Desenho: J.G. Jones
Wanted é aquele tipo de livro que me faz ver que o conceito de super-herói está muito mais para além do que uma simples capa e um poder. Wesley Gibson é aquele tipo de personagem que me faz ver que uma simples personagem sem qualquer interesse se pode tornar num dos vilões mais interessantes que tive oportunidade de ver nos últimos tempos.
Este comic é fruto de uma história de infância vivida por Mark Millar e nada mais é do que uma criação do seu próprio irmão, após Millar lhe ter perguntado o que se tinha passado com os Super-Heróis naquela altura (Millar tinha acabado de descobrir pela primeira vez o Super-Homem). Bobby, o seu irmão, respondeu-lhe que todos eles tinham morrido numa intensa batalha contra outros vilões e que nunca mais ninguém se tinha lembrado deles. Só restavam os comics para testemunhar a sua existência.
E essa é a ideia base deste livro - Wesley Gibson é apenas mais uma personagem num mundo de homens banais onde a sua vida não é mais que um simples pedaço de m****. Ele vive frustrado por ter uma namorada que o engana constantemente e por ter um emprego onde é massacrado constantemente. Chega então o dia em que Wesley se apercebe que a sua vida pode ser mais do que isso, quando lhe chegam as notícias de qua algo aconteceu ao seu pai, um dos mais temidos criminosos do mundo. A partir daí, ele é treinado arduamente de forma a que possa suceder ao seu pai, o que pode soar meio cliché, mas da forma que esta ideia é exposta no livro faz-nos pensar duas vezes. É nesta instância que também ficamos a saber de um dos segredos melhor guardados do mundo - todos os super-heróis morreram há cerca de15 anos e os vilões prevaleceram para dominar a terra, mantendo-se até hoje na sombra sem que ninguém saiba deles (depois de terem manipulado as mentes da população mundial de modo a que ninguém se lembrasse do ocorrido). É incrível ver como vilões que lutaram anos e anos contra heróis sendo constantemente humilhados, decidem esconder-se do mundo não descaregando a sua óbvia fúria na terra que os viu serem derrotados vezes sem conta. Aqui vê-se que a barreira Herói/ Vilão pode não ser aquilo que julgamos.
Mark Millar oferece-nos aqui uma história inesquecível que corre num ritmo frenético durante as 5 primeiras edições e culmina num final que estimula à reflexão, algo verdadeiramente "interessante e corajoso". Isto faz-me pensar que a censura que existe nos comics mainstream de hoje só faz com que o génio criativo de alguns argumentistas não vá mais longe. Arrisco-me a dizer que este trabalho de Millar consegue ser superior a Ultimates, por muitos (e por mim também) considerado um dos poucos clássicos modernos dos comics de Super-Heróis, pois Wanted está um passo à frente. Tudo isto porque em apenas 6 edições consegue ter mais conteúdo do que uma série mensal que dura 10 ou 20 anos (não sendo esta uma comparação directa a Ultimates).
J.G. Jones é também uma peça fundamental nesta série, pois grande parte da dinâmica que esta tem não se deve única e exclusisamente ao fluido argumento de Millar, mas também às cenas desenhadas pelo artista, que conseguem captar o sentimento das personagens naquele exacto momento. À primeira vista, a sua arte pode não ser muito convidativa (apenas as capas podem ser atraentes), mas o homem percebe mesmo de arte e ao longo do livro dá para perceber o quão expert ele é na matéria.
Melhor leitura do ano, até agora.
Nota: 9.5/10 - Recomendado!
Este comic é fruto de uma história de infância vivida por Mark Millar e nada mais é do que uma criação do seu próprio irmão, após Millar lhe ter perguntado o que se tinha passado com os Super-Heróis naquela altura (Millar tinha acabado de descobrir pela primeira vez o Super-Homem). Bobby, o seu irmão, respondeu-lhe que todos eles tinham morrido numa intensa batalha contra outros vilões e que nunca mais ninguém se tinha lembrado deles. Só restavam os comics para testemunhar a sua existência.
