um miúdo de primária ao lado de complexos designs de uma qualquer construção de Gustave Eiffel. Mesmo com os <b>X-Men</b> de <b>Chris Claremont</b> e <b>Jim Lee</b> a tarefa era difícil. Notava-se uma certa saturação dos heróis mais conhecidos e o público afastava-se então para outra paragens. E não falo só da Image e da Dark Horse. Nos anos 90 também surgiram os jogos de vídeo e os Nirvana.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://fraser.typepad.com/a_girl_a_gun/images/hellboy_2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://fraser.typepad.com/a_girl_a_gun/images/hellboy_2.jpg" width="279" /></a></div>
Apareceu então o <b>Hellboy</b> em 1993. Modesto e sem grandes pretensões, surgiu um bocado no seguimento do sucesso de<b> Sin City</b>, também da Dark Horse. Isto serviu para criar um base de fãs que pôde então partir para a série de Mike Mignola.<br />
O declínio dos comics continuou. Assistimos à morte do Super-Homem de uma forma que me pareceu algo triste. De facto havia uma necessidade gritante em chocar os leitores através de decisões editoriais pouco ortodoxas. O anúncio desta morte não era falso e de facto aconteceu, se bem que com o respectivo retcon já pré-destinado. Não esqueçamos também a caótica Saga do Clone (ai Peter Parker, tiveste azar...) onde o Homem Aranha sofreu a maior crise de identidade alguma vez vista nas estórias aos quadrados. E foi com actos desta natureza que a desconfiança dos fãs se começou a sentir. A década de 90 trouxe também consigo o negócio das capas alternativas e dos infinitos <i>tie-ins</i>, revistos laterais que eram fulcrais no entendimento de uma estória de um título principal. Isto para tentar resolver um problema criado pelas próprias editoras.<br />
Mas Hellboy conseguiu regenerar a indústria. E não foi o único, quer queiramos ou não admitir. A Image também teve um papel importante nesta época em que todos julgavam só existir talento na Marvel e na DC. Hellboy consegue misturar elementos das eras clássicas e ganhar um brilho criado pelo sua qualidade. Enquanto série de aventuras e desventuras resulta muito bem com o seu enredo descomplicado, mas absorvente ao mesmo tempo, além do carisma efervescente da personagem principal.<br />
Este primeiro volume da colecção Library Edition inclui as duas primeiras mini-séries de Hellboy, respectivamente <i>Seed of Destruction</i> e <i>Wake the Devil</i>. Estabelecem-se diversos paralelismos entre as duas, apesar do desejo de Mike Mignola ser o de manter cada capítulo da saga o mais independente possível. <b>Grigori Rasputin</b> é o vilão cujo objectivo se centrava no uso de Hellboy enquanto arma de destruição Este seria invocado pelas suas artes místicas de modo a servir para um mal maior. Os planos (como é claro) saíram furados e surgiu um herói inusitado que seria mais tarde "adoptado" pelos inimigos dos Nazis. Sim, porque Mignola aproveitou um contexto histórico para centrar as suas ideias. E que melhor período histórico poderia haver para começar em beleza esta fantástica estória? A partir daqui geram-se vários mistérios e surgem revelações, tudo acompanhado com doses cavalares de acção e <i>suspense</i>. Um encontro entre os sonhos da era prateada e o realismo dos dias de hoje.<br />
<br />
Mike Mignola é de facto um vencedor ao ter criado esta personagem que rapidamente conquistou os fãs de Banda Desenhada norte-americana. Ao que parece, a <b>Devir</b> continua a apostar seriamente nesta série (juntamente com a <b>G-Floy Studio</b>), isto com com uma produção exemplar de edições de grande qualidade. Só não comprei estes volumes em português porque já se encontravam esgotados, o que dá uma ideia de relativo sucesso da edição de Hellboy em Portugal.</div>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-28684054099648079522010-11-07T19:25:00.001+00:002014-05-24T19:53:30.122+01:00Uma Palavra Sobre Scott Pilgrim em Português<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZDaoCeJd2w3AiF7dkwH1jz_yPpTfiopf6IUpQ7_isQF-L9NoxVdAGLlbLDT5O2blsp-rB4i0zgveeUBVZcYuC1GmCP6gLNxEZPgJ_op8UOFdDBc5Occt5dxSf0SVIAHEkcdj2xg/s1600/scott2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZDaoCeJd2w3AiF7dkwH1jz_yPpTfiopf6IUpQ7_isQF-L9NoxVdAGLlbLDT5O2blsp-rB4i0zgveeUBVZcYuC1GmCP6gLNxEZPgJ_op8UOFdDBc5Occt5dxSf0SVIAHEkcdj2xg/s1600/scott2.jpg" height="320" width="217" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Abri o <i>post</i> só para deixar aqui a minha satisfação em relação à tradução de <b>Scott Pilgrim</b> para português, isto através da atenta <b>Booksmile</b> que aproveitou bastante bem a estreia da adaptação cinematográfica desta série. Confesso que nunca tinha ouvido falar desta editora, mas a partir do momento em que se arrisca a entrar neste mercado que tão maus dias tem visto, sou obrigado a louvar esse esforço e a felicitar as pessoas envolvidas por tomarem esta iniciativa. Ficam aqui os meus sinceros parabéns pelas duas edições publicadas que dão 10-0 à qualidade da versão original. E digo isto porque já tive a oportunidade de folhear a comprar as ditas BD's que já se encontram à venda um pouco por esse Portugal fora.<br />
<br />
Os volumes 1 e 2, <i>Na Boa Vida</i> e <i>Contra o Mundo</i>, respectivamente, marcam então a estreia da publicação de Banda Desenhada norte-americana por parte da <b>Booksmile</b>, com tiragens de 5.000 exemplares cada. Ao todo serão<b> 6 volumes</b> com data de lançamento ainda desconhecida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpg3-PgL6VgYkvfwJna78u_TphjTZM8qJJOJfhblVsJ-1Shs5nH2Xo0XVf1iTyoT6wsZRM1gYmK457vTG7osuKWQkCfcaJJfV7d337hqxpzCYt5p7sdx27FBejmMJ2fC0W-a2q/s1600/Scott_Pilgrim_%25231_k.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fica aqui a sinopse cedida pelo <a href="http://www.booksmile.pt/">site oficial</a> da editora:</div>
<blockquote style="text-align: justify;">
A vida de Scott Pilgrim é tão incrível. Tem 23 anos, faz parte de umabanda de rock, está «entre empregos» e namora com uma miúda gira da escola secundária.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Tudo é fantástico até uma estafeta sobre patins seriamente espantosa e perigosamente na moda chamada Ramona Flowers começar a passear‑se pelos seus sonhos e a cruzar‑se com ele em festas. Mas o caminho que conduz até à Sra. Flowers não está coberto de pétalas de rosa.</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Os sete ex‑namorados maléficos de Ramona erguem‑se entre Scott e a felicidade. Conseguirá Scott derrotar os vilões e ficar com a rapariga sem ter de dizer adeus à sua boa vida?</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-weight: 800;">Preço:</span> 8,49 €</blockquote>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-37828102671740568352010-10-31T20:57:00.000+00:002010-10-31T20:57:50.979+00:00Pax Romana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcC6do1TnmqFoOGw4-tTONCWaEKMBJXjrxdT22vR_4tPBOKivd1Ephhi6UlPSl7T0k4GcDAQZRr4e2dBukqB8SgebhGV5gVtCbII5zId1KOOoGt44IE97WelLa_xh9YOPXOyyc/s1600/pax+romana.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcC6do1TnmqFoOGw4-tTONCWaEKMBJXjrxdT22vR_4tPBOKivd1Ephhi6UlPSl7T0k4GcDAQZRr4e2dBukqB8SgebhGV5gVtCbII5zId1KOOoGt44IE97WelLa_xh9YOPXOyyc/s320/pax+romana.jpg" width="207" /></a></div><b>Argumento e Arte</b>: Jonathan Hickman</div><b>IMAGE COMICS</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><b></b>"<i><b>Pax Romana</b>, expressão latina para "paz romana", foi o longo período de relativa paz gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano. Iniciou-se quando Augusto César, em 29 a.C., declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte de Marco Aurélio, em 180.</i>"</div><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Jonathan Hickman</b> é um daqueles autores que chegam ao mundo da banda desenhada de pára-quedas e logo conseguem deixar a sua marca, simplesmente por introduzirem novas variáveis a uma equação que já se julgava resolvida. Quando pensamos que já não há forma qualquer de inovar neste meio que se mostra saturado ano após anos, eis que chegam sempre um ou dois salvadores que prometem limpar a casa e decorá-la de outra forma. Se no século passado tivemos <b>Alan Moore</b>, actualmente podemos dizer que temos o privilégio de viver na mesma época que o autor deste <i>Pax Romana</i>. Mas <b>Hickman</b> não é <b>Moore</b>, nem de perto nem de longe. Julgo até que as comparações que se fazem constantemente entre estes dois autores são forçadas. Do meu ponto de vista, têm apenas um ponto comum, o de terem apresentado abordagens diferentes nas suas obras que definitivamente foram e serão utilizadas como inspiração para as gerações futuras. Nestes termos, a comparação é possível, mas Moore e o seu fluxo de ideias único e condensado magistralmente numa estória construída com pés e cabeças é quase incomparável, ou até impossível de alcançar. Mas Hickman também terá o seu mérito. É talvez o argumentista mais original da década.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ED3OlCUfQ25RDPph_qQ3aorEpdDgDrlk-EFX3ciAkRLcJZmbmosLgaqsXl9cJktAPmuaGaIxX1RMlBoWyqzAeheuhV5xRZNtHi93tLPtsLvlBSMYH1Cwk9RvrqoxqX6xRk6A/s1600/paxromana2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6ED3OlCUfQ25RDPph_qQ3aorEpdDgDrlk-EFX3ciAkRLcJZmbmosLgaqsXl9cJktAPmuaGaIxX1RMlBoWyqzAeheuhV5xRZNtHi93tLPtsLvlBSMYH1Cwk9RvrqoxqX6xRk6A/s320/paxromana2.jpg" width="258" /></a></div><i>Pax Romana</i> é uma estória sobre um grupo de pessoas que decidiram viajar para o passado de modo a reconstruírem toda a civilização. <b>Destruir o passado para criar o futuro</b>, é o repto lançado por esta organização. Devido a ligações à Igreja, até porque a última palavra foi dada pelo próprio Papa regente no ano de 2053 d.C., decidiu-se que a viagem não seria feita até à época anterior ao nascimento de Jesus Cristo, de modo a que se pudesse moldar todo o mundo à volta da religião a partir daí criada. A Igreja actual pretendia, assim, criar um mundo perfeito onde os homens enviados para o passado seriam responsáveis por acelerar os processos de evolução da civilização e assim conseguir em cerca de 400 anos aquilo que demorara cerca de 1000 a construir. De facto, esta abordagem inicial teve os seus frutos e até poderia ter sido chamada de sucesso, mas o grupo seleccionado para viajar ao passado acabaria então por se desagregar e tudo culminaria num novo plano que nada tinha a ver com o original. Se o que se pretendia era utilizar a religião como catalisador para a criação de um novo mundo, o que aconteceu de verdade seria bastante diferente até.<br />
A primeira consideração que fiz sobre esta premissa foi apenas uma questão existencial muito simples - se o Papa sabia que se ocorresse uma viagem ao passado e da qual não poderia haver regresso (devido a uma falha tecnológica), porque haveria ele de consentir um evento que iria destruir todo o Presente, ou seja, acabar com as vidas de toda a humanidade (incluindo a dele)? Se calhar não o tinham informado sobre o que um paradoxo temporal era. Ideologicamente falando, a iniciativa é nobre e seria um meio para que o mundo avançasse mais rapidamente e contrariasse mais facilmente o mal que as mentes mais atentas do mundo temem - o fim da nossa existência. O Sol irá um dia, inevitavelmente, apagar-se para sempre e com ele a Terra e todo o restante Sistema Solar. A conquista espacial iria ser mais ambiciosa e os avanços tecnológicos seriam exponenciais, permitindo que a fuga para o outro lado do espaço pudesse ser algo mais realista. Mas olhando para uma perspectiva mais humana, não entendo como alguém seria capaz de consentir um acto desta natureza, ainda para mais pondo o destino da humanidade nas mãos de um só padre, representante da Igreja, e de um grupo de mercenários violentos que tinham "volátil" como nome do meio. Moralmente, parece-me errado e sendo a Igreja um instituição que presa pela moralidade... Ah não, devo estar enganado. Eles já se deixaram disso há uma data de anos.<br />
<br />
Resultado, desde bem cedo que Hickman tenta explorar a natureza humana através da moralidade (ou falta dela) nos homens e o que é facto é que toda a obra, essencialmente, gira em torno disto. Tudo para percebermos que um mundo perfeito nunca será possível devido à co-existência de um exagerado número de culturas que, invariavelmente, não conseguem cooperar entre si de modo a atingir objectivos comuns. O plano original da Igreja neste <i>Pax Romana</i> pouco teve a ver com o resultado final pois, quando se trata da espécie humana, tudo é possível e nada é um dado adquirido. Hickman expôs bem as suas ideias ao nos mostrar que a religião não é mais do que política demagógica. Isto através de um leque de personagens brilhantes marcadas por traços bastante definidos. As páginas que o autor preenche somente com conversas entre os intervenientes (com um design semelhante ao de uma entrevista num jornal ou revista) introduzem uma nova componente na forma de contar uma estória e permitem que os diálogos se expandam, havendo mais espaço para explorar certos aspectos. Em apenas 4 capítulos, Hickman encontrou esta interessante forma de nos oferecer mais informação sobre este maravilhoso universo alternativo. Certo é que mais um ou dois capítulos adicionais até seriam bem vindos. A estória focou-se demasiado nos construtores do plano e pouco nos efeitos produzidos. Um olhar sobre a população da época e as suas reacções aos avanços tecnológicos seria algo interessante de ver. Gostava de os ver a descobrir a electricidade num mundo em que quase ninguém sabia ao certo o que se passava na outra ponta da existência humana. Ou a tal conquista espacial que aqui é pouco aprofundada e deixa apenas água na boca. Mas pelos vistos, Jonathan quer voltar a pisar estas terras e presentear-nos com mais uma série de Pax Romana. Não poderia haver melhor notícia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxCmEg1BX1-5UQ_p9aw1znez_df1RAvb0K9sD3fkMs84NpOavlz9ulQDiheTUYxeocL-O-4k2nAoVutTlR2MvzNj7svqD-3n93wLKNIu_jvkeSvy9mZJpSPB2EQwZVeduBirY/s1600/paz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxCmEg1BX1-5UQ_p9aw1znez_df1RAvb0K9sD3fkMs84NpOavlz9ulQDiheTUYxeocL-O-4k2nAoVutTlR2MvzNj7svqD-3n93wLKNIu_jvkeSvy9mZJpSPB2EQwZVeduBirY/s400/paz.jpg" width="500" /></a></div><br />
No que toca à arte, podemos dizer que <b>Jonathan Hickman</b> não é um desenhador puro. No entanto, é um verdadeiro artista a esconder os seus piores defeitos e limitações a nível gráfico. Hickman é essencialmente um designer. Isso fica demonstrado nas concepções das suas páginas e no modo como interpreta a sua própria estória. O traço é demasiado rígido e pouca varia ao longo do livro. As posições das personagens e as suas emoções são quase sempre as mesmas, mas através de uma utilização interessante de um conjunto restrito de cores conseguiu disfarçar as suas falhas a nível artístico. Do modo que Hickman apresenta esta estória, parece-me impossível que outro artista conseguisse interpretar os seus desejos. Só com um manual de instruções minucioso previamente estudado.<br />
<br />
De tudo o que li esta década, este é provavelmente o livro que mais me marcou positivamente. Só tenho pena de não o ter lido mais cedo, mas nunca é tarde para ler uma boa obra. A nível de argumento, é quase tudo perfeito. O nível de detalhe é impressionante e é quase impossível detectar uma falha cronológica ou um erro de continuidade em <i>Pax Romana</i>. Mas volto a dizer, que não está aqui um Alan Moore. O desenho funciona mais como ilustração do que propriamente como uma sequência gráfica narrativa, portanto não esperem que esteja aqui escondido um Picasso. Seguir-se-ão agora <i>The Nightly News</i> e <i>Transhuman</i>, ambos deste magnífico autor.<br />
<br />
