FIBDA 2006

O FIBDA deste ano realizou-se num local diferente das cavernas do Metro, o Centro Cívico da Brandoa. Só devemos dar graças a isso, pois apesar de alguns aspectos negativos, este ano o Festival teve muito melhores condições para se realizar. 17 Graus Periféricos e o Resto do Mundo foi o tema deste ano, o que não me agradou muito. O acesso ao Festival não é de todo complicado para quem vai de carro, o pior foi para quem foi de Metro, já que a estação mais próxima se localizava a uns bons metros do local. Fora isso acho que o local é mesmo ideal. Chegar ao festival e ver um “catrapázio” gigante do FIBDA dá logo outra vida e alegria a quem vai visitar o local.

Já dentro, entrei sem pagar bilhete o que achei um pouco estúpido. Ninguém me pediu bilhete nem nada do género o que me causou alguma confusão. Só depois de sair é que vi que a bilheteira estava logo ao pé da entrada.Cheguei e vi logo algumas exposições. Nada que me enchesse o olho, confesso. Passei logo para a praça central do Festival onde, de um lado, se viam os stands das editoras e do outro lado um palco, os autores a darem autógrafos e a grande banca da ASA. Dei uma volta curta e pus-me logo na fila do Maurício de Sousa. Espera longa mas compensadora. Já com 70 anos consegue ainda fazer muitos desenhos para todos os fãs. A seguir fui pedir um autógrafo a Sergei, que adorei. Lá ele me desenhou o Lucas, uma personagem do seu álbum recente “Os Compadres”.As pernas já começavam a pesar um pouco depois de uma grande espera para os dois autógrafos. Depois de me abancar numa das cadeirinhas que por lá estavam, fui comprar alguma material.

Gostei da banca da Kingpin, achei que foi a melhor. Tinha tudo cheio de action-figures e tinha lá os recém lançados Super Pig #1 e Caos #1, dos quais apenas me agradou o Super Pig (já li e gostei muito, review para breve). Também tinha lá alguns tpb’s recentes da Marvel e da DC, Image, ect. De seguida fui para a banca da Devir onde os Novos X-Men 8 não paravam de olhar para mim. Tive pena de não ter comprado as Black Box Stories. Apesar de terem estado a preço de lançamento não me compensava muito comprar. A minha última paragem foi no stand da BdMania que parecia um pouco mais alegre, cheio de livros da Vitamina BD. Quando vi os últimos lançamentos da nova editora, o Wolverine: Saudade e o Ultimate Iron Man: Origem. Confesso que fiquei um pouco desiludido com o último. Aquelas letras retiradas do Word não me deram lá grande entusiasmo. A história também não parece lá grande espingarda, mas ainda não li. Mesmo assim parabéns a qualidade material dos dois livros é muito boa e espero que continuem a editar.

Mais tarde sentei-me mais um bocado e depois segui para mais um autógrafo desta vez do Filipe Andrade, que foi o meu preferido do dia. Desenhou-me a Bia, uma personagem do BRK e pelos desenhos que ele fazia para o resto do pessoal estava a safar-se muito bem.

Terminada a minha missão no primeiro piso, fui para as exposições que não tive muito tempo para ver. Gostei dos trabalhos dos participantes do concurso, mas como nunca fui muito adepto de exposições esta foi a parte que menos gostei. Estavam lá uns desenhos catitas de vários estrangeiros mas nada que me surpreendesse. Como o tema deste ano não foi dos meus preferidos as exposições também não deram lá grande ânimo.

Por fim falo mesmo do tema do Festival. Não gostei nada dele e para atrair mais visitantes a organização tem de começar a chamar autores mais conhecidos do público, senão há tendência para cada vez menos pessoas irem ao Festival.

Gostei de ir à Brandoa, foi agradável apesar de tudo. Há muita coisa para rever no que toca à organização do espaço. Espero que consigam tornar o Festival ainda melhor no próximo ano.

Bye.