31 julho 2007

The Simpsons, O Filme

Aqui está uma dos filmes que nos faz rir do princípio ao fim, nunca deixando a comédia de lado, estando sempre presente uma estupidez ou outra por parte de Homer e companhia. É por isso que The Simpsons, Movie é provavelmente o melhor filme de comédia do ano, tendo ainda assim em conta que o ano não acabou.

Muitos anos levaram para que Simpsons chegasse finalmente à grande tela, mas tal nunca foi possível. O sonho de Matt Groening finalmente se concretizou após inúmeros obstásculos ultrapassados e é claro que o resultado não podia ser melhor. Este filme, apesar de ser mais uma antologia do que já passou pela série de televisão, com conceitos não muito gastos, mas já anteriormente visitados, apresenta uma fórmula excelente, que fez com que nunca parasse de rir. O filme é hilariante do princípio ao fim e só peca mesmo por ter certas partes para "encher chouriços", que às tantas passam a ser um bocado chatas. Tudo bem que foram sempre seguidas de uma piada ou outra, mas um filme mais pequeno talvez não tivesse sido uma má ideia. Aqui está a prova que os Simpsons funcionam perfeitamente na TV e que no cinema já já não são tão bons como no formato original, mas ainda assim a ida ao cinema é necessária para ver personagens tão boas quanto o Comic Book Guy (a minha personagem preferida) ou as cenas mais radicais do Bart, que levam os espectadores ao rubro!

O filme começa muito bem com uma actuação em Springfield dos Green Day, onde a banda adapta a música do genérico da série ao seu estilo punk-rockeiro de uma forma muito agradável. Ao começarem a falar de problemas ambientais, rapidamente são apedrejados pela audiência, uma clara metáfora aos interesses da população e ao que ela se importa com tais assuntos. A seguir, os cidadãos começam a aperceber-se de que o lago da cidade está cada vez mais poluído e que são necessárias medidas urgentes para que o mesmo passe a estar mais limpo, devido à grande influência dos estudos de Lisa e da sua respectiva divulgação. Prontamente, medidas são tomadas, mas tal como não podia deixar de ser, Homer mete outra vez a pata na poça, como já vem sendo hábito. Ao fazer uma descarga ilegal de "produtos tóxicos" no lago (tóxicos e mal cheirosos), volta tudo a ser o que era, ou seja, sujo, porco e poluído como antigamente. No desenrolar das acções do seu pai, Bart começa a questionar-se cada vez mais sobre o que sente por ele e se é mesmo aquele o pai que ele quer ter. Para ajudar, Flanders entra em acção...
Devido às acções irracionais de Homer, o governo toma algumas medidas através do governador Arnold Schwarzenegger. Faço das suas palavras, minhas: "I'm in this office to lead, not to read!". Arnold é manipulado e decide que uma gigante cúpula de vidro deve cobrir toda a cidade de Springfield e que assim nenhum dos habitantes lá moradores possa escapar-se. A partir daqui, uma extensa trama se desenvolve, havendo aqueles tais chouriços que não deviam ser enchidos. De certa forma continuei a rir (ou seja, não tenho razões de queixa ;D), mas ainda assim reconheço que podia haver uma certa redução no tempo da comédia, mas Simpsons são Simpsons. Não vos conto mais nada, porque assim não tem tanta graça quanto ver o filme na sala de cinema.

Outra coisa que quero falar é sobre as dobragens. Felizmente vi o filme em inglês, mas tive acesso a algumas cenas já dobradas e achei que aquilo era uma pimbalhada autêntica. Homer sem a voz de Dan Castellaneta não é Homer nem é nada e acho que se quisessem disponibilizar ao público uma versão em português, que pelo menos exibissem os dois formatos, visto que tive de sair da minha cidade só para não ver o filme em português. Bem sei que o filme é um pouco direccionado para as crianças, apesar do evidente fanatismo de muitos adolescentes, mas acho que se devia ter alguma consideração perante o espectador e não pensar apenas num certo grupo de espectadores. Sem as vozes originais, os Simpsons perdem a essência.
Outro aspecto que gostava de salientar são os créditos finais. Cada vez há mais aquela moda de deixar o espectador agarrado à cadeira para ver material extra do filme e foi o que acontceu com este filme. Ultimamente os créditos finais têm passado até ao fim e só depois passa então uma cena secreta que muitas vezes deixa um rastilho para uma sequela, à semelhença do último filme dos X-Men. Neste caso vão aparecendo várias cenas, como por exemplo o facto de Mr. Burns ter ficado sem nada do que lhe pertencia na sua casa (muito boa cena). A outra cena foi a segunda palavra da Maggie, apesar da Marge ter dito que era a sua primeira, mas parto do princípio que este filme seja antes do episódio onde a Maggie articula a sua primeira palavra. A cena onde a família está toda reunida numa sala de cinema também é hilariante, onde Homer diz por outras palvras que devemos prestar atenção aos nomes que passam nos créditos (e isso é verdade, há que dar valor a todo o casting de actores e produtores, muitos e muitos por sinal).

Por fim gostava só de dizer que adorei o filme, apesar de tudo. As interpretações vocais dos actores que dão vida a Springfield são excelentes. Sem dúvida que é um dos grandes filmes de Verão e sem dúvida que não importava de revê-lo agora, mas devo esperar pelo DvD. Espero que traga muitos extras. Por falar em DvD's, aproveito para dizer que deve estar aí à porta o de 300 e também aguardo pacientemente por uma trilogia especial do Aranha, com os três filmes. Além disso têm agora à venda nas Fnacs um especial muito agradável com todos os filmes do Rocky já feitos, com o último Rocky Balboa de fora, evidentemente, visto que saiu há pouco tempo.
Não se esqueçam, The Simpsons, O Filme numa sala perto de si e um link interessante para os apreciadores.

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