<b>Nota: 5/5</b></div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-7346845020720132992010-10-23T22:28:00.001+01:002010-10-23T22:28:53.568+01:00O Triunfo da Pirataria = Contributo nas Vendas?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI5Dpexit83uxodE83C-BPDxwsFqbHfSUpU4In8zQA1v6-qgfjvVWzJqtVObhKcAtnz4NDjnjJwVFHuD0pR-CA3zlAhzqHok6BUT9D-R7HqVLp7QGQ59omuGN9sTc3wHxbVE8K/s1600/underground_FC.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgI5Dpexit83uxodE83C-BPDxwsFqbHfSUpU4In8zQA1v6-qgfjvVWzJqtVObhKcAtnz4NDjnjJwVFHuD0pR-CA3zlAhzqHok6BUT9D-R7HqVLp7QGQ59omuGN9sTc3wHxbVE8K/s320/underground_FC.jpg" width="212" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Underground, de Jeff Parker e Steve Lieber</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">O combate à pirataria no mundo da Banda Desenhada tem sido uma das maiores preocupações da indústria nos últimos anos, dado que o <i>boom</i> massivo da <i>Internet</i> facilitou a livre troca e partilha de ficheiros com direitos de autor. A música também tem sido vítima deste tormento e não há dia que passe sem haver queixas de um qualquer músico famoso que chora por não ter mais um 0 a juntar-se à sua conta bancária (ao mesmo tempo que se enchem de dinheiro a dar concertos pelo mundo inteiro). Apesar da guerra dos <i>downloads</i> não prejudicar significativamente os mais afortunados, o caso muda de figura quando são os menos bafejados pela sorte a sofrer com este caso. Há autores de BD e músicos que dependem de cada página e cada minuto de arte que produzem para pagar as suas contas. É o trabalho que fazem e como tal não têm outro modo de ganhar a vida. Deve ter sido assim que o desenhador <b>Steve Lieber</b>, autor da <i>graphic novel</i> <i>Undergound</i> em conjunto com <b>Jeff Parke</b>r, se sentiu ao ver a sua obra disponível no site <a href="http://www.4chan.org/">4Chan</a>.<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>4Chan</b> é um dos sites mais obscuros da <i>Internet</i> onde de tudo um pouco acontece. Na sua essência, é apenas um local onde se partilham imagens de todo o mundo, ou seja, é uma espécie de galeria urbana da <i>net</i>. Originalmente eram apenas imagens de <i>manga </i>e <i>anime</i> que se partilhavam, mas com o passar do tempo e o crescer da comunidade, outros assuntos vieram para ficar. Hoje em dia, os chamados "<i>trolls</i>" da <i>internet</i> juntam-se neste café cibernético e divertem-se a tentar deitar abaixo o capitalismo, organizando acções para desactivar sites de companhias cujos objectivos são considerados animalescos pela comunidade <b>4Chan</b>. Mas tudo isto não seria a mesma coisa sem um pouco de incoerência.</div><div style="text-align: justify;">Há poucos dias foi partilhada a mais recente <i>graphic novel</i> de <b>Jeff Parker</b> e <b>Steve Lieber</b>, de nome <i>Underground</i>, através do <b>4Chan</b>, o que resultou na intervenção do próprio desenhador na dita comunidade:</div><div style="text-align: justify;"></div><blockquote><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px; line-height: 18px;"><i>"As for putting all the pages up here. What can I say? I get that this is how things go, and I’m trying to live in the same decade as everyone else. If nothing else, I’m flattered someone thought enough of the book to take the time to scan and post it.</i></span></span></blockquote><blockquote><i>Anyway, that’s that. If anyone has any questions about the book, post them here or ask me on twitter @steve_lieber."</i></blockquote><div style="text-align: justify;">Sob o risco de se perder algo na tradução, não me apeteceu traduzir as palavras de <b>Steve Lieber</b>. Mas essencialmente, o autor mostra desagrado nas primeiras linhas e termina dizendo que sente lisonjeado por alguém ter tido o trabalho de "scanear" as páginas da sua obra. Além disso, ainda se mostrou disponível a responder a questões que os leitores pudessem ter. Ao que parece, a discussão continuou por esse site fora, a qual Lieber descreveu como "<i>genuinamente fascinante</i>", apesar de o mesmo nunca ter previsto que <b>algo tão insólito como o aumentar de vendas de modo exponencial</b> fosse acontecer. Isso mesmo, um simples comentário do autor envolvido, desprovido de qualquer raiva ou julgamento moral sobre o erro de piratear <i>comics</i>, permitiu que os utilizadores do site <b>4Chan</b> o passassem a respeitar e assim tomassem a iniciativa de comprar a referida graphic novel. E foi assim que se representou este aumento de vendas de modo bem simples:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.geek.com/wp-content/uploads/2010/10/underground_sales.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="241" src="http://www.geek.com/wp-content/uploads/2010/10/underground_sales.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
Bem vindos ao mundo extraordinário da <i>Internet</i>, onde até comprar o <i>Omnibus</i> do <b>Capitão América de Jack Kirby a 20£</b> é possível.<br />
<br />
Esta história parece toda ela ser muito bonita e até podia dar origem a um filme de drama com o Tom Cruise e a Katie Holmes, mas não me admirava nada que no final de contas tudo não passasse de uma manobra de marketing digna da mente sombria de Joe Quesada. Espero estar enganado e que isto sirva de exemplo para todos os cães raivosos que por aí andam a gritar com raiva furiosa. Se não podes vencer, ganha o respeito deles. Pode parecer ingrato, mas o respeito vale mais que uma mão cheia de dólares.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-75734639222325898652010-10-10T14:25:00.003+01:002010-10-10T14:27:15.835+01:00Algumas Novidades NYCC'10<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTlM20vBEThxYH6aL3tWnMqLFVu-l4-1ovCKu98poJardap5KUN6iWYI5MOiCE-BYJ5dJH3UBpu0eB_yHvLDV_m5IyzGbqX2gxh2EiPlbZ-rRttcFgwQFQimqf5Q5pj4ymF5Bv/s1600/NYCCromitajr2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="70" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTlM20vBEThxYH6aL3tWnMqLFVu-l4-1ovCKu98poJardap5KUN6iWYI5MOiCE-BYJ5dJH3UBpu0eB_yHvLDV_m5IyzGbqX2gxh2EiPlbZ-rRttcFgwQFQimqf5Q5pj4ymF5Bv/s640/NYCCromitajr2.jpg" width="500" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
A New York Comic Con chegou e com ela vieram uma data de novidades das editoras norte-americanas. Enquanto <a href="http://www.newyorkcomiccon.com/RNA/RNA_NewYorkComicCon/nycc-images/2010/NYCCromitajr2.jpg">alguns tiveram a magnífica sorte de ir lá dar um saltinho</a>, outros como eu ficaram a acompanhar as centenas de updates que são feitos a cada minuto que passa nesta convenção através dos sites da especialidade. Este ano, como não poderia deixar de ser, temos direito a uma notícia quase bombástica (à semelhança do ano passado) e ficámos também a conhecer novos projectos como já é hábito.<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Pe9Z2o1HtFwv2GqTkPnipZz0bK5QVOgh6JpAvGs_qy1EVaD9UMB_S6Cp3REto1ig-ocvaN3CKbrdC16Fxd-fovimiWjjKvR0ZlX5g7GIxn4AFiF8UCTMxw_9jvUlX6pQAicg/s1600/ASTCAPA001_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Pe9Z2o1HtFwv2GqTkPnipZz0bK5QVOgh6JpAvGs_qy1EVaD9UMB_S6Cp3REto1ig-ocvaN3CKbrdC16Fxd-fovimiWjjKvR0ZlX5g7GIxn4AFiF8UCTMxw_9jvUlX6pQAicg/s320/ASTCAPA001_02.jpg" width="213" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIo7ChVhrfAGSs06AIiOVw0xapMYdMO8_s4MbQjyotf8WiL4SPmEjF3qUqjAlJC-fWmKdR3ZBxk9ALZdd6w58ri6WRO0NEr7V7WoKlTy_QMndsNgkYTZAhTuL5_FdZqR3sm9c/s1600/batwoman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIo7ChVhrfAGSs06AIiOVw0xapMYdMO8_s4MbQjyotf8WiL4SPmEjF3qUqjAlJC-fWmKdR3ZBxk9ALZdd6w58ri6WRO0NEr7V7WoKlTy_QMndsNgkYTZAhTuL5_FdZqR3sm9c/s320/batwoman.jpg" width="208" /></a></div><br />
<ul><li>O que certamente marcou esta convenção foi o anúncio da <b>descida de preços nos <i>comics</i></b>, tanto da <b>DC</b> como da <b>Marvel</b>. O ano passado havia sido anunciado que os preços iriam sofrer um aumento de $2.99 para $3.99, o que com o passar do tempo se iria traduzir num decréscimo no número de vendas. Em Agosto deste ano, nenhum <i>comic</i> conseguiu ultrapassar a fasquia das 100 mil unidades vendidas, alertando assim as editoras a tomarem medidas rápidas e conscientes. E é exactamente isso que vai acontecer, no entanto os compromissos serão diferentes, com o único ponto comum a ser o ponto de partida - <b>Janeiro de 2011</b>. A DC promete baixar <b>todos</b> os preços existentes de $3.99 para $2.99, passando a haver 20 páginas de estória ao invés das clássicas 22. Já a Marvel continuará com algumas das suas séries a um preço de $3.99, mas todos os novos lançamentos a partir de Janeiro terão sempre o preço de $2.99. O número de páginas continuará nas 22. Contudo, os responsáveis da Casa das Ideias não justificam esta diminuição de preços com o estagnar crescente do mercado, mas sim com o facto de nos lançamentos <i>online</i> se ter verificado um aumento de lucro entre os 1200 e os 1600% (!!!). As estimativas até apontam que o recém-lançado <i>Ultimate Thor #1</i> possa ter um maior número de <i>downloads</i> do que vendas. Há coisas fantásticas.</li>
<li>A <b>Dark Horse</b> também não se ficou atrás e anunciou que irá passar a publicar os seus próprios <i>comics</i> em formato digital, a partir de Janeiro do ano que vem. O conceito idealizado é audaz e promete gerar lucro em todas as frentes. A editora criou a <b>sua própria aplicação</b> que permite a leitura de<i> comics</i> em diversas plataformas (<i>iPad</i>, <i>iPhone </i>e também<i> PC</i>), a <b>Dark Horse Bookshelf App</b>, o que a liberta de pagamentos a terceiros. Os leitores poderão comprar <i>comics online</i> pela a módica quantia de $1.49 e, teoricamente, os criadores ficarão a ganhar mais dinheiro. Simples e eficaz.</li>
<li><b>Batwoman</b> irá ter direito ao seu próprio título mensal. <i>Batwoman #0</i>, um <i>one-shot</i> de apresentação, sai em Novembro e será apenas em Fevereiro que o formato mensal irá começar. Cortesia do grande <b>J.H. Williams III</b> que assume tanto a arte como o argumento, em parceria com <b>W. Haden Blackman</b>.</li>
<li><i>Astonishing Captain America</i> é a nova aposta da Marvel, uma mini-série de 4 números que irá beber um pouco da próxima adaptação do Patriota Americano nos cinemas. A premissa? Steve Rogers é um homem preso aos ideias americanos da Segunda Grande Guerra, mas está condenado a viver no século 21, o que o deixa um pouco deslocado no tempo. Assinado por <b>Andy Diggle</b>, no argumento, e <b>Adi Granov</b>, na arte, o projecto irá começar no Verão de 2011. Se é inovador ou não, logo veremos.</li>
<li><b>Brian Azarello</b> e<b> Eduarado Risso</b> podem voltar a fazer algo juntos. Quando, é que não se sabe.</li>
</ul><div>Assim por alto, foi isto que me mais me cativou. Sem dúvida que a diminuição de preços foi o ponto alto das novidades deste mês, mas muito mais segmentos relativos ao rumo dos universos regulares das editoras foram revelados. Espero que a aposta em edições <i>online</i> tenha frutos e que seja um sucesso. De momento, é a única forma que as editoras têm de inovar ao vender este produto que está a atravessar uma fase nada famosa. Já deu para perceber que ao aumentar preços de capa de modo bastante significativo não resolve nada e que só contribui para afastar leitores que, consequentemente, recorrem à pirataria. No entanto, o crescente número de adaptações cinematográficas é algo bastante animador e deveria ser aproveitado um pouco por todo o mundo, onde quer que haja Banda Desenhada publicada/ traduzida. O problema está em vender o produto e publicitá-lo, mas o cinema pode facilitar bastante esta adversidade. A iniciativa e o investimento serão talvez as duas variáveis mais difíceis de consolidar, mas prevejo que a Banda Desenhada vá ter um crescimento interessante nos próximos 10 anos. Os alicerces estão a ser montado e há que dar tempo ao tempo. Na França, os 2 livros mais vendidos deste mês foram duas BD's, isto incluindo toda a literatura corrente. Se lá foi possível isto acontecer, porque não também em Portugal? É preciso é que não se espere que tudo aconteça por magia divina.</div><br />
</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-54088767308097315992010-10-07T22:00:00.004+01:002010-10-11T18:39:34.530+01:00Vem Aí Superior, Por Mark Millar e Leinil Yu!<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkxlBvcdcQWmbIzXdckCvD0xIAhkTsETWuuvgXJ4HlxeVw8u7RY_cIvkrAwzaFINPi6PacDu1WTt9zxv5tDm_3vUw2VbxIGxwkExCjL1IK_yN9u3FenIBztpG-qxPxuwvFQCWf/s1600/superior1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkxlBvcdcQWmbIzXdckCvD0xIAhkTsETWuuvgXJ4HlxeVw8u7RY_cIvkrAwzaFINPi6PacDu1WTt9zxv5tDm_3vUw2VbxIGxwkExCjL1IK_yN9u3FenIBztpG-qxPxuwvFQCWf/s320/superior1.jpg" width="211" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Superior #1 - <i>One Magic Wish</i></td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Finalmente, a tão badalada nova criação da mente incansável de <b>Mark Millar</b> irá ver a luz do dia após meses de tensão crescente. Com desenhos de <b>Leinil Francis Yu</b>, a série conta a estória de <b>Ollie Janson</b>, um rapaz que tinha o mundo a seus pés até perder a mobilidade das suas pernas, o que resultou num diagnóstico chocante - esclerose múltipla. É então que <b>Ollie</b> se refugia num mundo de fantasia, tentando arranjar a motivação necessária para viver cada um dos seus dias e é aí que conhece <b>Superior</b>, um super-herói dos anos 40 que, após anos de refúgio, volta a ter agora um <i>franchise</i> no cinema que o catapulta para as luzes da ribalta. A partir daqui, algo muda na vida daquele rapaz - é lhe concedido um único desejo vindo dos céus, o de se tornar <b>Superior</b>, o herói que dia-a-dia lhe tem dado a força necessária para continuar a respirar. É este o ponto de partida de <i>One Magic Wish</i>, o primeiro capítulo desta série que irá sair já no dia 13 de Outubro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><a name='more'></a><div style="text-align: justify;"><b>Mark Millar</b> confessou recentemente que esta é "uma carta de amor aos filmes de <b>Christopher Reeve</b>", o actor que ficou célebre pela sua interpretação nos filmes do <b>Super-Homem</b> e que também ele acabou a sua vida numa cadeira de rodas. Além disso, fica patente a óbvia referência ao Azulão, o que o próprio Millar admite ao explicar que esta estória pode ser encarada como uma certa metáfora à actual popularidade do conhecido herói. Segundo o escocês, o Super é hoje visto como "uma personagem menos popular que tantas outras", tal como <b>Superior</b>, que havia sido esquecido durante um longo período até alguém o ressuscitar num filme. Como muitos de nós sabemos, Mark Millar é porventura o <i>nerd</i> mais aficionado pelo Super-Homem, tanto que o desejo dele era escrever o argumento para um filme da personagem, o que até esteve para acontecer. Tal não se concretizou pois a <b>Warner Brothers </b>arranjou uma data de problemas onde, se bem me lembro, refutou a participação do argumentista por este trabalhar para a <b>Marvel</b>. No fim acabaram por contratar o <b>Zack Snyder</b>. Pobres desgraçados.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fica aqui um <i>preview</i> da primeira edição:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_fPPdSsAsbH_KPUvfYeo9iZp3QqSkRyeRKF8S1ZQCOzMXJ3wyn-BSBwrAgec4cVQjDWG0vCJkpVuhsFHtUEBU0LS47l1TUM3isU9n3_8hmkYLvoeq8s04-cbNj3NDWU3xY305/s1600/superior2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_fPPdSsAsbH_KPUvfYeo9iZp3QqSkRyeRKF8S1ZQCOzMXJ3wyn-BSBwrAgec4cVQjDWG0vCJkpVuhsFHtUEBU0LS47l1TUM3isU9n3_8hmkYLvoeq8s04-cbNj3NDWU3xY305/s200/superior2.jpg" width="131" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGnA9AVAjr_lF1A-0AASquS5PmCLF2zXPp17MK5uY23yICQwgZxyHnCbjlteRtjlwMR_5DPJDTMFVMxJBNm037wYJrxSFx5CK7c7jOmzT3-5jNcFUyJjtLetchtIJMwMmsb657/s1600/superior3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGnA9AVAjr_lF1A-0AASquS5PmCLF2zXPp17MK5uY23yICQwgZxyHnCbjlteRtjlwMR_5DPJDTMFVMxJBNm037wYJrxSFx5CK7c7jOmzT3-5jNcFUyJjtLetchtIJMwMmsb657/s200/superior3.jpg" width="131" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcVmAAQK2ZyDfFAMem1Y_3GaCD_gdrpCfIxU8a9uW_dW_i8nkJv10szSNlHu36EgphHDXQbD_-Ll-OiSZknAfmT4pKGJBZZ_T6IK64HozWkso5pUX2aTjNFA98OBYhss5qGMLA/s1600/superior4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcVmAAQK2ZyDfFAMem1Y_3GaCD_gdrpCfIxU8a9uW_dW_i8nkJv10szSNlHu36EgphHDXQbD_-Ll-OiSZknAfmT4pKGJBZZ_T6IK64HozWkso5pUX2aTjNFA98OBYhss5qGMLA/s200/superior4.jpg" width="131" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjifStgY0skDM8svHrIasd035hl09ysJf2BshsPeywh6zzD1DzdxKX9y96HqRC63gytyzldU3WlQuQq8Oc-pUXEIlKzYGuqq2_I_CUZc229qM_mNXcUbEIt7RSDoHVtBzoxgTDS/s1600/superior5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjifStgY0skDM8svHrIasd035hl09ysJf2BshsPeywh6zzD1DzdxKX9y96HqRC63gytyzldU3WlQuQq8Oc-pUXEIlKzYGuqq2_I_CUZc229qM_mNXcUbEIt7RSDoHVtBzoxgTDS/s200/superior5.jpg" width="131" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX617MCgZHqFds_v-ErhGgSyGadS7lslJrFrGuglq2S8ROeCSau9B2u6CMdYEVAY0577u4snLO13EAyYyei9qnTrWKbp1AWiFFqzMEqZ063kZdMm_9hN2vpBbh0bi7XANsq5bp/s1600/superior6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX617MCgZHqFds_v-ErhGgSyGadS7lslJrFrGuglq2S8ROeCSau9B2u6CMdYEVAY0577u4snLO13EAyYyei9qnTrWKbp1AWiFFqzMEqZ063kZdMm_9hN2vpBbh0bi7XANsq5bp/s200/superior6.jpg" width="131" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjBbgRLn8mSu7kQ7S4QG0EwmkyjOBIfWUqPdrsjrMRVe1RvUzAVuWN6BXfNNx95C-4NFM8yQt0x_UaX8DnmQ0GgdjJYti6lkJYtClkm4-QYJgyJP_qrHfrrLuUgftgRGm0Fzn/s1600/superior7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIjBbgRLn8mSu7kQ7S4QG0EwmkyjOBIfWUqPdrsjrMRVe1RvUzAVuWN6BXfNNx95C-4NFM8yQt0x_UaX8DnmQ0GgdjJYti6lkJYtClkm4-QYJgyJP_qrHfrrLuUgftgRGm0Fzn/s200/superior7.jpg" width="131" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwN9Yu7ON5kl4_oMeE0u6q3ihaa8dSvhJDaPYgHzX-fGPvWygOSvDSby7Vc7IAs_5bjKFw3-3vqiGNT2cOKvAaOry5JR4xZqt11v8wq1CkNZSAF1eFBrdXxRe5x4_3qoXh5NuE/s1600/superior8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwN9Yu7ON5kl4_oMeE0u6q3ihaa8dSvhJDaPYgHzX-fGPvWygOSvDSby7Vc7IAs_5bjKFw3-3vqiGNT2cOKvAaOry5JR4xZqt11v8wq1CkNZSAF1eFBrdXxRe5x4_3qoXh5NuE/s320/superior8.jpg" width="210" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVXE9hECLhK2_LH1lrRKiCbDGZOtiHRwKeQpt86kw37jWFvxpkHQzeFnIEUROisMc7ef2gULbFIwE5yI8EhIkHPFo8_3iV5GsbrQMfhiPfhDAstCGMqLV94UcehUPRlPtQ9J8h/s1600/superior9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVXE9hECLhK2_LH1lrRKiCbDGZOtiHRwKeQpt86kw37jWFvxpkHQzeFnIEUROisMc7ef2gULbFIwE5yI8EhIkHPFo8_3iV5GsbrQMfhiPfhDAstCGMqLV94UcehUPRlPtQ9J8h/s320/superior9.jpg" width="210" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">As minhas expectativas em relação a esta série são relativamente altas. <b>Mark Millar</b> raramente me desilude e confesso que estou a gostar desta nova fase de <b>Leinil Yu</b>, marcada por uma arte muito mais <i>clean</i> e mais cuidada do que aquela que me fazia detestar os seus trabalhos. A sinopse, por sua vez, deu-se ao trabalho de aumentar a minha curiosidade, aquilo que ontem o <i>Batman: Europa</i> não conseguiu fazer. Esperem uma <i>review</i> na próxima semana!