E essa é a ideia base deste livro - Wesley Gibson é apenas mais uma personagem num mundo de homens banais onde a sua vida não é mais que um simples pedaço de m****. Ele vive frustrado por ter uma namorada que o engana constantemente e por ter um emprego onde é massacrado constantemente. Chega então o dia em que Wesley se apercebe que a sua vida pode ser mais do que isso, quando lhe chegam as notícias de qua algo aconteceu ao seu pai, um dos mais temidos criminosos do mundo. A partir daí, ele é treinado arduamente de forma a que possa suceder ao seu pai, o que pode soar meio cliché, mas da forma que esta ideia é exposta no livro faz-nos pensar duas vezes. É nesta instância que também ficamos a saber de um dos segredos melhor guardados do mundo - todos os super-heróis morreram há cerca de15 anos e os vilões prevaleceram para dominar a terra, mantendo-se até hoje na sombra sem que ninguém saiba deles (depois de terem manipulado as mentes da população mundial de modo a que ninguém se lembrasse do ocorrido). É incrível ver como vilões que lutaram anos e anos contra heróis sendo constantemente humilhados, decidem esconder-se do mundo não descaregando a sua óbvia fúria na terra que os viu serem derrotados vezes sem conta. Aqui vê-se que a barreira Herói/ Vilão pode não ser aquilo que julgamos.
Mark Millar oferece-nos aqui uma história inesquecível que corre num ritmo frenético durante as 5 primeiras edições e culmina num final que estimula à reflexão, algo verdadeiramente "interessante e corajoso". Isto faz-me pensar que a censura que existe nos comics mainstream de hoje só faz com que o génio criativo de alguns argumentistas não vá mais longe. Arrisco-me a dizer que este trabalho de Millar consegue ser superior a Ultimates, por muitos (e por mim também) considerado um dos poucos clássicos modernos dos comics de Super-Heróis, pois Wanted está um passo à frente. Tudo isto porque em apenas 6 edições consegue ter mais conteúdo do que uma série mensal que dura 10 ou 20 anos (não sendo esta uma comparação directa a Ultimates).
J.G. Jones é também uma peça fundamental nesta série, pois grande parte da dinâmica que esta tem não se deve única e exclusisamente ao fluido argumento de Millar, mas também às cenas desenhadas pelo artista, que conseguem captar o sentimento das personagens naquele exacto momento. À primeira vista, a sua arte pode não ser muito convidativa (apenas as capas podem ser atraentes), mas o homem percebe mesmo de arte e ao longo do livro dá para perceber o quão expert ele é na matéria.
Melhor leitura do ano, até agora.
Nota: 9.5/10 - Recomendado!
se tem os extras todos então compro esta edição :)
ResponderEliminarPodes comprar Crucios , não te arrependes! O único extra que não tem é ser em capa mole! LooL
ResponderEliminarBom post Celtic! Com tantas reviews a este livro nos blogs nossos amigos, acho que não vou fazer ! LooL
Vai em frente Crucios, esta edição tem tudo o que tu queres, mas como o Bongop diz só tem o senão de não ser HC (até preferia que este fosse HC).
ResponderEliminarBongop, por mim até gostava que a fizesses, queria saber a tua opinião sobre o Wanted lá no teu espaço :]
concordo com bastante do que foi dito, apesar de eu achar que mark millar tem alguns ligeiros problemas a nível de progressão narrativa. de resto, é uma mini série muito boa que merece sem dúvida ser lida.
ResponderEliminarps: angelina jolie a desempenhar fox na adaptação cinematográfica? que pessegada.
O filme não me pareceu grande coisa pelos trailers (nem sequer uniformes tem). De qualquer forma não posso dizer mais do que isto.
ResponderEliminarO problema que o Millar costuma ter é em fazer conclusões que não fazem jus ao livro em si, mas acho que neste caso o final foi grande.
É divertimento garantido :D
ResponderEliminarNão sabia era da forma como Millar teve a ideia, história engraçada.
Em relação ao filme, vai se ruma adaptação muito diferente, pois Wanted está muito ligada ao mundo Bedéfilo carregado de referências à DC comics.
No filme de certeza que essa componente foi eliminada, uma escolha que me faz sentido, só que essa componente era das melhores coisas que o livro tinha, vamos esperar para ver quais os trunfos do filme.
Abraço
Epá, por acaso adorei aquelas referências à DC (aquela parte a parodiar o Batman é fenomenal). Também havia uma data de vilões que tinham padrões muito parecidos aos da DC.
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