Desenho: George Pérez e Ron Lim
Meus senhores, esta é simplesmente das melhores histórias da Marvel que li, se não mesmo a melhor dentro dos clássicos da editora. O conceito de mega-saga começava a entrar na moda na altura e lá surgia uma destas mini-séries que teve a feliz oportunidade de ser escrita por um escritor decente, aliás, mais que decente - um grande argumentista.
Starlin consegue criar uma história que foge muito dos padrões daquela altura, pois não só acaba com diálogos monótonos e que tiravam muito a acção às histórias como não só consegue ainda assim caracterizar as personagens de forma exacta e tal como elas supostamente são.
Thanos é identificado como uma gigante força cósmica que pretende ser e tem como objectivo o domínio individual de todo universo, excluindo até mesmo a mais invencível força que o possa enfrentar.
Os Heróis principais acabam por se tornar peões de uma grande "partida de xadrez" jogada pelas personagens principais (Thanos e Adam Warlock) e curiosamente nem estão no grande plano da história chegando mesmo a tornarem-se personagens secundários.
Adam Warlock acaba por ser o mote principal desta trama. Preso numa das realidades criadas pelas Gemas do Infinito (6 ao todo que, todas juntas na chamada Infinity Gauntlet, dão ao portador o poder necessário para governar o universo de uma forma invencível), Adam acaba por ser aquele que comanda os soldados de guerra utilizando-os de forma um pouco insignificante (que afinal é o verdadeiro papel de um herói numa guerra cósmica!).
Nebula representa a criatura oprimida pelo todo poderoso Thanos, que a ressuscitou de forma a mostrar à Morte que o seu poder não tem limites, mas esse poder teria de ser complementado com um pouco de malícia é claro.
Esta história, no fundo, é uma metáfora ao que ao poder em si significa no universo. Todo e qualquer poder é efémero e se há coisa que é certa é que ele não é eterno para uma única pessoa. Como se vê aqui, Thanos, o mais ambicioso dos seres termina a história sem qualquer poder, apesar de no início tal ter parecido inimaginável. Nebula, representante de um "povo" abduzido que no fim acaba por alcançar o patamar que tanto desejava - o do poder supremo capaz de humilhar o seu antigo líder. Mas é claro que o poder não pode ser possuido por qualquer um, ainda para menos o mais fraco dos intervenientes. Temos também Adam Warlock, que representa a inteligência, a táctica por detrás da guerra que fazem com que no clímax de Infinity Gauntlet seja ele o final portador do poder infinito. Aquele que menos deseja o poder é, afinal de contas, aquele que é merecedor de tal prémio.
Aconselho este clássico a qualquer um, mesmo muito. O desenho começa muito bem nas primeiras edições por causa de George Pérez, mas mais tarde é Ron Lim quem o substitui (provavelmente pelo excesso de páginas que cada edição contém), o que me fez ficar um bocado descontente. Pérez tem uma dinâmica que nem muitos tinham naquela altura e para mim dinâmica é tudo, ou seja, storytelling competente.
Nota: 9.5/10
Starlin consegue criar uma história que foge muito dos padrões daquela altura, pois não só acaba com diálogos monótonos e que tiravam muito a acção às histórias como não só consegue ainda assim caracterizar as personagens de forma exacta e tal como elas supostamente são.
Thanos é identificado como uma gigante força cósmica que pretende ser e tem como objectivo o domínio individual de todo universo, excluindo até mesmo a mais invencível força que o possa enfrentar.
Os Heróis principais acabam por se tornar peões de uma grande "partida de xadrez" jogada pelas personagens principais (Thanos e Adam Warlock) e curiosamente nem estão no grande plano da história chegando mesmo a tornarem-se personagens secundários.