</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-51604895978248522472010-10-06T18:43:00.000+01:002010-10-06T18:43:52.267+01:00Batman: Europa, A Nova Aposta de Brian Azzarello<div style="text-align: justify;"><a href="http://www.comicbookresources.com/assets/images/articles/1286381432.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.comicbookresources.com/assets/images/articles/1286381432.jpg" width="217" /></a><b>Brian Azzarello</b>, em co-produção com <b>Matteo Casali</b>, prepara-se para lançar um novo trabalho com o <b>Batman</b> como personagem principal, isto depois do <a href="http://areanegativa.blogspot.com/2009/08/joker-hc.html">mal-amado <i>Joker</i></a> se ter focado apenas no palhaço mais carismático dos <i>comics</i>. Ao que parece, a <b>DC Comics</b> não se cansa dos inúmeros títulos que dispõem do Cavaleiro das Trevas e viu-se na necessidade criar mais um, só porque nas outras não há espaço para contar esta nova estória. </div><div style="text-align: justify;">Em <i>Batman: Europa</i>, uma mini-série de quatro números que vai contar com quatro desenhadores diferentes, <b>Batman</b> encontra-se infectado por um vírus letal cuja origem é desconhecida. Inicia-se então uma busca pela misteriosa cura através da Europa, numa aventura em que <b>Batman</b> ter-se-á de aliar ao seu maior inimigo, o próprio <b>Joker</b>!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pronto, já passámos o parágrafo dos clichés. Puff, onde é que eu já viste isto antes? Isto é pior que as repetições do House que a Fox passa todas as tardes. É incrível como as editoras vendem os produtos hoje em dia, utilizando sempre as mesmas sinopses mal paridas que insistem em desanimar um possível comprador. Será que há um repositório de sinopses divididas por categorias? Para esta estória devem ter visitado a secção das sinopses-que-envolvem-um-team-up-entre-um-herói-e-um-vilão-que-precisam-de-se-ajudar-mutuamente-para-atingirem-um-fim-conveniente-para-os-dois. Depois do que vi em <i>Superman: For Tomorrow</i>, certamente não era isto figurava entre os meus sonhos mais ardentes. Talvez vá ler alguma coisa desta mini-série quando sair em Janeiro, pode ser que mude esta opinião pré-concebida.</div><div style="text-align: justify;">A primeira edição terá desenhos de <b>Jim Lee</b>, enquanto as seguintes contarão com as artes de <b>Giuseppe Camuncoli</b>, <b>Diego Latorre </b>e <b>Jock</b>. A capa, como podem ver, exibe as qualidades inegáveis de <b>Jim Lee</b> enquanto mestre do inovador e do fenomenal.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-46545736228268413462010-10-02T18:37:00.001+01:002010-10-02T18:38:14.246+01:00Amazing Spider-Man - New Ways To Die<div style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtohEGd9s8gIY6cVklnRhC8OBkcCD2uo9ndqmDoqKuIwN2ma-EQtpVLqDKhRQ0y9TgXgOJ1cmBpjmCfIGKP_MrX7kMXZtXSmYw6lJ1TLDkWucRZUdfdTnJu9s0nWTpzIJc-ANS/s1600/139154_20081211085443_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtohEGd9s8gIY6cVklnRhC8OBkcCD2uo9ndqmDoqKuIwN2ma-EQtpVLqDKhRQ0y9TgXgOJ1cmBpjmCfIGKP_MrX7kMXZtXSmYw6lJ1TLDkWucRZUdfdTnJu9s0nWTpzIJc-ANS/s320/139154_20081211085443_large.jpg" width="205" /></a></div><b>ARGUMENTO:</b> Dan Slott | <b>ARTE:</b> John Romita Jr. e Klaus Janson<br />
<b>MARVEL COMICS</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Já muito falei por aqui desta fase do <b>Homem-Aranha</b> e ao longo de todas as análises tenho referido os altos e baixos desta série que promete ser irregular até ao fim dos seus dias. Tão irregular que até é possível que saiam grandes estórias como este <i>New Ways To Die</i>, um verdadeiro hino àquilo que é realmente um clássico do Cabeça de Teia. Esta é provavelmente a melhor<i> storyline</i> explorada até agora nesta nova vida e para isso contribuíram os talentos de dois autores que provavelmente serão lembrados no futuro. Falo de<b> Dan Slott</b> e <b>John Romita Jr</b>. O primeiro é de facto um caloiro nestas andanças dos <i>comics</i> e não detém grande experiência na sua escrita ao ser também ele irregular em alguns outros títulos, mas neste capítulo da vida do Aranha, <b>Slott</b> esmerou-se e criou uma estória de grande complexidade que conta com a participação de diversas personagens devidamente exploradas, além de se constatar facilmente que a essência das personagens clássicas é perfeitamente respeitada e brilhantemente utilizada. <b>Norman Osborn</b> fez-me lembrar alguns dos clássicos do <b>Mestre Stan Lee</b> e olhem que não é fácil fazer isto, tendo em conta o período conturbado que o senhor eu-sou-o-Duende-Verde-só-nas-horas-vagas vive.</div><div style="text-align: justify;">Reparem que ando a ler esta série de forma nada linear, mas o entendimento da mesma não se perde de forma alguma. Um dos objectivos do <i>Brand New Day</i> foi o de apresentar alguma coerência entre entre as várias <i>plot lines</i> e tal sem sido respeitado. Mas coerência nem sempre é sinónimo de qualidade e o número excessivo de argumentistas dificulta a regularidade desta série. Ainda tenho esperanças que se volte ao formato clássico mensal em que apenas um argumentistas tome as rédeas. isso contribuiria para uma maior estabilidade que <i>The Amazing Spider-Man</i> tanto necessita.<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2HwPpdSSHHrXHAikqyePaCiBa-aPHNoDWHKwqaRTlkgwbAXxUARWUQNSm3PJII_QNA7fxX7rYt2xXfghoIYh0nsPJDQEht7j8ekFp5X-cY3IkkiGHZ7aKSEfMI9sAjf5iXKgp/s1600/139504_20080827132943_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2HwPpdSSHHrXHAikqyePaCiBa-aPHNoDWHKwqaRTlkgwbAXxUARWUQNSm3PJII_QNA7fxX7rYt2xXfghoIYh0nsPJDQEht7j8ekFp5X-cY3IkkiGHZ7aKSEfMI9sAjf5iXKgp/s320/139504_20080827132943_large.jpg" width="209" /></a></div><i>New Ways To Die</i> é fantástico! Quando o acabei de ler, a ansiedade pela sua sequela, <i>Character Assassination</i>, cresceu freneticamente. Enquanto <b>Straczinsky </b>me surpreendera por mostrar uma fase mais madura de <b>Peter Parker</b>, <b>Dan Slott</b> conseguiu dar uma grande frescura a conceitos antigos que já estavam demasiado desgastados. Já há muito que não via o <b>Venom</b> e o <b>Duende Verd</b>e na mesma estória com um resultado final bastante convincente. Esteve quase tudo perfeito. E digo "quase" por alguns pequenos pormenores falharem no raciocínio do autor.<br />
Uma dessas falhas foi até bastante cómica e fez-me reflectir um pouco sobre os tempos que se vivem hoje em dia, chegando eu à conclusão que se calhar estamos num protótipo de uma certa <i>era dourada</i> à semelhança do passado, em que os <i>comics</i> exploravam conceitos irreais que toda a gente gostava e encarava com relativa facilidade. Aquela ingenuidade característica da ficção dos Super-Heróis onde o herói, por mais dificuldades que enfrentasse, sairia vitorioso gloriosamente. Era esse ingrediente que fazia muitos de nós sonhar com um mundo melhor. Pois bem, indo directo ao assunto, há uma certa cena em que os <b>Thunderbolts</b> de <b>Norman Osborn</b> visitam a residência de <b>Peter Parker</b>, ficando este com a ideia de que tinham descoberto de novo a sua identidade secreta. Nada mais errado, apenas procuravam informações acerca da sua conexão ao Homem Aranha (relativamente às inúmeras fotos do herói que são publicadas no Clarim Diário). Na sala estavam <b>Venom</b> e o <b>Homem-Radioactivo</b>, dois sujeitos com poderes que mais tarde iriam ter um uso mágico! Depois de não conseguirem obter informações conclusivas, <b>Osborn</b> ordena que os seus subordinados procurem o próprio Aranhiço nas ruas de Nova Iorque. É então que Venom e o Homem-Radiocativo soltam um diálogo interessante, do género: "Nós conseguimos sentir o sangue radioactivo do Aranha...". Ora, isto é deveras curioso pois anteriormente tinham estado na mesma sala que o dito cujo e nada tinham sentido...<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_vJGOhHZ4Jl5k1pbUSNI2fcXDTOootodF3luef7q0OLW7QI3Sy_Ujf5jlkrua3jbDHy2PpxigRklQRJlekpbsydNR3yClNr22JPEgtOekZqWrf1lwoW0YsbBQ8kJwMG1rH1Jp/s1600/AmazingSpider-Man573.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_vJGOhHZ4Jl5k1pbUSNI2fcXDTOootodF3luef7q0OLW7QI3Sy_Ujf5jlkrua3jbDHy2PpxigRklQRJlekpbsydNR3yClNr22JPEgtOekZqWrf1lwoW0YsbBQ8kJwMG1rH1Jp/s1600/AmazingSpider-Man573.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">New Ways To Die: The Amazing Spider-Man #568-573</td></tr>
</tbody></table>Isto leva-me a questionar-me se terá sido algo propositado ou apenas um mero erro de continuidade. Ou então Dan Slott nem sequer vê por aqui algo um erro. Também me leva a reflectir se isto será assim tão importante de corrigir ou se é algo que deveria ser mais frequente na banda desenhada. Vivemos numa era em que que tudo o que acontece em séries de ficção tem de ser respondido. As pessoas exigem respostas, ou pelo menos a maioria delas. Repugnam a ambiguidade e chateiam-se quando não lhes servem a papinha toda à boca. São raros aqueles que aceitam o convite à reflexão e obtêm alguma satisfação ao serem eles próprios a encontrarem respostas. <b>Com tudo isto quero dizer que, se calhar, a Banda Desenhada tem se tornado demasiado séria nos últimos anos.</b> Nós, seres humanos, tornámo-nos demasiados sérios e exigimos seriedade em tudo o que nos rodeia. Aquele que era o refúgio de divertimento para muitos tornou-se maioritariamente um espelho do mundo, em que a necessidade de ser realista e coerente se apoderou dos autores e das próprias editoras. A própria Marvel tenta excessivamente inserir a continuidade de acontecimentos verídicos na sua própria cronologia (exemplos da eleição de Barack Obama ou dos Atentados do 11 de Setembro). Será que a ficção está assim tão esgotada que precisamos de recorrer permanentemente àquilo que acontece no nosso dia-a-dia? Para isso já temos os jornais, a televisão ou a internet que já fazem questão de nos lembrar da porcaria de mundo em que vivemos, onde tanto acontecem coisas normais como absurdas e nunca antes vistas.<br />
Talvez o mundo da Banda Desenhada se devesse concentrar nos conceitos fantásticos que eram a imagem de marca nas suas origens e não cair no erro de se escreverem estórias sob a premissa de "E se o Homem-Aranha vivesse no nosso mundo, como seria?". Existem selos específicos que servem esse propósito e não é necessário os universos regulares entrarem nesses caminhos. Este <i>Brand New Day</i> quer, ou pelo menos tenta, ressuscitar algum daquele sentimento dourado e místico do passado em que víamos coisas absurdas acontecerem nos comics, mas com quais ríamos e sentíamos alguma afinidade, ainda que com os seus altos e baixos. Eu próprio admito que sinto uma maior proximidade por um Watchmen, que se preza essencialmente pela aproximação ao mundo dos Homens, do que propriamente por um Homem-Aranha ingénuo, mas as estórias de heróis deveriam ser mesmo isso: ingénuas e por vezes incoerentes. Para chata e rija já nos chega a nossa vida que tanta vezes nos deixa de rastos (e felizes também, como é óbvio). Por mais difícil que às vezes seja aceitar isso, a verdade é que deveríamos andar mais ao sabor da onda e não rejeitar tão prontamente iniciativas que a <b>Marvel</b> e a <b>DC Comics</b> nos propõem, ou até a <b>Image</b>. <b>Brand New Day</b> chegou a ser contestado mesmo antes de nascer, mas parece que agora alcançou algum prestígio. Não é perfeito, mas se o fosse não teria tanta piada.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEKsHCpu3qcTgdvjrhFxoFFuKAIRT0WpFcsCZC4nj-UUZjDnvae9865mBKf8EcIBKDS5ieYkOQbDBdGF9p1p5CQM96Qo5ZiJN_XMI8tEiG-P0lXFZyGVDxI7DSfcGM4hYcWhtk/s1600/139156_20080820163322_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEKsHCpu3qcTgdvjrhFxoFFuKAIRT0WpFcsCZC4nj-UUZjDnvae9865mBKf8EcIBKDS5ieYkOQbDBdGF9p1p5CQM96Qo5ZiJN_XMI8tEiG-P0lXFZyGVDxI7DSfcGM4hYcWhtk/s320/139156_20080820163322_large.jpg" width="208" /></a></div>Deixando um pouco de lado esta reflexão e indo mais directo ao que passou na estória, deixo aqui a minha recomendação a este arco e possivelmente à sua sequela, <i>Character Assassination</i>, da autoria de <b>Marc Guggenheim</b> e <b>John Romita Jr.</b>, que é onde algumas pontas soltas se unificam. A continuidade de <i>Amazing Spider-Man</i> não é assim tão impenetrável quanto outros títulos actuais, tanto que um <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Spider-Man:_Brand_New_Day">pequeno texto na página da Wikipedia</a> responde logo a alguma dúvidas. Foram introduzidas algumas personagens, as quais, essas sim, podem causar alguma confusão, mas como ainda não foram devidamente exploradas há uma grande margem de manobra para novos leitores. <i>New Ways To Die</i> funciona muito bem sozinho e já tem selo de obrigatoriedade para os fãs do Cabeça de Teia. O argumento é bastante sólido e volto a destacar a importância da exploração das personagens, sendo a mais evidente a de <b>Norman Osborn</b> que volta aqui aos seus tempos áureos. Vemo-lo como manipulador exímio, uma das suas especialidades, sentimos a sua desilusão em relação ao seu filho, <b>Harry</b>, por este ter desrespeitado o legado da família ao seus seguir o seu próprio rumo e ainda temos direito a um inesperado regresso do <b>Duende Verde</b>, num rasgo de loucura que soube ao perfume dos já idos anos 60. Destaque ainda para a dicotomia introduzida com a estreia de <b>Anti-Venom</b>, que me pareceu ter bastante potencial e veio deitar por terra as minhas dúvidas quanto à sua aposta. Este aparente herói tomou o corpo de <b>Eddie Brock</b> que voltou agora anos depois de ter alcançado a sua redenção. Finalmente curado da doença que durante tantos anos o atormentou, ele vê o <b>Anti-Venom</b> como a cura para uma cidade que está doente e como meio de se redimir de todo mal que causou sob a forma do clássico <b>Venom</b>. E esta premissa promete alguns desenvolvimentos interessantes no futuro. Imaginando tudo isto com arte do "pequeno" Romita, só podemos pensar em algo realmente inspirado.<br />
<br />
<b>NOTA</b>: 5/5</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-64975366136616368232010-09-26T19:15:00.000+01:002010-09-26T19:15:32.265+01:00Skull Kickers #1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYsLjZ2Fg831BE31GwAtz5bySAXgPihd2r9hYWawolRpOtC-6zMJEBysLAT-gGodpoZ4QIWF-0SSpOSpzqptFr3vcRJIAnfsgJ_3T_USw8MbQZAopeKvLdT3s84QRWre9CyZ3H/s1600/skullkickers01_cover2_02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYsLjZ2Fg831BE31GwAtz5bySAXgPihd2r9hYWawolRpOtC-6zMJEBysLAT-gGodpoZ4QIWF-0SSpOSpzqptFr3vcRJIAnfsgJ_3T_USw8MbQZAopeKvLdT3s84QRWre9CyZ3H/s320/skullkickers01_cover2_02.jpg" width="210" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>ARGUMENTO:</b> Jim Zubkavich | <b>ARTE</b>: Edwin Huang</div><div style="text-align: justify;"><b>IMAGE COMICS</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este é porventura o <i>comic</i> mais aguardado do mês. Não deixa de parecer estranho constatar que a sua primeira tiragem esgotou completamente antes de chegar às prateleiras, mas o que é facto é que <i>Skull Kickers</i> gerou uma grande especulação à sua volta. À primeira vista não parece ter nada de especial na sua concepção, nem sequer os dois autores que assinam a série são particularmente conhecidos. Eu, pessoalmente, nunca ouvi falar dos seus nomes. A única coisa que me cativou foram as capas, a principal e a alternativa, que me parecem ser de grande qualidade em termos de <i>design</i> (apesar de a última ser uma referência cómica a Hulk #1). Com isto tudo pensava eu que ia encontrar uma arte interior também ela semelhante às capas, mas pelos vistos enganei-me e bati com a porta na cara (como eu ainda sou ingénuo). Já lá iremos mais à frente. Há algo que ainda deve ser mencionado antes de se analisar este primeiro número: <b>dias antes do seu lançamento, foi vendida uma cópia sua no Ebay a 15$ (!!!)</b>. Pois, pois. Terá sido um golpe conspiratório de alguém que ficaria a ganhar com o sucesso de <i>Skull Kickers</i>? Criando o <i>hype</i> necessário, seria assim tão óbvio que o sucesso seria alcançado? Talvez tudo isto não se tenha traduzido em qualidade...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><a name='more'></a><div style="text-align: justify;">Isto de avaliar uma série pelos primeiros números pode ser arriscado, mas se as coisas correm bem logo à primeira é normal que o caminho a seguir seja de qualidade. Não me parece que tenha sido isso o que aconteceu aqui, confirmando-se que o <i>hype</i> pode matar um <i>comic</i> antes de ele sequer nascer. Em <i>Skull Kickers</i> não há nada de particularmente novo. Estamos na Idade Média, existem lobisomens e outros humanóides prontos a serem exterminados. Humanos, anões e sabe-se lá mais quantas espécies coabitam pacificamente neste mundo de fantasia que mais parece vir directamente de um mapa de<i> World of Warcraft</i>, onde já existem armas de fogo tecnológicas apesar de se andar a cavalo. É então que são introduzidos dois personagens cujo nome desconhecemos e que têm como gostos comuns a carnificina e o caos (ah e o dinheiro!). Viajam em busca de missões que lhes tragam dinheiro e fortuna e fazem disto vida (onde é que eu já vi isto?).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O argumento é algo superficial, tendo pouca substância. Rapidamente se lê este número e se esquece o que aconteceu. Nem mesmo o <i>cliffhanger</i> da última página foi feliz, já que não percebe o que está a acontecer. Salvam-se as duas personagens que mostraram uma boa interacção e algum carisma que pode vir a ser a chave de algum sucesso desta série. Para já, fica-se pela mediocridade, mas não é só o argumentista o responsável por este flop invulgar. O desenhador também tem culpas no cartório por não ser competente o necessário para salvar o dia. As cores são demasiado rijas e retiram fluidez à acção, fazendo mesmo lembrar um vídeo jogo com uns gráficos de péssima qualidade . Sendo assim, não há muito mais a dizer. <a href="http://www.newsarama.com/comics/creator-commentary-skullkickers-100923.html">Numa entrevista concedida ao Newsarama</a>, o argumentista diz que a coisa vai arrebitar lá para o terceiro número, mas dificilmente lá chegarei.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>NOTA</b>: 1/5</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-10991869178925411982010-09-26T01:24:00.001+01:002010-09-26T19:17:15.618+01:00O Que Ando a Fazer #7<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCh-bE7R9Ge9O1IPZ-guv8Oj1cIxgoJtvl9jWtqwPZxEB3vIejtyIeZpjBEfl7DAvCE8YIkPnH_Nf1Vc7zsEDWXTBdqGujr19aI_K6-aU2kkVHp19zGQb4xWC-Idm5VkhJ7iuo/s1600/skullkickers_alt_distress3_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCh-bE7R9Ge9O1IPZ-guv8Oj1cIxgoJtvl9jWtqwPZxEB3vIejtyIeZpjBEfl7DAvCE8YIkPnH_Nf1Vc7zsEDWXTBdqGujr19aI_K6-aU2kkVHp19zGQb4xWC-Idm5VkhJ7iuo/s320/skullkickers_alt_distress3_02.jpg" width="208" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa alternativa de Skull Kickers #1</td></tr>
