07 junho 2009

V FIBDB

O post já vem um bocado atrasado, mas vale sempre a pena falar sobre os festivais cá do nosso país, que parecem não ser muito valorizados pela maioria do pessoal... Antes de mais queria falar um pouco sobre esse assunto.
Nota-se que a maioria dos apreciadores de Banda Desenhada em Portugal só são atraídos para o núcleo dos festivais quando vêm os grandes nomes da arte e da escrita, um Luís Figo da banda desenhada, e quando vem um Mantorras põem logo de parte uma ida a Beja ou à Amadora. Tenho imensa pena que as coisas sejam assim, os festivais em Portugal são uma coisa que não se vê em muitos locais do planeta, os próprios autores nos dizem isso. Já o Gary Erskine e a sua mulher nos estavam a dizer que estavam a ter uma experiência completamente nova. Um festival em que a correria não era tanta, podiam ver todas as exposições e ainda assim dar alguns autógrafos aos apreciadores do seu trabalho. Uma das coisas a que dou mais valor é o carinho com que o Festival de Beja é organizado, os mentores esfolam-se para conseguirem que os autores venham cá, para que as exposições estejam montadas a tempo, para que tudo ande sobre rodas. Além disso, esta é sempre uma excelente oportunidade para nos encontrarmos com velhos amigos, que me parece ser a parte mais divertida da coisa, ainda mais importante que a vinda dos autores. Pensem nisso, quem não vai e fica por casa devia pensar em ir fazer uma visita a Beja, ou se preferirem pelo menos passem pela Amadora.
Passando ao que realmente interessa - saí de lá bastante satisfeito, dos festivais que já visitei este pareceu-me ser o melhor (juntamente com a última edição do FIBDA), pelo menos tive essa impressão. As exposições impressionaram-me coisa que não é muito fácil (sempre detestei exposições), graças aos trabalhos do Mattoti e do Craig que foram 5 estrelas.
Acho que não tenho nenhum defeito a apontar a esta edição do FIBDB, talvez pudessem ter concentrado todos os autores num único espaço para dar autógrafos pois já nos bastava estar em pé à espera de um sketch, quanto mais ter que subir e descer escadas. No entanto, este problema é facilmente desculpável, o espaço não era propriamente abundante.
Queria destacar a simpatia do Gary Erskine, pela conversa que teve comigo, com o Diogo e com o Alexandre, os dois de Braga. Ele e a sua mulher pareciam mesmo contentes por estarem em Beja além de terem estado bastante bem-dispostos durante a sessão de autógrafos. O Craig Thompson (vejam aqui o post que ele dedicou à sua visita a Portugal...  obrigado DC)também foi um tipo às direitas, apesar de visivelmente mais reservado que a maioria dos autores

Resumindo, apelo a todos que visitem o Festival de Beja (não diria já este ano, mas pelo menos o próximo). Apesar do calor, Beja é uma cidade bastante agradável que merece ser visitada. Fiquem lá com as fotos:



3 comentários:

  1. Pois, é um Festival muito fixe e "à vontade", pena é ficar tão longe... e eu vou lá outra vez para os Troféus Central Comics!

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  2. Isto é que foi um festão de BD, sortudos :P

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  3. Loot, tive pena que não tivesses lá ido. De facto foi muito bacano!

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