Lá fomos nós (eu e os meus colegas de turma) ver o filme, todos cheios de curiosidade e com vontade rir. Comprámos pipocas, subimos as escadas, sentámo-nos e começou a publicidade. Apareceram uns trailers engraçados, mas nada de mais. Safou-se o teaser dos Simpsons.
O filme começa. Ben Stiller aparece e apresenta-nos a sua personagem, Larey Dalley, um homem com um sentido de humor um pouco activo e parvo, mas engraçado. Ele arranja o dito emprego, passa um tempo com a sua família para conhecermos melhor elenco e chegamos ao museu, numa noite que promete ser sombria.
A primeira parte foi uma completa desilusão para mim. Para uma comédia, o filme é muito morto e falta muita acção cómica. O que ainda me surpreendeu foi a ideia de todas as personagens e exposições do museu ganharem vida à noite e como essa ideia foi aproveitada. Teve a sua piada. As rivalidades entre as exposições do exército Romano e a exposição do far-oeste, sempre à procura de uma boa cena de pancada. Os homens das cavernas em bisca de fogo, a exposição da selva com leões e zebras e muito mais.
Larey trabalha completamente só no museu, já que está a substituir 3 guardas antigos que já chegaram á reforma, mas que revelam ser bem mais do que três velhos simpáticos (Dick Van Dyke, Mickey Rooney e Steve Coogan) que gostam de ir jogar dominó aos sábados à tarde...
A primeira parte acaba. Muito dos meus amigos também ficaram um bocado descontentes, esperavam algo mais. Mas ainda havia alguma fé.
Começa a segunda parte. Muito mais intensa e melhorada. O humor está mais agudo e já dá mesmo vontade de rir. A personagem em destaque é sem dúvida o macaco Alex que revela ser um ladrãozinho de primeira e um brincalhão. Larey já percebeu como há-de lidar com quase todas as exposições do museu, mas há algo que falha. E é aqui que começam as típicas cenas de Hollywood. Os três antigos seguranças são, afinal, ladrões que querem chegar ao bem mais precioso da casa: uma placa egípcia antiga que se trata do coração do museu. É ela que dá vida a tudo e todos e se for roubada, tudo terminará (se quiserem saber mais detalhes vejam mesmo o filme).
Típico cliché de Hollywood, mas nunca deixa de ser engraçado de ver. Parece ser uma fórmula milagrosa que nunca acaba.
O filme acaba. O final é previsível e tudo acaba em bem. Curiosamente o museu passou a receber mais visitas depois da balbúrdia que Larrey fez.
Em geral o filme é bom. Passa-se uma tarde agradável a vê-lo, só peca por ser muito ‘pipoca’, mas qual é a comédia que não o é? Stiller faz um bom papel, mas preferi Owen Wilson, tanto pela sua personagem como pelo seu talento. Os cenários estão bons e a melhor exposição é sem dúvida a de Atila, o Huno. Quem sabe se um dia vai haver um museu destes…
6/10
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