</tbody></table><ul><li style="text-align: justify;">Descobri tinha ali uns números perdidos de Amazing Spider-Man (#564-579) que ainda não tinha lido. Esta acção foi desencadeada quando decidi ir a uma papelaria ver como andavam as Paninis e os números que estavam a ser publicados. Vi lá o Homem-Aranha #98 e despertou-me de novo o interesse pelo <i>Brand New Day</i>, muito por culpa da capa do <b>Romita Jr. </b>(fez-me lembrar os bons velhos tempos). O arco vigente é <i>Character Assasination</i>, mas para o entender tive de pegar nos números de <i>New Ways to Die</i>, de <b>Dan Slott</b> e <b>John Romita Jr.</b> que ainda não tinha lido (tenho a colecção esburacada, daí ter perdido o entusiasmo, mas felizmente existe a internet!). Desde então tenho andado numa maratona caótica a ler o que me falta, numa aventura que me tem causado uma mistura efervescente de sensações. Há <i>storylines</i> más demais para serem verdade, muito em parte por serem uma fotocópia falhada daquilo que se fazia nos '60, enquanto outras me fazem ver que o Aranha está a atravessar uma fase relativamente boa, devido ao talento de <b>Marc Guggenheim</b>, <b>Dan Slott</b> e <b>Zeb Wells</b>, aqueles que eu considero ser os três melhores argumentistas actuais desta série. Já<b> Bob Gale</b> é terrivelmente mau e devia receber guia marcha para uma localidade bem longe da civilização. <b>John Romita Jr.</b> e <b>Chris Bachalo</b> assumem-se como os melhores desenhadores, mas é <b>Marcos Martin</b> quem realmente surpreende pelo seu talento em ascensão. Um artista a seguir atentamente nos próximos anos.</li>
<li style="text-align: justify;">A <b>Image Comics</b> tem andado numa de lançar novas séries com uma componente bastante apelativa para o público, sempre com descrições bastante aliciantes na <b>Previews</b>. <i>Morning Glories</i> representava "o encontro entre <i>Lost</i> e <i>Runaways</i>" e agora, <i><b>Skull Kickers</b></i>, é apresentado como sendo "um encontro entre entre filmes antigos de Polícias e <i>Conan</i>". Mas na sua essência, esta série trata-se apenas das aventuras de dois guerreiros sem nome que fazem trabalhos encomendados a troco de dinheiro num universo em que tudo é possível, onde existem <i>zombies</i>, lobisomens e outras tantas coisas sobrenaturais. Cortesia de dois perfeitos estranhos, <b>Jim Zubkavich</b> e <b>Edwin Huang</b>. Esperem uma análise em breve.</li>
<div style="text-align: left;"></div>
<li style="text-align: justify;"><u>EU (NÃO) VOU AO AMADORA 2010 </u>- está quase decidido, é desta que não vou à Amadora fazer a minha visita anual. Nem mesmo que confirmem John Romita Jr. e Mark Millar à última da hora! Se o próprio festival não se dá ao trabalho de me informar sobre aquilo que vou poder ver, porque hei-de eu me preocupar com cenários imaginários de festivais fantásticos hipotéticos que todos os anos são prometidos? É sempre a mesma coisa e sinceramente começa a fartar.</li>
</ul>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-11761567208909990262010-09-21T22:15:00.002+01:002010-09-21T22:30:09.126+01:00DC Comics Acaba Com as Linhas Wildstorm e ZUDA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TrPHA-b8AZfeNUhtDMIm0OJp_O6GW12QGDc6hHO3oIadSeckZH8OfTsJ9caJhXQTtfOTjx8gqUKvjqnlVtIUW0oShAe0Cxsx5ALMiI1EieQk4wSEpGVOsIZ9LV4HmFk7c00Y/s1600/wildstorm_logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TrPHA-b8AZfeNUhtDMIm0OJp_O6GW12QGDc6hHO3oIadSeckZH8OfTsJ9caJhXQTtfOTjx8gqUKvjqnlVtIUW0oShAe0Cxsx5ALMiI1EieQk4wSEpGVOsIZ9LV4HmFk7c00Y/s400/wildstorm_logo.jpg" width="490" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As últimas edições da Wildstorm serão lançadas em Dezembro</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">No seguimento de alterações a nível geográfico por parte da <b>DC Comics</b>, foi hoje comunicada a decisão de suspender a linha <b>Wildstorm</b> e terminar com a <b>Zuda</b>, um segmento editorial que se destacava pelas suas iniciativas a nível de edição <i>online</i>. Estas decisões partiram de um comunicado lançado hoje de manhã que anunciava a mudança da maior parte do <i>staff </i>da <b>DC</b>, de Nova Iorque para Burbank, no sentido de aproximar a casa mãe, <b>Warner Borthers</b>, e a sua filial dedicada aos <i>comics</i>. Não se sabe ao certo se ainda virão mais mudanças radicais por parte da editora, mas o que é facto é um grande número de personagens passaram agora a ficar em <i>stand-by</i>.<br />
<br />
<a name='more'></a>Citando um dos editores: "<i>Depois de aparecer na cena dos comics de rajada há já 20 anos, os títulos do Universo Wildstorm irão ver o seu fim. Neste nicho de mercado, estas personagens precisam de uma pausa para se reagruparem e definirem o que fez deles, a certa altura, únicos e inovadores. Enquanto estas serão as últimas edições publicadas sob o signo Wildstorm, não será a última vez que veremos estes heróis. Nós, <b>juntamente com Geoff Johns</b>, temos uma data de planos aliciantes para estes fantásticos personagens, portanto fiquem ligados.</i>". A Zuda, por sua vez não verá a sua iniciativa completamente terminada, já que trabalhos realizados anteriormente nesta linha serão utilizados em futuras publicações.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSKn5qlqtc5Yk1cPNApOZxbjdqIZtxe847UZ2mrRPM9WjC7CRCeJg33SIydi4ADA_p7r9ye4w6VRCPYBPga7H3Y8t6TbyuXpsx5hMx13U6AB2q0Sm1ogAAVThyphenhyphenIt0ImwZ_hzpK/s1600/1285094641.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSKn5qlqtc5Yk1cPNApOZxbjdqIZtxe847UZ2mrRPM9WjC7CRCeJg33SIydi4ADA_p7r9ye4w6VRCPYBPga7H3Y8t6TbyuXpsx5hMx13U6AB2q0Sm1ogAAVThyphenhyphenIt0ImwZ_hzpK/s640/1285094641.jpg" width="463" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A derradeira edição de <i>Authority</i>, o número 29<br />
(grita-se Aleluia! no fundo da sala) </td></tr>
</tbody></table>Bem, não vou chorar que nem um perdido e dizer que tenho pena que isto acabe. Pelo contrário, já não era sem tempo! A <b>Wildstorm</b> foi criada num período muito específico em que os <b>X-Men</b> vendiam aos milhares e eram a sensação entre os leitores. Daí surgiu uma ideia inovadora de criar uma cópia dos mesmos, os <b>Wild Cats</b>, que me acompanhavam nas minhas tardes de televisão quando era jovem (e que bela série ela era). Isto durou até certa altura, pois chegou a uma fase em que nada de novo estas personagens poderiam trazer, o que catapultou o título para o esquecimento. Entretanto, há poucos anos atrás, uma outra figura vincada pela suas políticas inovadoras, decidiu trazer de voltas esta equipa de guerreiros, novamente num período em que estes não tinham nada para oferecer. Até mesmo <i>Authority</i>, obra conceituada de <b>Warren Ellis</b>, foi aproveitada nesta tentativa falhada de fazer regressar velhas glórias. Foi quase tão suicida como contratar o Mário Jardel depois de anos e anos de má vida.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;">Confesso que a única coisa que alguma vez li deste ramo foi <i>Ex-Machina</i>, de <b>Brian K. Vaughan</b>, e senti-me lisonjeado por verificar que uma editora que detinha uma linha fraca de personagens, tinha conseguido lançar esta pérola que vive na sombra dos <i>comics</i>. Ainda vou no quinto volume desta série (são dez ao todo) e espero, portanto, que se vá reeditando este material periodicamente, tal como <i>Authority</i>, série que ainda faço tensões de ler um dia. Resta-me então apostar os meus dois cêntimos em como as "melhores" personagens deste universo serão inseridas no da DC Comics, num acto também ele inesperado que irá chocar o mundo dos devotos e fanáticos pela banda desenhada. AH, e vejam como o nome de <b>Geoff Johns</b> salta magicamente para a praça pública, um nome associado às recentes revitalizações de <b>Green Lantern</b> e <b>Flash</b>. Aqui não se brinca em serviço.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-1855962172480375752010-09-20T01:06:00.001+01:002010-09-20T01:07:26.089+01:00Green Lantern - Agent Orange<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJ4z5kIhDcOfj-iVoLof1cbTZLg1FGO1N4v3o4ntYu2z54vZk-VaTTiX2WErN63_TldfF0bCqwgOUKBHt3wiTeAIUDBTMcoIPkaBi7ugz_T23LtxYTD3I6oNmlmr-vY0OWMP1/s1600/rtbnagentorangebanner.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAJ4z5kIhDcOfj-iVoLof1cbTZLg1FGO1N4v3o4ntYu2z54vZk-VaTTiX2WErN63_TldfF0bCqwgOUKBHt3wiTeAIUDBTMcoIPkaBi7ugz_T23LtxYTD3I6oNmlmr-vY0OWMP1/s640/rtbnagentorangebanner.jpg" width="510" /></a></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b>Argumento</b>: Geoff Johns | <b>Desenho</b>: Philip Tan e Ivan Reis</div><br />
Este é porventura o mais desinspirado arco da saga da Guerra da Luz, o que necessariamente (e infelizmente) se traduz na pior leitura do mês. O que <b>Geoff Johns</b> tem feito ao longo destes últimos anos foi habituar-nos a trabalhos de muitíssima qualidade e à medida que o tempo passa é cada vez mais difícil superar-se a si mesmo. O que se passou neste <i>Agent Orange</i> foi algo de muito estranho. É nos introduzido um novo Lanterna, o <b>Laranja</b>, motivado pela Gula e que<b> </b>responde pelo nome de <b>Larfleeze</b>, tendo há milhões de anos atrás se apoderado da lanterna colorida que lhe confere poderes extraordinários, com a agravante de causarem demência ao seu portador, neste caso uma fome insaciável por poder. Esta fome é alimentada pela lanterna que <b>Larfleeze</b> transporta constantemente consigo, o que recarrega o seu anel permanentemente. Isto permite-lhe criar <i>avatares</i> de identidades cuja vida terminou ao confrontarem-se com o Lanterna Laranja, uma espécie de exército dos mortos vindo lá não sei de onde. A coisa tem o seu potencial, mas talvez não tenha sido explorada da melhor forma...<br />
<br />
<a name='more'></a>O <b>Agent Orange</b> acaba por ser um dos inúmeros segredos escondidos pelos <b>Guardiões do Universo</b>, os nossos queridos e amados estrunfes que de heróis passaram a vilões nesta saga de <b>Geoff Johns</b>. O que se tem revelado ao longo dos últimos meses é que estes meninos não estão aqui para brincadeiras e como qualquer líder de uma instituição, apenas são movidos pelo poder! E é esse poder que os tem corrompido ao longo dos anos. Todo sabem que os Guardiões não podem mostrar sentimentos ou emoções (o que aconteceu com <b>Scar</b> e <b>Sayd</b>, valendo-lhes a expulsão dos <b>Green Lantern Corps</b>), mas o que se tem verificado é que a sua ambição pelo domínio e poder do universo se tem tornado mais do que emotivo...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.dccomics.com/media/product/1/5/15822_400x600.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://www.dccomics.com/media/product/1/5/15822_400x600.jpg" width="425" /></a></div><br />
De facto é interessante verificarmos esta constante metamorfose dos <b>Guardiões</b> ao longo deste volume, mas o que é facto é que essa experiência começou bastante atrás e tem sido vivida ao longo das páginas de <i>Green Lantern</i> e<i> Green Lantern Corps</i>, num ritmo frenético em que já vimos ser introduzidas mais personagens que numa novela da TVI. <b>Larfleeze</b> é mais uma dessas personagens, cuja identidade já é mantida em segredo há anos e anos, mas que ninguém aparentemente conhecia. Isto porque o mesmo habitava no sector proibido a todos os <b>Lanternas Verdes</b>: o <b>Vega System</b>. E é este o conceito mais interessante introduzido por <b>Johns</b>, numa estória que pecou por apresentar uma acção um pouco confusa e que não esclareceu muito bem as intenções do espectro laranja nesta saga. Que eles são insaciáveis já sabemos, mas o que virá a seguir é tudo menos previsível. Só sabemos que foram chatear os <b>Lanternas Azuis</b> (por capricho) numa atitude cheia de cinismo por parte dos <b>Guardiões de Oa</b>... Um ponto positivo para este <i>Agent Orange</i>. Já o ponto negativo vai para a arte! Meu Deus que estás por aí algures, como é possível algo tão mau ser publicado? Como é possível o <b>Green Lantern</b> ver o seu braço ser arrancado numa página e tê-lo magicamente de volta na página seguinte? Acho que há graves problemas na mente deste senhor Philip Tan e não só a nível anatómico (personagens horrivelmente desenhadas a cada página é dose). O <i>storytelling</i> é péssimo, fraquíssimo e falha ao transmitir as ideias que são essenciais à compreensão da estória que o leitor tem em mãos. Espero nunca mais ter de comprar alguma coisa com a arte do homem cujo nome nunca mais pronunciarei.<br />
Já as estórias extras que foram incluídas nesta compilação podem também elas ser apelidadas de penosas. Só se aproveitou um extra de cerca de 10 páginas em que nos são mostrados os novos <b>Corps</b> que surgiram, acompanhados com explicações bastante elucidativas sobre as origens, poderes e motivações dos mesmos. Espero que <i>Blackest Night</i> não seja pior que isto, aliás não pode mesmo. Seria muito difícil superar este volume em termos de pobreza estética e falta de objectivos na narração.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-63817092000786627552010-09-16T21:31:00.002+01:002010-10-02T18:46:52.452+01:00Não Podes Perder... #3 - Morning Glories e Daytripper<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www2.uol.com.br/10paezinhos/images/daytsketch-aug2009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="600" src="http://www2.uol.com.br/10paezinhos/images/daytsketch-aug2009.jpg" width="500" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Este <i>post</i> funciona como uma espécie de recomendação, não com base nas minhas leituras, mas em virtude daquilo que se vive lá fora. Não será só uma recomendação para quem o ler, como também para mim, que várias vezes me esqueço de coisas novas que estão sair e que quero comprar, que gozam de alguma qualidade. </div><div style="text-align: justify;">Pois bem, os escolhidos de hoje são dois <i>comics</i> que estão a fazer furor na América e que ainda não alcançaram o seu devido estatuto. Um deles é bastante recente, pelo que é algo cedo para descortinar a sua consistência, mas o que é facto é que não se fala de outra coisa nos <i>sites </i>e <i>blogs </i>mais conhecidos. O outro viu o seu fim há poucos dias e promete fica na história.<br />
<br />
<a name='more'></a><b><i>Morning Glories</i>, de Nick Spencer e Joe Eisma</b><br />
<br />
<a class="biglinks" href="http://www.imagecomics.com/fivepagepreview.php?title=morningglories02&page=1&doubles=" style="border-top-color: initial; border-top-style: initial; border-top-width: 0px; clear: right; color: #ff6600; float: right; font-family: verdana, helvetica, arial, san-serif; font-size: 12px; font-weight: bold; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-decoration: underline;"><img border="0" height="320" hspace="0" src="http://www.imagecomics.com/content/previews/morningglories02_cover.jpg" vspace="0" width="206" /></a>Saiu há poucos dias e já está a causar sensação pelo mundo fora. A primeira edição chegou mesmo a esgotar uma segunda impressão e a ganhar uma outra terceira, fruto de um<span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 10px; -webkit-border-vertical-spacing: 10px; font-family: verdana, helvetica, arial, san-serif;"></span>a grande adesão por parte das <i>comic shops </i>americanas. Tudo se passa no colégio de <b>Morning Glories</b>, onde acompanhamos os primeiros dias de aulas dos alunos lá inscritos. Não, não é um Morangos Com Açúcar. Pelo contrário, tanto que o autor, <b>Nick Spencer</b>, define a série como sendo um "<i>encontro entre Los</i><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 10px; -webkit-border-vertical-spacing: 10px; font-family: verdana, helvetica, arial, san-serif;"></span><i>t e Runaways</i>". Pode parecer uma afirmação sensacionalista, mas não pode deixar de intrigar os mais cépticos. As séries supracitadas tiveram dias de grande qualidade e um <i>mash-up </i>das duas, ainda que virtualmente impossível, é algo que pode vir a ser interessante. Isto porque, como a <b>Image</b> nos tem habituado, <i>Morning Glories</i> está cheio de mistério e violência chocante! Já o vimos pela mão de <b>Robert Kirkman</b> quer em <i>Invincible</i>, quer em <i>The Walking Dead</i>, o que contribuiu para o aparecimento de um padrão de qualidade por parte da editora. Não duvidemos então da possível qualidade deste<i> Morning Glories</i>. É sabido que a Image tem sido perita em lançar novos autores para o estrelato (Kirman, Hickman, Fraction) e estes dois rapazes podem muito bem vir a ser os próximos a serem catapultados. Podem conferir um <i>preview </i>de umas das edições <a href="http://www.imagecomics.com/fivepagepreview.php?title=morningglories02&page=cover&doubles=">aqui</a>.<br />
