06 fevereiro 2007

À Noite, no Museu

À Noite no Museu, uma divertida comédia com Ben Stiller no papel principal, conta a história de um homem divorciado que tenta a todo o custo arranjar um emprego na cidade para poder ficar com o seu filho. Num acto de desespero, ele arranja um trabalho como segurança nocturno num museu de história com uma rica cultura, mas que infelizmente tem poucas visitas. Na primeira noite de trabalho, o museu revela ser mais do que parece ser por fora…

Não fosse pelos anos de dois amigos meus, este filme seria mais um a ficar de fora na minha lista de idas ao cinema. Não que eu não tivesse curiosidade em ver o filme, mas é que o cinema está a fica caro.
Lá fomos nós (eu e os meus colegas de turma) ver o filme, todos cheios de curiosidade e com vontade rir. Comprámos pipocas, subimos as escadas, sentámo-nos e começou a publicidade. Apareceram uns trailers engraçados, mas nada de mais. Safou-se o teaser dos Simpsons.

O filme começa. Ben Stiller aparece e apresenta-nos a sua personagem, Larey Dalley, um homem com um sentido de humor um pouco activo e parvo, mas engraçado. Ele arranja o dito emprego, passa um tempo com a sua família para conhecermos melhor elenco e chegamos ao museu, numa noite que promete ser sombria.
A primeira parte foi uma completa desilusão para mim. Para uma comédia, o filme é muito morto e falta muita acção cómica. O que ainda me surpreendeu foi a ideia de todas as personagens e exposições do museu ganharem vida à noite e como essa ideia foi aproveitada. Teve a sua piada. As rivalidades entre as exposições do exército Romano e a exposição do far-oeste, sempre à procura de uma boa cena de pancada. Os homens das cavernas em bisca de fogo, a exposição da selva com leões e zebras e muito mais.

Larey trabalha completamente só no museu, já que está a substituir 3 guardas antigos que já chegaram á reforma, mas que revelam ser bem mais do que três velhos simpáticos (Dick Van Dyke, Mickey Rooney e Steve Coogan) que gostam de ir jogar dominó aos sábados à tarde...
A primeira parte acaba. Muito dos meus amigos também ficaram um bocado descontentes, esperavam algo mais. Mas ainda havia alguma fé.
Começa a segunda parte. Muito mais intensa e melhorada. O humor está mais agudo e já dá mesmo vontade de rir. A personagem em destaque é sem dúvida o macaco Alex que revela ser um ladrãozinho de primeira e um brincalhão. Larey já percebeu como há-de lidar com quase todas as exposições do museu, mas há algo que falha. E é aqui que começam as típicas cenas de Hollywood. Os três antigos seguranças são, afinal, ladrões que querem chegar ao bem mais precioso da casa: uma placa egípcia antiga que se trata do coração do museu. É ela que dá vida a tudo e todos e se for roubada, tudo terminará (se quiserem saber mais detalhes vejam mesmo o filme).
Típico cliché de Hollywood, mas nunca deixa de ser engraçado de ver. Parece ser uma fórmula milagrosa que nunca acaba.
O filme acaba. O final é previsível e tudo acaba em bem. Curiosamente o museu passou a receber mais visitas depois da balbúrdia que Larrey fez.

Em geral o filme é bom. Passa-se uma tarde agradável a vê-lo, só peca por ser muito ‘pipoca’, mas qual é a comédia que não o é? Stiller faz um bom papel, mas preferi Owen Wilson, tanto pela sua personagem como pelo seu talento. Os cenários estão bons e a melhor exposição é sem dúvida a de Atila, o Huno. Quem sabe se um dia vai haver um museu destes…

6/10

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