28 janeiro 2008

Nome de Código: Cloverfield

Vi este filme no sábado em Lisboa com um grupo de amigos.
Já estava com ela fisgada para o ver. Sendo este um trabalho com o toque de J. J. Abrams só podia ter qualidade.
É claro que não sabia muito sobre o filme antes de o ver. Sabia que tinha a ver com um monstro e pouco mais.

Portanto não é com espanto que o início do filme me surpreende um pouco. É aquele tipo de início tudo está bem antes da destruição e 15 minutos após o início do filme já estamos a ser apresentados a todo o elenco e começamos a compreender os personagens. Pois no fundo eles são apenas humanos, humanos como nós, que cometem os seus erros...
E esta apresentação ocorre durante uma festa de despedida a Rob Hawkins (Michael Stahl-David) que parte para o Japão...
Durante esta festa descobrimos algo sobre Rob e a personagem que está com ele no início do filme e compreendê-mo-lo: ele fez o que fez, não por ser ruim, fé-lo por medo...

Mas enquanto Rob enfrenta os seus demónios interiores, algo acontece... Algo semelhante a um terramoto. As agências noticiosas começam a comentar o sucedido e a festa passa para o telhado do prédio... É neste momento que o céu irrompe em chamas e se percebe que algo vai correr mal.
E corre mesmo mal! Rob percebe que apesar do apocalipse que está a ocorrer nas ruas, esta a sua oportunidade para sarar os seus erros.
É isso que o grupo de amigos tenta fazer, redimir-se dos seus erros, mas pelo caminho tem de enfrentar uma criatura enorme e terrível...

É isto o filme. Uma jornada de sobrevivência, não apenas a sobrevivência pessoal mas também aquela dos quais amamos.

Agora os pormenores técnicos.
O filme é surpreendentemente curto, dura somente 84 minutos. (Conheço malta que tem aulas mais demoradas que este filme)

Quem viu o trailer sabe que a fotografia não é aquilo a que estamos habituados. O esquema é semelhante a Blair Witch Project, um dos personagens é o próprio cameraman e documenta tudo. E isto faz com que o espectador se sinta no meio da epopeia das personagens, o que não é necessariamente bom. Pois parte da angústia que os personagens sentem, não se transmite para nós apenas como um sentimento, mas sim como um arrepio na espinha ao ouvirmos um som que não era suposto ouvirmos.
O momento mais alto da fotografia é durante o metro (só isto vale o bilhete).

O elenco.
O elenco é bom, não é composto por estrelas, mas são actores competentes que conseguem fazer com que compreendamos como é que o ser humano reage perante este evento.
Só adiciona realismo à fita.

O Monstro.
Bem... Não vos vou tirar as surpresas. Mas é grande! E assusta!

No total.
É uma fita que merece o bilhete. Não é um filme onde se aprenda nada, mas que diverte.
Não é perfeito, sofre de alguns erros ou situações algo incongruentes (como o calçado de uma das personagens femininas).
De todo os filmes de horror/suspense que já vi é dos melhores.
Com muitos momentos assustadores e angustiantes e com o cunho de J.J. Abrams que deixa muitos mistérios no ar, sem explicar algumas coisas que apenas nos poderiam fazer sentir defraudados.



4/5

3 comentários:

  1. Eh, antecipaste-te! Concordo com o que dizes, é basicamente o que eu senti em relação ao filme.
    Ouviste a mensagem final, depois dos créditos?

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  2. Afinal, esses tipos querem redimir-se a dar cabo do monstro? É isso? Não queres por o endereço de algum trailler? Acho que estou um bocado interessado no filme !

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  3. Bongop, eu fiz uma análise ligeiramente filosófica do filme.
    No fundo o que eles querem é salvar uma amiga, só que pelo meio têm de tentar de sobreviver ao monstro.
    Verifica o post que depois já tem o trailer.

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