<br />
<b><i>Daytripper</i>, de Gabriel Bá e Fábio Moon</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRs1EL6HOFI3gCkwp5RlBV-cEr1VspQjI9hESAuqvqukm8kz_pqjoeaSeu5GeUIHTQN5cSQ1C0MPp4vU0KPt1efhdn8e4DnfmSleKh7r55MplzriioJO3tlLIkQD54VkUxhY4b/s1600/daytripper-3-cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRs1EL6HOFI3gCkwp5RlBV-cEr1VspQjI9hESAuqvqukm8kz_pqjoeaSeu5GeUIHTQN5cSQ1C0MPp4vU0KPt1efhdn8e4DnfmSleKh7r55MplzriioJO3tlLIkQD54VkUxhY4b/s320/daytripper-3-cover.jpg" width="205" /></a></div>Cá está o menino dos olhos da crítica recente. Estes dois rapazes, os gémeos brasileiros prodígios, já nos proporcionaram bons trabalhos a nível artístico em <i>Casanova</i> e <i>Umbrella Academy</i> e facilmente caíram nos goto dos fãs de <i>comics</i>. É animador ver como dois autores que apenas trabalhavam no seu país, maioritariamente com edições da Devir, conseguiram singrar no mercado norte-americano, caracterizado por diversas concorrências que chegam a ser avassaladoras. É também interessante ver como desenhadores conceituados somente pela sua arte conseguem agora eles próprios criar novelas gráficas apelativas e bem recebidas pela crítica (<b>Craig Thompson</b>, <i>Blankets</i>, e <b>David Mazzucchelli,</b> <i>Asterios Polyp</i><b>, </b>são exemplos). Parece que estamos a entrar numa nova era propícia à liberdade criativa de desenhadores que raramente tinham algo a dizer em termos de argumento.<br />
<i>Daytripper</i> gira à volta de <b>Brás de Oliva Domingos</b>, cidadão brasileiro que vive na sombra do seu pai, escritor conceituado pelas suas obras famosas. Brás vive apenas como um escritor de notas de óbito num jornal local o que o leva a questionar-se sobre o sentido da sua vida em função daquilo que o seu pai representa. Uma introspecção à vida real que pretende também ensinar lições valiosas aos mais curiosos por aquilo que representa o nosso tempo gasto na Terra. Uma nota importante que tem sido divulgada e usada como valorização da obra é o aparente chocante <i>twist</i> no fim da primeira edição. Não quero saber qual é, mas sei que lá para o Natal quero ter isto nas mãos.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-44451220947812637852010-09-15T02:31:00.000+01:002010-09-15T02:31:08.361+01:00Amazing Spider-Man #638-641 - One Moment In Time<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/7981f1fi5786/prv5786_cov.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/7981f1fi5786/prv5786_cov.jpg" width="210" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O.M.I.T. - Joe Quesada e Paolo Rivera</td></tr>
</tbody></table>Já lá vão mais de dois anos desde que <i>Brand New Day</i> foi iniciado, isto após uma conturbada resolução de problemas da vida do Aranha por parte de <b>Joe Queijada</b> e <b>Joe Straczynski</b>. Há quem diga que este último foi o responsável pelo grande declínio da personagens nos últimos anos, tudo porque decidiu explorar uma faceta mais adulta de <b>Peter Parker</b>, dando-lhe inclusivamente um trabalho como professor na sua antiga escola (editado pela <b>Devir</b> em Portugal os volumes <i>Raízes</i> e <i>Estranhas Sombras</i>). O que enfureceu os saudosistas nem foi essa decisão, mas sim o momento em que se revela que os poderes do <b>Homem Aranha</b> têm origens totémicas (se bem que esta ideia é apresentada com uma certa ambiguidade). A aranha que picou <b>Peter </b>faria então parte de uma espécie cujos poderes eram místicos, destronando um pouco a ideia de que a radiação era a causa da mutação infligida ao amigo da vizinhança. Os profetas da desgraça ergueram-se então com grande vingança e raiva furiosa atacando <b>Strac</b> no instante em que este decidiu fazer um <i>retcon</i> com <b>Gwen Stacy</b> e <b>Norman Osborn</b>, insinuando que teria havido uma relação entre os dois da qual haviam surgido dois filhos. Neste assunto nada contra, hoje em dia olho para essa saga e constato que é um dos maiores <i>epic</i> <i>fails</i> na história do <b>Aranha</b>. Simplesmente foi mau demais, os editores concerteza estavam a dormir e não perceberam as implicações caóticas que isto teria. Qualquer personagem tem uma base de valores que não pode nunca ser subjugada e aqui foi o que se fez. Foi uma completa ofensa à memória da <b>Gwen Stacy</b> (coitada, nem existe realmente e estão sempre a tentar fazer dela uma má personagem).<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://media.comicvine.com/uploads/3/36139/1354710-tasm_640029_super.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="268" src="http://media.comicvine.com/uploads/3/36139/1354710-tasm_640029_super.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O mágico capanga do Elektro é sovado por tocar onde não deve</td></tr>
</tbody></table>Tenho pena, pois o <b>Straczynski </b>é um daqueles autores pelos quais eu tenho um grande respeito já que o seu trabalho é quase sempre de grande qualidade (<a href="http://areanegativa.blogspot.com/2008/09/thor-1-10.html"><i>Thor</i></a> é um bom exemplo), mas aqui esteve claramente mal. Vale lembrar que a primeira vez que li um <i>comic</i> foi exactamente um dos seus desta fase com <b>John Romita Jr.</b>, o que contribui para esta admiração que tenho por ele. Ainda hoje considero que o Aranha atravessou um dos melhores períodos da sua história com estes dois, isto claro até <i>Sins Past</i>. Houve muita coisa que foi recuperada com estes autores: desde já, um regressar aos lápis antigos de <b>John Romita Sr</b>. através do seu filho e depois um argumento completamente apaixonante que reflectia exactamente a personalidade de <b>Peter Parker</b>. Voltávamos a ver boas piadas, boa tragédia e personagens interessantes como sempre foi normal. Infelizmente, as pessoas só ficam recordadas pelo que fazem de mal, o que não acontece só nos <i>comics</i>. A vida é isto e nada mais.</div><div style="text-align: justify;"><br />
Mas indo directo ao assunto: <b>Quesada</b> quis explicar aquilo que tanto tinha espantado a opinião pública em <i>One More Day</i> e precisou de dois anos e meio para concretizar a sua magnífica ideia. Basicamente, fez um <i>retcon</i> dentro de um <i>retcon</i>! Genial! E a lição mais importante a tirar disto tudo é que a correcção ficou francamente melhor que a borrada inicial, mas a existência das duas faz-me pensar que este foi um caminho terrível de percorrer, quer pelos leitores quer por <b>Peter Parker</b> e <b>Mary Jane</b>. É o que dá querer fazer estórias audazes e chocar o mundo e vir depois apagar fogos que nem bombeiro da freguesia de Mafamude. Era preciso desmascarar o Aranha? Meter a velha a morrer? Chamar o Mephisto? Pelos vistos não, porque tudo isto foi apagado da continuidade. Ninguém se lembra. As cassetes da CNN que gravavam o Peter a revelar-se ao mundo foram apagadas da existência. Cortesia do <b>Doutor Estranho</b>. É claro que estando num mundo de fantasia tudo se torna possível. Pode parecer estranho e irrealista, mas o que é facto é que quase tudo é aceitável sem uma explicação coesa.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/d6782a0i6035/prv6035_cov.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/d6782a0i6035/prv6035_cov.jpg" width="210" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As belas capas de Rivera</td></tr>
</tbody></table>E agora vem incoerência: eu gostei de <i>One Moment In Time</i>. Pronto, está dito. Soube bem ler isto, foi como tirar um peso de cima e constatar que afinal de contas nem foi assim tão mau. Compreendo aqueles que se sentem insultados e que crêem que este é o maior ultraje não só da história do Aranha, como também de todo o sempre nos comics, mas neste caso pedia-se mudança. Eu percebo claramente esse ponto de vista, eu próprio me senti assim quando tudo isto começou e senti-me estúpido. Trazer o Diabo e o <b>Doutor Estranho</b>, duas figuras místicas para um <i>background </i>que se quer realista era de facto atirar pedras ao ar. Os meios para atingir um fim foram maus, a concretização teve diversas falhas, mas no fim, <i>One Moment In Time </i>trouxe de volta aquilo que eu gostava no Aranha: conflitos amorosos, drama, piadas descomplexadas, enfim todos aqueles pormenores que fizeram desta personagem aquela que muitos amámos ao longo destes anos (aquilo que se vê hoje em <i>Brand New Day</i>). O casamento não permitia isto. Daí advinha um amadurecimento chato que tanto podia ter de positivo como de negativo. <b>Straczynski</b> explorou bem essa faceta, mas não creio que fosse algo sustentável a longo prazo. Contudo, creio que o divórcio seria uma aposta bastante mais aliciante. Talvez fosse uma lição de vida para aqueles que leêm o Aranha mensalmente. Para que um casamento tenha sucesso não chega apenas o amor, há todo um conjunto de mesquinhices, manias e taras que têm de ser partilhadas pelo casal sem haver ondas. Neste caso a identidade, secreta do Aranha era incompatível para com <b>Mary Jane</b>, coisa que ao longo dos anos havia sido uma luta constante. É claro que o divórcio implicaria uma nova metamorfose da personagem, consoante as abordagens seguintes. Poderíamos voltar às origens facilmente explorando essas consequências levemente. Mas não é isso que Quesada quer. Quesada quer plantar na mente dos leitores a ideia de que ainda é possível haver amor entre Peter e MJ, que continue a existir aquele amor platónico que muitas vezes caracterizou a vida do rapaz. E que tanto se assemelha à nossa. É esta identificação com o público que se pretende resgatar. A viagem foi má? Sim, mas terá valido a pena. Daqui a uns poder-se-á desmistificar isto, ou até mesmo soltar um: Quesada, tu erraste! A ver vamos.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/7981f1fi5786/prv5786_pg6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://www.comicbookresources.com/assets/images/preview/7981f1fi5786/prv5786_pg6.jpg" width="421" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arte interior de Amazing Spider-Man #538</td></tr>
</tbody></table>Quanto à estória em si nestes quatro números, convém fazer um breve resumo especialmente para aqueles que não querem gastar o seu tempo a ver pontas soltas juntarem-se. Basicamente a acção começa onde tinha parado numa das páginas de <i>One More Day</i>, aquando do pacto final entre Mephisto e MJ e Peter. Revela-se finalmente aquilo que a ruiva sussurrou ao ouvido do Diabo que foi nada mais que um: só eu posso convencer o Peter a abdicar do casamento, vais precisar da minha ajuda. A montanha pariu um rato, meus senhores. Em <i>Amazing Spider-Man #638</i> vemos <b>Quesada</b> a usar antigas pranchas do casamento original do Spidey, sobrepondo-as tanto à sua arte como à de <b>Paolo Rivera</b> (um grande artista dos nossos tempos). É aqui que se dá um ponto de viragem, tendo <b>Mephisto</b> regressado ao passado sob a forma de um pombo (UM POMBO!) e liberta um dos capangas do vilão <b>Elektro</b> que estava preso num carro da polícia (como ninguém o viu escapar, não sei). Este momento irá influenciar a vida de Peter e impedi-lo de casar. Mas esta mudança apenas tem essa consequência. Tudo o resto acontece, desde o desmascarar até à condição de morte próxima da Tia May. Mas como é que o mundo esquecerá a identidade de Peter? É aqui que entra o <b>Doutor Estranho</b> e os <b>Illuminati</b>. Acho que já estão a ver a cena, não é? Contudo, estes fizeram um acordo de cavalheiros em que só o Peter se iria lembrar de tudo. E assim foi, mas este último decidiu trazer consigo Mary Jane no último instante, ficando esta também com lembranças do sucedido. Ah, os leitores também não se esqueceram. E é isto meus amigos. Afinal não tinha havido magia, apenas um regresso ao passado de um pombo que alterou a vida de Peter Parker.<br />
<br />
Com isto tudo, perguntam vocês: mas como é tu gostaste disto seu safado incoerente? Pois bem, a estória tocou-me. Já há muito que não lia nada assim do Aranha. Notou-se que Quesada escreveu isto de forma apaixonada, como um verdadeiro fã que cresceu com a personagem. Cometeu os seus erros, mas uma leitura atenta aos diálogos revela que a verdadeira essência do Aranhiço estava ali representada. Pode parecer triste, mas foi isto que senti. Venham de lá as boas estórias, <b>Dan Slott</b>!<chora compulsivamente=""></chora><br />
<br />
<b>NOTA: 7/10</b></div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-6670104209061694532010-09-09T01:25:00.000+01:002014-06-01T15:25:54.080+01:00Darwyn Cook Sobre o Lesbianismo e as Editoras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Tinha deixado escapar esta, mas como o assunto se tornou algo intemporal nem o atraso de um ano justificava a falta deste post. </span><b style="text-align: justify;">Darwyn Cooke</b><span style="text-align: justify;"> meteu a boca no trombone na última </span><b style="text-align: justify;">Fan Expo</b><span style="text-align: justify;"> do Canadá e nas suas declarações estava completamente em chamas! Em causa esteve a </span><b style="text-align: justify;">mudança de orientação sexual</b><span style="text-align: justify;"> da personagem </span><b style="text-align: justify;">Batwoman</b><span style="text-align: justify;"> que, segundo ele, é uma mudança demasiado drástica desrespeitosa de toda a estória ficcional que foi criada ao longo dos últimos anos. Tento na língua foi pura ficção...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><center>
<br /><div style="text-align: auto;">
<br /></div>
<object height="300" width="540"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/xgMZl0FJsx4&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_GB&feature=player_embedded&fs=1"></param>
<param name="allowFullScreen" value="true"></param>
<param name="allowScriptAccess" value="always"></param>
<embed src="http://www.youtube.com/v/xgMZl0FJsx4&color1=0xb1b1b1&color2=0xd0d0d0&hl=en_GB&feature=player_embedded&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="540" height="300"></embed></object></center>
<center>
<br />
</center>
<center style="text-align: left;">
Citando o próprio:</center>
<center style="text-align: left;">
<br />
<blockquote style="text-align: justify;">
"<i>I want them to stop catering to the perverted needs of forty-five year old men, I want to stop seeing Batman fucking Black Canary, I don’t want to hear Batman swearing, I don’t want to see him feeding a boy rats, I don’t want to see characters getting raped in the ass, I don’t want to see characters who have been straight for sixty years become lesbians overnight because the writer’s too stupid or uncreative to come up with something decent, I want to see new characters for a new time, and when the industry of superhero comics realigns its sights to the young people it was meant for, I’ll be there with both arms and feet</i>" – Darwyn Cooke</blockquote>
</center>
<center style="text-align: left;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ora bem, há aqui implicações que sugerem um caos colectivo. Estou a ver que os conservadores do meio vão sair das suas montanhas e vir defender as vacas sagradas americanas. Mas o que é facto é que <b>Darwyn Cooke</b>, um senhor destes meandros, se limitou a dizer a mais pura das verdades que alguns insistem em negar, nomeadamente os editores que vão na conversa de conceitos obscenos introduzidos por argumentistas (e vice-versa). O conceituado autor de <i>New Frontier </i>volta a meter o dedo na ferida ao constatar que o mercado está saturado demais e que mais ano, menos ano vamos chegar a uma fase negra em termos criativos (isto no que toca às <i>majors</i>, o alternativo continua a evoluir em termos de qualidade é sem dúvida o nicho do mercado mais interessante nos dias de hoje). Aliás, parece que já é tempo de reavaliar as ideologias editoriais vigentes. Há demasiadas coisas que se lançam todos os meses sem sentido ou propósito algum, o que não abona nada em favor das editoras.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando ele soltou o "<i>I want them to stop catering to the perverted needs of forty-five year old men</i>", fiquei a rir por um belo bocado. Então, esta é a verdade mais crua que ele podia expor na sua argumentação, numa referência directa às mulheres que aparecem em trajes menores e irrealistas nas páginas dos <i>comics </i>(e àqueles que se deliciam com tal banalidade). Tudo bem, quem é que não aprecia o aroma feminino de vez em quando numa estória de ficção, mas isto é marketing safado e é cada vez mais regra! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAEGFmYhTSvD3QUaW4tfol-5ZqiYjzUVD0b77UbF-3K2ndJtf_i_ZfkqUyixiWedaYQ_4h9VjzC9x1l7SBrM0rzc6CGFwZwfexrLT8jv5iJOguKggyEyvOW0CewwTuGxSK2RWq/s1600/batwoman1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAEGFmYhTSvD3QUaW4tfol-5ZqiYjzUVD0b77UbF-3K2ndJtf_i_ZfkqUyixiWedaYQ_4h9VjzC9x1l7SBrM0rzc6CGFwZwfexrLT8jv5iJOguKggyEyvOW0CewwTuGxSK2RWq/s320/batwoman1.jpg" height="320" width="225" /></a></div>