Adam Warlock acaba por ser o mote principal desta trama. Preso numa das realidades criadas pelas Gemas do Infinito (6 ao todo que, todas juntas na chamada Infinity Gauntlet, dão ao portador o poder necessário para governar o universo de uma forma invencível), Adam acaba por ser aquele que comanda os soldados de guerra utilizando-os de forma um pouco insignificante (que afinal é o verdadeiro papel de um herói numa guerra cósmica!).
Nebula representa a criatura oprimida pelo todo poderoso Thanos, que a ressuscitou de forma a mostrar à Morte que o seu poder não tem limites, mas esse poder teria de ser complementado com um pouco de malícia é claro.
Esta história, no fundo, é uma metáfora ao que ao poder em si significa no universo. Todo e qualquer poder é efémero e se há coisa que é certa é que ele não é eterno para uma única pessoa. Como se vê aqui, Thanos, o mais ambicioso dos seres termina a história sem qualquer poder, apesar de no início tal ter parecido inimaginável. Nebula, representante de um "povo" abduzido que no fim acaba por alcançar o patamar que tanto desejava - o do poder supremo capaz de humilhar o seu antigo líder. Mas é claro que o poder não pode ser possuido por qualquer um, ainda para menos o mais fraco dos intervenientes. Temos também Adam Warlock, que representa a inteligência, a táctica por detrás da guerra que fazem com que no clímax de Infinity Gauntlet seja ele o final portador do poder infinito. Aquele que menos deseja o poder é, afinal de contas, aquele que é merecedor de tal prémio.
Aconselho este clássico a qualquer um, mesmo muito. O desenho começa muito bem nas primeiras edições por causa de George Pérez, mas mais tarde é Ron Lim quem o substitui (provavelmente pelo excesso de páginas que cada edição contém), o que me fez ficar um bocado descontente. Pérez tem uma dinâmica que nem muitos tinham naquela altura e para mim dinâmica é tudo, ou seja, storytelling competente.
Nota: 9.5/10
Se bem me recordo acho que apenas acimda do Living Tribunal é que a Infinity Gauntlet é inferior e por isso é giro depois ler o The End onde o Thanos possui o "Heart of The Universe" e vence o Tribunal, mais uma vez Warlock assume um papel importantíssimo nessa saga, apenas não tão longo.
ResponderEliminarJá as li há muito tempo e este "Infinity Gauntlet" é bem divertido, depois há um "What if" que é sobre como as coisas se teriam desenrolado se o Surfer cosnegue cumprir o plano inicial do Warlock.
Abraço
Chegaste a ler esse What If? Da forma que descreves talvez a história não ficasse tão interessante como foi, julgo eu.
ResponderEliminarSim Celtic, é das melhores estórias de Super-herois que eu conheço! Tenho a saga toda em "formatinho" mas estou a pensar adquirir os TPB originais !
ResponderEliminarCheguei e quem não quiser saber não leia mais a partir daqui:
ResponderEliminarSpoilers:
O Surfer agarra a infinity gauntlet e usa-a, salva o dia etc etc. Vai buscar a sua amada e dá-lhe uma certa quantidade de poder, mas depois começa a ficar corrompido e até a própria Shalla-Ball ajuda os outros heróis a tentar tirarem-lhe a Gauntlet. Não cosneguem mas durante a luta o Surfer apercebe-se que está a ser corrompido então destróia a gauntlet e fica a viver (sem ninguém saber) com a Shalla-Ball num outro planeta, nesta estória o Surfer encontra a felicidade.
Esta saga foi apenas o inicio depois ha mais 2 sagas cosmicas com os mesmo protagonistas e o mesmo desenhista (Ron Lim).
ResponderEliminarFoi uma das poucas coisas que a ABRIL/CJ editou tudo em mini serie em formatinho,e essa saga foi complilada em 1 encadernado as outras 2 não foram. :(
As melhores parte foram quando os herois se debatem pela manopla depois do Thamos a perder,e a batalha digo massacre do Thanos aos herois.
Parece bem interessante. E a "What if" com o Surfer também me cativou bastante. Mais uma história para a lista.
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