Outra coisa que também ficou no ouvido foi a referência a <b>Batwoman</b>, a qual atravessa uma fase de razoável qualidade com uma grande equipa criativa ao leme, mas que para <b>Darwyn</b> se trata de uma total descaracterização da personagem. Isto porque foi revelado há uns bons meses atrás que ela havia desistido do reinado masculino e teria rumado a outras paragens mais atraentes. Nada contra, a jovem é que sabe... Mas o que é facto é que estes mecanismos americanos apenas servem para causar choque e servirem de mote para que as editoras fiquem na vanguarda da inovação, mas o que é certo é que a homossexualidade já não é nada de novo neste meio. <b>Cooke</b> veio ainda defender-se daqueles que o acusavam de homofobia, afirmando que o cerne da questão não estava na mudança para uma orientação sexual mais contestada. Ele também acharia redondamente errado transformar uma personagem homossexual numa hetero, pois isso seria também uma tentativa de descaracterização. Nem mais.<br />
<br />
Na minha modesta opinião, já era tempo de haverem mudanças editoriais a sério. Ainda não é tarde e não se trata de uma questão de vida ou de morte, visto estamos numa era em que os <i>comics </i>estão a ganhar de novo algum destaque na cultura (isto pelo que se vê na sua divulgação e nos números de vendas, em alguns países). Mas o que é certo é que os métodos utilizados hoje em dia só prejudicam o entendimento das estórias e afastam os novos leitores. Actualmente, quem quiser inserir-se num universo e segui-lo com alguma atenção terá de puxar os cordões à bolsa e perder algum tempo a perceber coisas que deviam ser de fácil entendimento. É claro que há sempre por aí umas almas caridosas (discutivelmente) que cedem <i>scans</i> pela <i>internet</i> fora... <b>A cronologia é o veneno dos dias de hoje!</b> Há demasiados contornos e teias de aranha nas vidas de personagens que até há bem pouco eram simples. As origens estão irreconhecíveis e um mero curioso nestes assuntos pode verificar com facilidade que o Batman já não é aquele tipo que ele conheceu na sua infância. Tentaram fazer isto com o Aranha, mas voltou-se atrás a tempo (se bem que mal e porcamente).<br />
<br />
Talvez a solução passasse pela abolição da chamada cronologia e do respeito por estórias passadas. A nova equipa que tomasse conta da personagem apenas teria de ter em conta as suas origens e poderia inclusivamente fazer uma estória que levaria à morte da mesma sem haver problemas reais no futuro. Isto também levaria a caminhos sinuosos, tal como a a liberdade criativa excessiva. É apenas uma possibilidade, ainda só pensei vagamente nisto, pelo que a ideia ainda não está bem consolidada. Pede-se mudança!</div>
</center>
João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-67563080366023209312010-09-06T15:11:00.001+01:002010-09-06T15:13:00.580+01:00Scarlet #1<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcOqBqWrx3bEyhLL9KszD-OZo1MlEeX7fHlA_LbVF58v0_7BZMl3GXtC_R8cZgtulg2ZXerM-FOyjKJzaum0DH1f41WuFKXUD1RQa-YZc6kL3oQ8ftWHU8pEY3nAHIBOHZtn1R/s1600/scarlet_01_000.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcOqBqWrx3bEyhLL9KszD-OZo1MlEeX7fHlA_LbVF58v0_7BZMl3GXtC_R8cZgtulg2ZXerM-FOyjKJzaum0DH1f41WuFKXUD1RQa-YZc6kL3oQ8ftWHU8pEY3nAHIBOHZtn1R/s320/scarlet_01_000.jpg" width="204" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Scarlet #1, de Brian M. Bendis e Alex Maleev</td></tr>
</tbody></table>Não me vou alongar muito sobre este <i>comic</i>. É um número 1 e fazer já suposições profundas sobre este título pode ser precoce. Pode não, é mesmo. Antes de mais, convém fazermos um pequeno resumo desta nova criação do <b>Bendis</b> e do seu grande amigo <b>Alex Maleev</b>. Esta estória é centrada na personagem <b>Scarlet</b>, uma rapariga cuja idade se desconhece que está lixada com o sistema. Isso mesmo, uma pessoa como todos nós. Quem é que não está tramado com o primeiro-ministro? Quem é que não detesta o sistema judicial do país ou quem é que não se sente injustiçado com a profanação moral a que somos submetidos todos os dias por aqueles que nos governam? Mas esta menina leva tudo a extremos. Logo na primeira página mata um polícia e faz piadas com isso. E depois começa a falar connosco. Sim, este livro usa a famosa, mas não muito utilizada, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_parede">quebra da 4ª parede</a>. Com este mecanismo, a personagem não narra a estória a partir de pensamentos (como é mais comum na BD), mas sim a falar directamente com o leitor. Talvez uma empatia maior com o público seja o resultado, pois a vida de <b>Scarlet</b> é um verdadeiro melodrama. Ao que parece, ela está convencida que o seu ex-namorado foi morto injustamente por um polícia, depois deste o acusar de ser um senhor da droga. A partir daí inicia-se um caminho de vinganças pessoais (sim o polícia que o matou é o mesmo que falei em cima). Cheira-me que a grande revelação no fim desta série é que o namorado era mesmo um viciado e Scarlet se apercebe que está a lutar por causas incoerentes. Mas é claro que isto não vai acontecer, ou vai?<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTD8vSA1vnXmQfGkvKdaPEfiasUFxuPJOQl8TVHSrLNiBVT3G4jHgI3p2MKajtcRewgMNASNuHwf77DnavdAJTiu0bY4zUaT5wZo5FEc4y9PIQ-GsNxUBWxuT94D4vXbT-aS6F/s1600/scarlet_01_005-006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTD8vSA1vnXmQfGkvKdaPEfiasUFxuPJOQl8TVHSrLNiBVT3G4jHgI3p2MKajtcRewgMNASNuHwf77DnavdAJTiu0bY4zUaT5wZo5FEc4y9PIQ-GsNxUBWxuT94D4vXbT-aS6F/s640/scarlet_01_005-006.jpg" width="510" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"But what's going on here requires your involvement and attention."</td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>O <b>Bendis </b>continua a usar os seus recursos mais famosos: diálogos longos e com alguma substância, que ao contrário de outros anteriores vão mais directo ao assunto e não se prendem com muitas referências exteriores ao conceito da trama. Com tanto texto, dá-me sempre vontade de reler para ver o que perdi e é o que certamente farei, até porque a seguir debruço-me logo sobre número 2. Nota-se que este tipo de texto funciona melhor com estas personagens do que propriamente com os heróis da <b>Marvel</b>, o que não quer dizer que eu não seja fã de <i>Ultimate Spider-Man</i>. Eu pensava que o <b>Bendis</b> tinha deixado de ser um tipo consciente da natureza humana, mas afinal parece que não se esqueceu daquilo que sabe fazer, uma estória pura e dura com umas cenas bem espessas para deixar a malta feliz. E isto é gratificante quando comparado com <i>Secret Invasion</i> (isso sim, eu detestei). Dizem os entendidos que se voltou aos tempos de <i>Jinx</i> (coisa que eu nunca li, sacrilégio!) e o que é facto é que esta abordagem mais realista ao nosso mundo, em <i>Scarlet #1</i>, parece-me ter saído vencedora. A ideia está lá, agora só fico curioso com a forma como as coisas se vão desenrolar.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
No que concerne à arte, fiquei muito desgostoso. A arte do <b>Maleev </b>tem tantos momentos divertidos quanto penosos! Chegou a haver partes em que nem sequer percebia o que se estava a passar no raio da vinheta e isto é assumidamente mau. Ao que parece, o homem desenha por cima de fotografias o que consequentemente confere um ar estático à acção. É claro que se nota uma boa utilização da cor (como sempre), mas há uma lacuna grave na arte deste senhor. Eu é que não o conheço, se não dizia-lhe.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-27877049083753001012010-09-04T02:17:00.003+01:002010-09-21T20:49:28.397+01:00Asterios Polyp<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj20xNbOw3zxaEkUvGyRevwn1fsLeviZ-jjllgwBdGRICrxGJw5BgG_p3gftoZ4u4N5ltkdRTUCCcTiByQhq85IJgK4ZjrjZPOvyVZtlwPdzTCGzO_ZcS-ZK1ZM3WVN7erij-JD/s1600/Asterios_Polyp_00.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj20xNbOw3zxaEkUvGyRevwn1fsLeviZ-jjllgwBdGRICrxGJw5BgG_p3gftoZ4u4N5ltkdRTUCCcTiByQhq85IJgK4ZjrjZPOvyVZtlwPdzTCGzO_ZcS-ZK1ZM3WVN7erij-JD/s320/Asterios_Polyp_00.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Asterios Polyp</i>, de David Mazzucchelli</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Já muito se falou deste livro por essa <i>internet</i> fora, mas fico com a sensação que ainda não lhe foi dado o devido valor pela qualidade que apresenta. É certo que está aqui uma obra de grande complexidade que pode suscitar as mais variadas interpretações quer a nível do argumento, quer a nível da arte, mas é também quase certo que independentemente da existência dessas variáveis, estamos perante <b>uma das maiores produções da década a nível da 9º Arte</b>. Eu até me arriscaria a afirmar que se houvesse algum livro recente que teria definido uma viragem na abordagem à BD como nós conhecemos, seria este e como tal afirmaria também que esta é a GRANDE obra da década, mas como me é impossível ler tudo o que por aí anda não posso cair nesta tentação. Portanto, é pelo menos a melhor coisa que já li nos últimos tempos. É profundo. É corajoso. É algo que não se vê muito por aí e a proximidade que senti com as personagens foi determinante no sentido desta apreciação. Houve quem tenha detestado o conceito das personagens e consequentemente tenha achado o enredo algo pomposo e audaz demais, o que me levou a concluir que ainda é cedo para que <i>Asterios</i><i> </i>ganhe o seu lugar no topo da história da banda desenhada. Mas também, apenas 18 mil pessoas ainda o leram...<br />
<br />
<a name='more'></a><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwGpq44HB44-wOUdriKYBQmTvLvhmrbq9NGmI1ByJEfPqhNIzA-VOukzTJS2bx2sOtaiOf048i204flACZIe-KnxxbDgF6dcqnNNbNwxAsRKz3qysNBtWmbSspzLxaGS6b3A0/s1600/asterios_polyp_pg1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwGpq44HB44-wOUdriKYBQmTvLvhmrbq9NGmI1ByJEfPqhNIzA-VOukzTJS2bx2sOtaiOf048i204flACZIe-KnxxbDgF6dcqnNNbNwxAsRKz3qysNBtWmbSspzLxaGS6b3A0/s400/asterios_polyp_pg1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">As variações de estilo de Mazzucchelli, que representam simbolicamente </div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">algumas situações</div></td></tr>
</tbody></table><i>Asterios Polyp</i> é narrado de forma não linear, sendo revestido por duas camadas: o passado e o presente. Os dois interligam-se e constituem uma certa relação de simbiose, normalmente sendo um o reflexo do outro. A estória é quase sempre narrada por <b>Ignazio</b>, o irmão gémeo da personagem principal, que nunca chegou a nascer. Isto leva à criação de cenários absurdos, hipotéticos e sobretudo obscuros. Tudo começa num dia chuvoso, onde <b>Asterios</b> é atingido por um raio que incendeia o prédio onde mora. Pegando em 3 coisas que simbolizam as suas memórias mais ardentes, decide abandonar a sua vida e partir para o desconhecido. É a partir daqui que se dá uma viragem na sua personalidade. Asterios vê o mundo a preto e branco. Para ele tudo na vida se resume ao número 2. Ou é uma coisa ou é outra. Na sua mente não há mais do que duas variáveis, uma abordagem que segundo ele simplifica a vida e a sua visão do mundo. Mas tal noção da existência condenou-o à solidão. Isto deve-se em grande parte ao rumo que a sua profissão tomou. <b>Asterios</b> é um arquitecto, mas nunca construiu um edifício. Para ele, tudo o que não é funcional é meramente decorativo. Os seus alunos não o satisfazem intelectualmente e é a sua mulher <b>Hana</b> que acaba por completá-lo espiritualmente (escondendo a sua faceta mais dilacerante). Apostado em mudar, segue rumo para uma pequena cidade (já trazendo consigo 3 objectos) percorrendo assim um longo caminho para alcançar a sua redenção.<br />
<br />
Podemos olhar para a história e analisar algumas das obras norte-americanas que ficaram celebrizadas por representarem pontos de viragem neste meio, sendo o exemplo mais prático <i>Watchmen</i>. Na altura foi quase que uma chapada no mercado, como que a dizer que algo estava mal e que o progresso era urgente e tinha de ser feito. Foi uma obra que com os anos foi ganhando o seu merecido destaque e soube envelhecer bem, sendo ainda uma das colectâneas mais lidas todos os anos, tendo diversas traduções para outras tantas línguas (cá nem isso, teve de ser a senhora Panini a chegar-se à frente com o mal-amado sotaque brasileiro). Nem toda a gente gostou da obra do <b>Mestre </b><b>Alan</b><b> Moore</b> nem tão pouco se irá alcançar um consenso total no que toca à sua qualidade. Os puristas ainda aí andam e até houve por aí recentemente um autor, cujo nome me falha, que criticou veemente este clássico afirmando que se tratava de uma amálgama de clichés detestáveis.. Certamente saberá do que fala... Com isto quero eu dizer que os génios raramente são aceites ao primeiro bitaite que atiram, ou à primeira descoberta que fazem. A sociedade não permite isso e a história comprova-o (para muitos, a Terra girava à volta do Sol, até alguém refutar tal ideia e acabar morto no entretanto).<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyhCW98iGclOWGkbCT3REplGKeLa-b1pyRlnRNGU2Y1PlXd6zvUppJpm0tGF6SUFbUOT3dVM328ACPcOM9aDa61J3WOPkQUfdWfWVVA2Zy6otfGvdAIy1uWYQyOuZNwVC2IGmx/s1600/asterios2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyhCW98iGclOWGkbCT3REplGKeLa-b1pyRlnRNGU2Y1PlXd6zvUppJpm0tGF6SUFbUOT3dVM328ACPcOM9aDa61J3WOPkQUfdWfWVVA2Zy6otfGvdAIy1uWYQyOuZNwVC2IGmx/s320/asterios2.jpg" width="224" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Asterios a revelar a sua verdadeira<br />
personalidade</td></tr>
</tbody></table>Com esta analogia concluo que o reconhecimento público unânime ainda está longe para <i>Asterios Polyp</i>. Li alguma discussões na <i>net</i> sobre o dito cujo e percebe-se que houve bastante incomodada com a esperteza das personagens, sua arrogância e costumes algo irritantes, a tal pomposidade que chateia as pessoas. Eu até certo ponto entendo que o personagem principal, <b>Asterios</b>, seja um tipo chato. É bastante realista visto que o mundo está cheio de gente assim, ansiosas por demonstrar conhecimento e achando-se donas da razão e do conhecimento absoluto. Mas as situações que se geram à volta desta premissa e a metamorfose da sua personalidade que encontramos ao longo das páginas deixam-me relutante em aceitar que o descontentamento seja assim tão grande. <b>David Mazzucchelli</b> não expõe aqui apenas um homem cujo destino foi amaldiçoado pelas suas escolhas erradas. Estão aqui espalhadas lições de vida que nos fazem ver quão traiçoeiras podem ser as consequências dos nossos actos, que costumam ferir principalmente aqueles que nos são mais próximos. Ficam também patentes muitos traços da personalidade do autor, tantos que até me arrisco a inserir esta obra na categoria de auto-biografia, mas como não o conheço pessoalmente não posso sustentar esta teoria. Apenas registo que os pensamentos expostos pelas personagens revelam todos um traço em comum e esse traço é o autor. Nota-se que, apesar de serem bastante sólidas, toda revelam um olhar sobre o mundo semelhante, uma cultura filosófica que deixa alguma ambiguidade propositada. Tudo isto através de uma arte esclarecida que dispensa legendas. <i>Asterios Polyp</i> representa o triunfo da imagem em virtude das palavras. Tudo se complementa, mas Mazzucchelli mostra, ensina e define realmente o que a arte pode transmitir através de um olhar, de um cenário, da sua linguagem própria que dispensa palavras.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQuNzGRQcuzayWfcPW7pGs8ryz0lKRVOHZIR5Nhi0WeE49NOEyhf3xABlL6OR2vb2i93Es2i7BDtwnCaZi_hf5xjRlJSFPNQNZoGdIAY9Sk1YsO1uzsqoIvikQO6Lu_L4abDBF/s1600/asterios3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQuNzGRQcuzayWfcPW7pGs8ryz0lKRVOHZIR5Nhi0WeE49NOEyhf3xABlL6OR2vb2i93Es2i7BDtwnCaZi_hf5xjRlJSFPNQNZoGdIAY9Sk1YsO1uzsqoIvikQO6Lu_L4abDBF/s320/asterios3.jpg" width="221" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A beleza simbólica da arte de Mazzucchelli</td></tr>
</tbody></table>De certa forma, algumas passagens deste livro fizeram-me lembrar o <i>Retrato de Dorian Gray</i> de <b>Oscar Wilde</b>, um livro vincado pelas constantes apreciações das suas personagens em relação ao mundo, o que o tornou muito provavelmente no livro mais citado de sempre. Isto revela alguma coragem de <b>Mazzucchelli</b>, tornando-se ele próprio um protótipo da personagem de <b>Asterios</b> que julga ser um iluminado do conhecimento. Quando vemos <b>Asterios</b> a apreciar a estética de um sapato, a avaliar os projectos dos seus alunos, a relatar os seus conhecimentos sobre a natureza humana, é tudo representado de uma forma apaixonante e ao mesmo tempo intrigante. O autor realmente supera-se e revela aqui uma faceta que eu até agora desconhecia, sendo eu apenas conhecedor da sua obra enquanto desenhador (com destaque para <i>Batman: Year 1</i>, com <b>Frank Miller</b>). Desconhecia ainda mais esta vertente do seu estilo, o <i>cartoon</i> e tiro-lhe o chapéu por, em meras <b>344 páginas</b>, mostrar muito mais qualidades que certos cartoonistas em toda a sua obra.<br />
<br />
A obra explora diversos temas como <b>política</b>, <b>religião</b>, <b>arte</b>, <b>eventos hipotéticos</b>, <b>estética</b> e sobretudo a <b>mitologia grega</b> (não fosse a personagem de origem também ela grega). Alguns acontecimentos ficam ao critério do leitor sendo também evidentes explorações a nível da intervenção divina e destino que nos permitem tirar algumas ilações sobre as consequências dos nossos actos. Terá aquele raio atingido <b>Asterios</b> por mero acaso? Ou terá sido algo mais, algo superior que indicava que uma viragem na sua vida era de extremíssima importância? As referências a Deuses gregos podem ser uma maneira de interpretar esta ocorrência:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.openlettersmonthly.com/issue/wp-content/uploads/2009/05/asterios-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://www.openlettersmonthly.com/issue/wp-content/uploads/2009/05/asterios-1.jpg" width="446" /></a></div><blockquote>"<i>Asterios thought he understood why people believe in a solitary, omniscient God (if the creator of the Universe is spending all his time watching you, it must surely be because he loves you). But my brother always preferred the Gods of our ancestors. By giving them human personalities, the ancient greeks could feel that the world made sense... Because only the whims of a bunch of petty, bickering deities could explain the random events of joy and tragedy that befall human beings (besides, it's always nice to have someone to blame). With such powerful, capricious forces at work, the pressure's off, and everyone can be a supporting character in the larger story - however brief or collateral that role may be</i>." - <b>Ignazio</b> </blockquote></div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-81514369863522026992010-09-02T21:34:00.002+01:002010-09-02T21:36:16.778+01:00Sandman Também Salta Para a TV<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAP7M7YlrY9FJ7CnzjuzYmGUbIVtOytmuUNTWAG9JzVcdfhfDPL3JyNiP_fwPUIyOxxUK__Qz1wBN6cd99C2AgfoKEeW-dltVU0kYEP0Dppvo46olrr4EIShIrwqugmd4schjT/s1600/sandman-of-dreams.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAP7M7YlrY9FJ7CnzjuzYmGUbIVtOytmuUNTWAG9JzVcdfhfDPL3JyNiP_fwPUIyOxxUK__Qz1wBN6cd99C2AgfoKEeW-dltVU0kYEP0Dppvo46olrr4EIShIrwqugmd4schjT/s400/sandman-of-dreams.gif" width="520" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Depois de <b>The Walking Dead</b> ganhar o seu espaço no pequeno ecrã (e até ter <a href="http://blog.newsarama.com/2010/09/01/walking-dead-already-shuffling-to-second-season/">garantido uma segunda temporada</a> sem ainda ter estreado a primeira), eis que também é anunciada uma série de TV dedicada a Sandman, um clássico intemporal de Neil Gaiman, garante o <a href="http://heatvision.hollywoodreporter.com/2010/09/sandman-neil-gaiman-tv-show-eric-kripke.html">Hollywood Reporter</a>.<br />
<br />
<a name='more'></a></div><div style="text-align: justify;">Ao que parece, a <b>Warner Bros.</b> está prestes a obter os direitos de adaptação desta obra de 75 números dos anos 80, da qual já muito se esperava uma série de TV (ao longo dos anos houve bastantes rumores neste sentido). E quem irá ser o produtor?, perguntam vocês. Pois bem, fala-se em <b>Eric Kripke</b>, criador de <i>Sobrenatural</i>, algo que eu nem prefiro comentar devido à qualidade duvidosa da série. Se é uma boa ou má escolha, só o tempo o dirá.</div><div style="text-align: justify;">Neil Gaiman ainda nem sequer foi inserido neste projecto, apesar de muito provavelmente isso vir a acontecer. Se isso não se verificar, as coisas começarão da pior maneira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Confesso que <i>Sandman</i> ainda não me convenceu. Alguns dos conceitos pareceram-me ter alguma qualidade, só que ainda é cedo para ter uma opinião formada visto que só li o primeiro volume, compilando os 8 primeiros números. Só posso dizer que é uma pena ainda não ter lido tudo, mas algum dia hei-de o fazer.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-61593902841430262922010-08-31T02:34:00.003+01:002010-08-31T02:39:38.061+01:00Marvel Anuncia Regresso da Tropa Alpha<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.comicbookresources.com/images/cons/fanexpo2010/marvel/1281721530.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://www.comicbookresources.com/images/cons/fanexpo2010/marvel/1281721530.jpg" width="210" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Chaos War: Alpha Flight</i>, em Novembro</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Depois de uma <a href="http://www.dailyraider.com/comics/thecollective/alphaflight.jpg">chacina inesperada nas páginas de New Avengers #16</a> ou de capas menos inspiradas como <a href="http://goodcomics.comicbookresources.com/wp-content/uploads/2006/08/2737_4_106.jpg">esta</a> ou <a href="http://forbiddenplanet.co.uk/blog/wp-content/uploads/2009/09/Alpha-Flight-22-John-Byrne-Josh-Holinaty.jpg">esta</a> ao longo da sua história, a <b>Alpha Flight</b> está de regresso à vida, mesmo sem ninguém saber quem fez para que isso acontecesse.<br />
Especula-se que a <b>Marvel</b> ainda nem sequer decidiu a melhor forma de reintegrar estes quase-esquecidos no seu universo, mas o que é facto é que em Novembro chegará às bancas um <i>one-shot</i> intitulado <i>Chaos War</i> com o intuito de convencer os mais cépticos. Contudo é certo que pelo menos 2.5 cópias serão vendidas, pois não acredito que haja muitos mais fãs da Tropa espalhados pelo mundo! A sério, quem é quer saber destes meninos? Só se for um rapaz que na última <i>comic-con</i> gritou ao mundo o seu amor pela Tropa, afirmando que <i>Alpha Flight #12</i> era um dos <i>comics</i> melhor escritos de sempre... É possível!<br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;">A Tropa já perdeu o fulgor dos seus anos de Ouro, onde ainda gozava de algum sucesso. Segundo a minha pesquisa, apenas a primeira série obteve algum sucesso tendo durado 11 anos (1983-1994), sucesso esse que, provavelmente, a Marvel terá de agradecer a<b> John Byrne</b>. Os argumentistas que se seguiram a este senhor, só de ler o nome, assustam-me: <b>Fabian Nicieza</b>, <b>Scott Lobdell</b>, <b>Steven Seagle</b> (não, não é o actor!) ou<b> Simon Furman</b>. Os anos que se seguiram foram negros, tendo esta equipa enfrentado diversos cancelamentos que iriam culminar no trágico ano de 2006, onde estes pobres canadianos acabariam por morrer às mãos do <b>Collective</b>. Esta morte da Tropa foi muito semelhante a uma que ocorreu em <i>Civil War</i>, onde o <b>Golias</b>, uma personagem que já ninguém lhe punha a vista em cima há anos, também morrera só para os tipos da Marvel dizerem que têm coragem de matar personagens (o que é demagogia barata, eles voltam sempre!).<br />
<br />
Só posso desejar que isto corra bem, embora não seja fácil. Este <i>one-shot</i> é claramente um teste de mercado de modo a avaliar se é sustentável a existência de um título próprio da Tropa (o que eu duvido). Isto agora da <i>Heroic Age</i> lançou uma reformulação dos <b>Avengers</b> que parece ter vingado, além de inúmeros outro títulos de equipas que também reclamam o seu lugar (<b>X-Men</b>, as Academias, <b>Secret Warriors</b>). Infelizmente, parece que não há espaço para estes vencidos da vida.</div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-56688706440494401542010-08-25T19:30:00.013+01:002010-08-26T17:37:26.075+01:00Os Mais Vendidos de Julho '10 - Análise<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.comicbookresources.com/assets/images/articles/1282668585.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://www.comicbookresources.com/assets/images/articles/1282668585.jpg" width="210" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">X-Men #1, a surpresa</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Já não acompanhava esta coisa das estatísticas de vendas há algum tempo, mas a última vez que o fiz constatei que a <b>DC</b> estava fazer grandes progressos no que toca aos <u>10 Comics</u> mais vendidos lá nos <i>States</i>. Tudo isto se deve à inspiração de dois homens, <b>Grant Morrison</b> e <b>Geoff Johns</b>. O primeiro tem feito um trabalho interessante ao reformular o <b>Batman</b> tentando trazer de volta conceitos clássicos da personagem, sendo o melhor exemplo o <i>team-up</i> de <i>Batman and Robin</i>. Já Johns tem sido o responsável por uma extraordinária e épica cavalgada do <b>Green Lantern</b>. Já lá vão alguns anos desde que tudo começou com <i>Rebirth</i> e até hoje ainda dura aquilo que este homem planeou. É certo que a <b>DC</b> mostrou ratice e continuou a esmifrar todo este novo conceito, mas é uma exploração que eu considero bastante acima da média o que é algo atípico na América. É bastante difícil manter qualidade sem haver rasgos de loucura pelo meio e acho que o Johns não tem abusado da nossa vontade (pelo menos da minha) sendo que essa vontade é continuar a saber mais sobre esta fantástica mitologia do Espectro da Luz, o que, parecendo que não, abriu portas gigantes para que se possam criar novas estórias. A DC teve aqui um importante expandir de cenários e pode muito bem agradecer a Geoff Johns por tudo. Bem, vamos lá então analisar os dados:<br />
<br />
</div><a name='more'></a><u><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">VENDAS POR EDITORA</span></u><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px;"></span></div><table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" style="font: normal normal normal 9px/normal Verdana, Arial, Helvetica; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 5px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; text-align: left;"><tbody>
<tr valign="bottom"><th><table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" style="font: normal normal normal 9px/normal Verdana, Arial, Helvetica; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 5px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; text-align: left;"><tbody>
<tr valign="bottom"><th>Editora</th><th>Share<br />
Por Unidades</th><th>Share<br />
Por Dólares</th></tr>
<tr><td>MARVEL COMICS</td><td>42.69%</td><td>38.66%</td></tr>
<tr><td>DC COMICS</td><td>35.25%</td><td>32.21%</td></tr>
<tr><td>IMAGE COMICS</td><td>3.89%</td><td>4.49%</td></tr>
<tr><td>IDW PUBLISHING</td><td>3.67%</td><td>3.94%</td></tr>
<tr><td>DARK HORSE COMICS</td><td>3.04%</td><td>4.12%</td></tr>
<tr><td>DYNAMITE ENTERTAINMENT</td><td>2.03%</td><td>2.21%</td></tr>
<tr><td>BOOM! STUDIOS</td><td>1.62%</td><td>1.63%</td></tr>
<tr><td>ONI PRESS</td><td>1.00%</td><td>1.57%</td></tr>
<tr><td>VIZ MEDIA</td><td>0.69%</td><td>1.42%</td></tr>
<tr><td>ZENESCOPE ENTERTAINMENT</td><td>0.63%</td><td>0.58%</td></tr>
</tbody></table></th><th style="text-align: left;"><br />
</th><th style="text-align: left;"><br />
</th></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images.sodahead.com/polls/000863609/polls_marvel_comics_logo_answer_3_xlarge.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://images.sodahead.com/polls/000863609/polls_marvel_comics_logo_answer_3_xlarge.gif" width="200" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Apesar de tudo, a Marvel é a editora que domina. Tudo se deve a um maior número de personagens apelativas, além do óbvio trabalho que está a ser desenvolvido desde há 10 anos pelo anti-herói Joe Quesada. O pessoal mais fanático também vai um pouco atrás das capas e nesse campo a Marvel é exímia e mostra bastante mais qualidade que a directa concorrente. Olhando para os outsiders, continua verificar-se que a Image não está a brincar em serviço e está a desenvolver um trabalho bastante interessante. É uma empresa que irá certamente crescer nos próximos anos até que cimente o seu universo de heróis. A aposta em argumentistas novos e capazes também é uma das suas mais valias. A Dark Horse parece estar a perder o seu lugar para a IDW, mas terei de ver os próximos meses para verificar se isto foi algo momentâneo ou se se está a tornar regra</span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">.</span><br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;"><u><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">COMICS MAIS VENDIDOS</span></u></div><br />
<div><table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica; font-size: 9px; font: normal normal normal 9px/normal Verdana, Arial, Helvetica; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 5px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; text-align: left;"><tbody>
<tr valign="bottom"><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Class.</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Index</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Preço</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Edit.</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Título</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">#</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vendas<br />
Estimadas</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vendas<br />
Estimadas<br />
Últ. Edição</span></th><th></th><th><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></th><th><br />
</th></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">1</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">183.69</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">X Men</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">1</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">140,332</span></td><td></td><td></td><td></td><td></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">2</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">123.94</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Brightest Day</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">6</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">94,684</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">77,796</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">3</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">115.21</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Batman Return of Bruce Wayne</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">4</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">88,020</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">92,140</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">4</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">114.41</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Avengers</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">3</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">87,410</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">98,788</span></td><td></td><td></td><td><br />
</td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">5</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">112.31</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Batman and Robin</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">13</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">85,804</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">84,843</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">6</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">110.17</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Green Lantern</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">56</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">84,164</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">85,930</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">7</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">109.16</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">New Avengers (2010)</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">2</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">83,397</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">129,084</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><br />
</td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">8</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">101.83</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Brightest Day</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">5</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">77,796</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">81,384</span></td><td></td><td></td><td><br />
</td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">9</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">100.00</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Batman</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">701</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">76,398</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">104,755</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">10</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">94.63</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Secret Avengers</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">3</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">72,293</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">77,933</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">11</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">89.36</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amazing Spider Man</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">638</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">68,271</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">56,031</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">12</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">87.74</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Green Lantern Corps</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">50</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">67,035</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">66,652</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">13</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">87.34</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uncanny X Men</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">526</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">66,723</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">76,068</span></td><td></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">14</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">86.21</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$3.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">MAR</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">X Men Second Coming</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">2</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">65,863</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">73,003</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td></td></tr>
<tr><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">15</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">84.86</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">$2.99</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">DC</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Flash</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">4</span></td><td></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">64,832</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">68,804</span></td><td><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></td><td><br />
</td></tr>
</tbody></table>Para mim foi uma grande surpresa verificar que <i>X-Men #1</i>, um dos inúmeros <i>reboots </i>da <b>Marvel</b>, tenha ficado no topo do pódio. Afinal, espetar o número 1 numa capa pode ser sinal de dinheiro. De resto acho que tudo continua dentro da normalidade. A <b>DC</b> já consegue a proeza de meter<b> 6 <i>comics</i></b> no <u>Top 10</u>, mas ao analisar melhor a lista verificamos que isso é apenas fogo de vista, já que a <b>Marvel</b> apresenta maior regularidade.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span"><u>TRADES MAIS VENDIDOS</u></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<table border="0" cellpadding="2" cellspacing="0" style="font: normal normal normal 9px/normal Verdana, Arial, Helvetica; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 5px; padding-left: 5px; padding-right: 5px; padding-top: 5px; text-align: left;"><tbody>
<tr valign="bottom"><th><br />
Class.</th><th>Index</th><th>Preço</th><th>Edit.</th><th>Título</th><th>Vendas<br />
Estimadas</th><th></th></tr>
<tr><td>1</td><td>27.89</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v6: Finest Hour</td><td>21,305</td><td></td></tr>
<tr><td>2</td><td>21.76</td><td>$14.99</td><td>IMA</td><td>Walking Dead v12: Life Among Them</td><td>16,627</td><td></td></tr>
<tr><td>3</td><td>17.11</td><td>$29.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night</td><td>13,069</td><td></td></tr>
<tr><td>4</td><td>10.75</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Green Lantern</td><td>8,216</td><td></td></tr>
<tr><td>5</td><td>9.59</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v1: Precious Little Life</td><td>7,329</td><td></td></tr>
<tr><td>6</td><td>8.79</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Green Lantern Corps</td><td>6,719</td><td></td></tr>
<tr><td>7</td><td>7.72</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v2: Vs the World</td><td>5,895</td><td></td></tr>
<tr><td>8</td><td>7.35</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v5: Vs the Universe</td><td>5,616</td><td></td></tr>
<tr><td>9</td><td>7.22</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v4: Gets It Together</td><td>5,517</td><td></td></tr>
<tr><td>10</td><td>7.17</td><td>$11.99</td><td>ONI</td><td>Scott Pilgrim v3: Infinite Sadness</td><td>5,476</td><td></td></tr>
<tr><td>11</td><td>7.09</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Black Lantern Corps v1</td><td>5,414</td><td></td></tr>
<tr><td>12</td><td>6.95</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Black Lantern Corps v2</td><td>5,309</td><td></td></tr>
<tr><td>13</td><td>6.33</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Rise of the Black Lanterns</td><td>4,834</td><td></td></tr>
<tr><td>14</td><td>6.29</td><td>$24.99</td><td>DC</td><td>Blackest Night Tales of the Corps</td><td>4,802</td><td></td></tr>
<tr><td>15</td><td>5.86</td><td>$14.99</td><td>DC</td><td>Green Lantern Rage of the Red Lanterns</td><td>4,476</td><td><br />
</td></tr>
</tbody></table></div><div style="text-align: justify;"><br />
<a href="http://splashpage.mtv.com/wp-content/uploads/2010/03/031910_pilgrim1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://splashpage.mtv.com/wp-content/uploads/2010/03/031910_pilgrim1.jpg" width="134" /></a>E <b>Scott Pilgrim</b> domina!! É o que o lançamento de um filme faz. Por outro lado também constatamos que os HC's de <i>Green Lantern</i> têm tido bastante saída no mercado e que têm sido uma mais-valia para a sua editora.</div><div style="text-align: justify;">Este top pode ser bastante enganador e dar a entender que a <b>DC </b>dominou completamente destronando a <b>Marvel</b>, mas os números dizem-nos que a DC vendeu <u>107,754 exemplares</u> contra <u>101,314</u> da Marvel. Uma vantagem que a DC tem mantido ao longos dos meses (domina quase sempre no capítulo de Trades), mas que não se revela muito significativa.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><u>Fonte</u>: <a href="http://www.comicbookresources.com/?page=article&id=27979">Comic Book Resources</a></div></div></div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-15882245914554408942010-08-23T18:58:00.013+01:002010-08-26T02:43:19.351+01:00Sobre o Novo Vestido do Batman<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://members.cox.net/collectortrading/images/batman-logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="205" src="http://members.cox.net/collectortrading/images/batman-logo.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Sempre achei piada à necessidade de se criarem novos uniformes para que as personagens passem por uma certa evolução. Sim, porque um novo uniforme traz quase sempre consigo mudanças psicológicas que se reflectem na estética do mesmo. Mas às tantas chegamos a uma fase em que isto das passagens de modelos cai numa saturação excessiva, quando sabemos que o principal intuito é fazer capas cheias de efeitos coloridos e fantásticos que apresentem um novo fato para que os<i> nerds</i> mais entusiastas cheguem às <i>comic shops</i> e comprem urgentemente um exemplar para si, para daqui a cinquenta anos dizerem que têm um comic raríssimo com o <b>Batman</b> a sair à rua com umas novas calças e uma cueca por cima. Bah, eu também estou aqui a avaliar esta cena, por isso devo cair numa categoria qualquer destas.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7lyXU9TC54Ffl3vl0CSe2zzaYPUXa3o5XPTv2NR6kOSbmp7rk_QDnI_lRTCHuH4oA_HmRgo6AUG59gfmvpdu4LfdO_aVIrYhbh-cG6qXwjp0l2tRcgzt8Gw4t0rvOFNRWId4t/s1600/batmaninc1b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7lyXU9TC54Ffl3vl0CSe2zzaYPUXa3o5XPTv2NR6kOSbmp7rk_QDnI_lRTCHuH4oA_HmRgo6AUG59gfmvpdu4LfdO_aVIrYhbh-cG6qXwjp0l2tRcgzt8Gw4t0rvOFNRWId4t/s640/batmaninc1b.jpg" width="419" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Olhando para a história, a única mudança que me pareceu ser interessante foi a do Spidey, quando foi introduzido o famoso uniforme preto que rendeu excelentes estórias na altura. De resto consigo lembrar-me das metamorfoses da armadura do Homem de Ferro, mas aí é justificado pois o herói vive da tecnologia e da constante evolução dos seus <i>gadgets</i>.</div><div style="text-align: justify;">Mas isto do Batman mudar de cuecas já chateia. Além de voltarmos ao clássico símbolo amarelo, o fato está cheio de detalhezinhos que não acrescentam nada ao negócio. Esta indumentária não traz consigo nada de novo, apenas representa um regressar da terra dos mortos o que por si só é vazio. E a sério, desculpem lá insistir no tema das cuecas, mas que raio é aquilo?! Estou bastante desiludido com este aspecto, acho que não está correcto e deteriora a relevância social do imaginário do Batman em Gotham. Nem o Robin se vestia tão mal desde os anos de ouro. Pior que isto só o Batman de Adam West:<br />
<br />
<br />
<br />
<center> <object height="385" width="480"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/r94AJzJZZaU?fs=1&hl=pt_PT"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/r94AJzJZZaU?fs=1&hl=pt_PT" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object></center></div>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-14593359.post-30230710734761232792010-08-22T19:26:00.010+01:002010-08-26T17:13:22.987+01:0010 Coisas Que Tornaram LOST Memorável<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images2.wikia.nocookie.net/__cb20091118030241/lostpedia/images/9/94/LostSeason6OfficialPoster.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="400" src="http://images2.wikia.nocookie.net/__cb20091118030241/lostpedia/images/9/94/LostSeason6OfficialPoster.jpg" width="283" /></a></div><ol><li style="text-align: justify;"><b>A ILHA</b> (um olhar sobre o mundo real) - mas afinal, o que era a tão misteriosa ilha? As recentes analogias mostravam que se tratava de uma rolha que impedia que o mal lá aprisionado se espalhasse pelo resto do mundo, o que levava a reflectir sobre a provável importância global da mesma. Será que o fim da ilha poderia representar o fim do mundo? A enorme quantidade de energia electromagnética lá concentrada poderia muito bem causar um grande impacto à escala mundial. Mas este local cheio de fenómenos ocultos serviu de casa a muitos mais mistérios. Os inúmeros habitantes, quer fossem egípcios ou romanos, que ao longo de várias gerações foram por lá passando deram origem a diversas questões sobre a sua estadia na ilha. No fim acabou tudo por ser um reflexo do mundo real, populado pelas mais diversas civilizações, expondo os seus usos e costumes.<br />
<br />
<a name='more'></a></li>
<li style="text-align: justify;"><b>OS FLASHBACKS/ FLASHFORWARDS</b> - eu sei, chegou a uma altura em que já não se aguentava tanta regresso ao passado para conhecermos melhor a vida dos <i>losties</i>, mas este recurso narrativo ganhou uma nova dimensão com esta série. Era deliciante estabelecer comparações entre o passado e o presente e fazer jogos de diferenças / semelhanças. O ponto alto da primeira temporada. Os <i>flashforwards</i> serviram mais como um quebrar de rotinas e até funcionaram bem.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>CIÊNCIA VS. FÉ</b> - nunca nos iremos esquecer das dezenas de discussões à volta deste tema protagonizadas pelo Jack e pelo John Locke. Podemos afirmar que foi o tema mais recorrente ao longo da série, onde acompanhámos uma extensa análise aos conceitos de ciência (o culto pelo conhecimento sistemático) e de fé (crença na existência de algo superior a todos nós). Ao longo das seis temporadas vimos como o Jack passou por uma complexa metamorfose ao se transformar num Homem focado no seu destino e no papel que tinha de cumprir, o de salvar a Ilha, aquele local que lhe estendeu o braço e nunca o recusou.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>AS ALCUNHAS DO SAWYER</b> - esta é icónica! <a href="http://www.youtube.com/watch?v=or_BGsW7Mgg">As alcunhas</a> desta personagem renderam alguns dos melhores momentos da série não só devido a um grande trabalho dos argumentistas como também do talentoso actor Josh Holloway.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>AS PERSONAGENS</b> - esta é uma de duas facções - há quem veja a série pelas personagens e aguarde uma resolução das mesmas, interessando-se pouco pelos mistérios que pairam sobre a série. Esta abordagem à natureza humana era uma das que cativava mais fãs da série, principalmente os espectadores ocasionais que já não entendiam nada sobre a componente misteriosa. </li>
<li style="text-align: justify;"><b>OS MISTÉRIOS </b>- a segunda facção, dedicada quase que exclusivamente aos fãs <i>hardcore</i>. Era isto que preenchia os fóruns da net e fazia escorrer tinta e mais tinta sobre teorias tanto loucas como credíveis. Para mim nada bate o mistério da escotilha, brilhantemente desvendado logo no primeiro episódio da segunda temporada, o que coincidiu com a estreia do Brotha Desmond. A mitologia de Jacob também é interessante e só tenho pena não termos descoberto mais segredos sobre a sua origem e os seus poderes.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>O FENÓMENO DA INTERNET, AS TEORIAS!</b> - desde a <a href="http://lostpedia.wikia.com/wiki/Main_Page">Lostpedia</a> até à malta dos blogs, toda a gente tinha algo a dizer sobre LOST. A maioria das teorias acabavam por ser elas mesmo tramas densas que faziam referências a vários acontecimentos da ilha, muitas vezes sem ligação alguma. Toda a gente se esquecia do princípio da Navalha de Occam, a explicação mais simples é sempre a mais correcta. <a href="http://ericknowsitall.com/ultimate-lost-theory/">Deixo aqui aquela que é para mim a melhor teoria sobre a série</a>. Eu cá acredito nisso.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>A BANDA SONORA</b> - <span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">Michael Giacchino é um senhor! Para mim é somente o maior nome a nível de composição de Bandas Sonoras actualmente, trabalhando em séries (Alias, Fringe), jogos e em cinema (Pixar, Star Trek, Missão Impossível). Tem um sensibilidade tal na interpretação das cenas que tem de embelezar com a sua música que poucas são as palavras para o descrever. E não só nas partes dramáticas se destaca, como também é </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">exímio</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"> a criar situações de tensão crescente.</span></li>
<li style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"></span><b>AS MORTES</b> - aqui, os argumentistas respeitaram um princípio também muito utilizado por Quentin Tarantino: matar personagens quando a audiência ainda quer saber delas. É essencial fazer jus a este princípio, pois a morte de uma personagem que nos preocupa marca mais do que ver a Tia May morrer após anos de vida que já não lhe eram devidos. Mas também fizeram jus a um dos princípios da Marvel: ressuscitar malta do mundo dos mortos, se bem que de forma um pouco disfarçada em que a causa era invariavelmente uma aparição ou o Man In Black a fazer das suas.</li>
<li style="text-align: justify;"><b>O FIM</b> - memorável! É isto que posso dizer. Meio mundo ficou desiludido porque o foco deste final foram claramente as personagens. Os mistérios ficaram de lado e algumas coisas que se passaram na ilha continuaram ambíguas o suficiente para o pessoal ter tema de discussão por muitos mais anos (talvez daqui a uns tempos se façam encontros de fãs de Lost à semelhança de Star Wars). O que eu sei é que nunca tinha visto algo tão comovente, talvez por nunca me ter aproximado tanto de personagens de uma série. É esquisito, mas o sentimento final que tive foi quase como que o de uma despedida de amigos próximos que eu sei que nunca mais voltarei a ver. E afinal a realidade alternativa era o purgatório! Uma teoria que já tinha sido debatida inúmeras vezes, mas em relação à ilha. Esta apanhou todos de surpresa, pelo menos aqueles que acreditavam que a Jughead tinha dividido a realidade em duas. <a href="http://www.youtube.com/watch?v=e3D6EG35WP0&feature=related">Os últimos 10 minutos</a> foram a cereja no topo do bolo onde vemos Jack a perecer com a companhia do cão Vincent, numa referência directa aos minutos iniciais do piloto da série. Foi pena ter acabado, mas algum dia tinha de ser. Para matar saudades, caiu na internet um epílogo que era suposto ser visto apenas aquando do lançamento dos DVD's, aqui. <b><a href="http://dudewearelost.blogspot.com/2010/08/vaza-o-new-man-in-charge-o-epilogo-de.html">The New Man In Charge</a></b>, 11 minutos bastante intrigantes, mas que não revelam muitas coisas que já não soubéssemos. </li>
</ol>João Rosahttp://www.blogger.com/profile/06561352060389977935noreply@blogger.com3