Os lançamentos deste mês de Agosto são marcados pela estreia de várias séries de sucesso nos E.U.A. Se por um lado temos o começo de Complexo de Messia no título X-Men e de Incredible Herc em Universo Marvel, são de assinalar o regresso da Grant Morrison a Batman e a estreia do famoso arco do Superman e a Legião dos Super-Heróis, de Geoff Johns.
UNIVERSO MARVEL #42
Greg Pak fez uma jogada um tanto ou quanto arriscada -
Bruce Banner, após ser derrotado em
World War Hulk, deixa de ser o protagonista desta série deixando os holofotes para o semi-deus
Hercules. Por esta altura, o Hulk deixava de ter uma série própria (excluindo aquela "obra-prima" que é o
Red Hulk). Posso dizer que para primeiro capítulo das aventuras a solo do Herc, a coisa nem está má. O mote é a fuga deste juntamente com o 7º homem mais inteligente do planeta,
Amadeus Cho, que após serem capturados pela
S.H.I.E.L.D. conseguem escapar-se.
Ares, irmão de Hercules e integrantes dos
Mighty Avengers, põe-se por sua vez no encalço dos dois. Uma série com potencial que ainda vai dar os seus frutos. Quanto ao
Quarteto Fantástico, aquilo até me está a surpreender pela positiva. A estória não é nada do outro mundo, mas parece divertida e sem grandes complicações. Já o
Motoqueiro Fantasma... nem me digno a ler tamanha atrocidade. Já tinha tentado na edição passada, mas foi um suplício. A necessitar de um substituto urgente.
Thunderbolts mantém a boa qualidade sem destoar muito. É uma série sólida, não fosse a cabeça de Warren Ellis a pensá-la, com bons momentos rendidos pelas interessantes personagens que participam.
SUPERMAN #74

Este é provavelmente o melhor lançamento deste mês, pelos menos entre aqueles que eu compro. A revista arranca em grande estilo com o bem-sucedido arco de
Superman e a Legião dos Super-Heróis, de
Geoff Johns e
Gary Frank, que vinha com grade expectativas à sua volta. Eu por acaso já tinha lido um pouco desta estória (se bem que não foi em papel) e estava a gostar bastante, mas depois acabei por perder o fio à meada. O facto de sermos afastado do presente para uma era futura ajuda a que o ambiente fique mais misterioso para o leitor, já que uma nova realidade é completamente criada e pouco se sabe sobre ela. Sem dúvida uma estória a ler!
Por outro lado, temos uma série que eu considero ser no mínimo indecifrável. Ainda não percebi que raio que se está a tentar contar em Supergirl e fico com a ideia que nem o próprio argumentista o sabe. No mês passado, o mesmo nem esforçou em fazer um storyboard decente para o seu desenhador, que já de si não tem nem um desenho nem um storytelling decentes. A evitar esta parte da revista. Já no fim, temos Superman Confidential, uma série dedicada a contar como foram os verdes anos do Azulão. É uma estória divertida q.b. e não vai muito além disso, portanto não esperem que saia dali um clássico.
NOVOS VINGADORES #60

A série
New Avengers foi deixada de lado para dar lugar ao
Annual da mesma. O resultado - várias páginas que não deram em quase nada. Se o título principal já estava a cair um pouco nas malhas da secura, com este
comic veio a confirmação que há algo que não está bem. O
Bendis parece que só precisa de 5 coisas em cada cena que escreve:
porrada - tiros - piada do Aranha - porrada - piada do Aranha. Metam a S.H.I.E.L.D. à mistura, mais aquela armada de vilões que eu ainda não percebi como é que não venceram os Vingadores e vão ver como vocês próprios já podem escrever um
comic desta equipa. Safaram-se os desenhos de
Carlos Pagulayan. Felizmente, vem aí um número dedicado à
Jessica Jones que é provavelmente a melhor coisa que o careca escreveu nestes últimos tempos. Ainda houve espaço para colocar um inesperado, mas divertidíssimo
comic da autoria de
Dwayne McDuffie e
Avon Oeming. É um encontro fora de cronologia entre os Vingadores clássicos que conta com a participação do
Homem de Ferro,
Thor,
Hulk,
Vespa e
Homem-Formiga. Sinceramente, não estava à espera que o Dwayne escreve uma cena tão fixe pois nunca tinha lido nada dele que me alegrasse particularmente.
A Miss Marvel continua uma seca. Não percebo como é que ele alguém pode publicar uma coisa tão horrorosa quando há por aí, de certeza, coisas bem melhores para incluir nestes mixes. O que me irrita mais é que o Brian Reed rouba descaradamente os intervenientes do Planet Hulk, ou então são só primos.
A revista acaba com a conclusão do arco
A Morte do Sonho, com o
Winter Soldier (só para não dizer Soldado Invernal...) a aliar-se finalmente ao
Homem de Ferro com o objectivo de substituir
Steve Rogers no manto do
Capitão América. A estória não foi nada de mais, mas o
Brubaker nunca desilude e faz aqui o prólogo para um arco que promete bastante.
BATMAN #74

E assim começa mais um capítulo da mega-saga idealizada por
Grant Morrison e companhia. Depois de trazer o filho de
Bruce Wayne à baila,
Damian, é agora a vez de
Ra's Al Ghul regressar do túmulo para dar mais dores de cabeça ao Morcego. Desta feita, todos os comics que estejam directamente relacionados com o Batman, como
Robin,
Nightwing,
Detective Comics e, é claro, a série com o nome do herói, participam na ressurreição do vilão, cada um à sua maneira e com os seus próprios intervenientes. E como é claro, cada um com qualidade distintas. Mas uma coisa tem todos em comum -
o desenho de qualquer um é um lixo! Digo já que nunca li uma revista que tivesse 4 desenhadores tão fracos como estes e rezo todos os dias para que o título principal do Cavaleiro das Trevas tenha um desenhador competente e não um traste (que é que o que este desenhador é) tão mau como o
Tony S. Daniel. Simplesmente intragável.
Quanto à estória em si, a coisa dá-se enquanto o Morrison escreve, mas a partir do momento em que saltamos para os outros títulos, o negócio começa a piorar, ainda para mais quando um senhor chamado Fabian Nicieza entra em cena. A acção passa a centrar-se no Robin e no Nightwing e ficamos um pouco afastados da trama principal, com uma espécie de filler a ser executado até chegarmos, por fim, aos aposentos do bebedor das Águas Lázaro, onde termina esta primeira etapa.
Este número é divertido pois todo ele foca uma única e mesma estória, o que prende um pouco à atenção. Espero que o próximo seja assim, mas com uma ligeira melhoria a nível de argumento, principalmente nos diálogos que só davam vontade de partir a casa à cabeçada, já para não falar dos desenhos.
X-MEN # 85
Lá em cima tinha dito que Superman era talvez a melhor série deste mês, mas a verdade é que este número dos pupilos de Xavier não lhe fica nada atrás, sendo uma grande surpresa para mim, já que esperava que seria a pior coisa que ia ler este mês. Pelos vistos enganei-me, Complexo de Messias começa em grande estilo e a estória cativa como já se não via há algum tempo numa estória dos X-Men (salvo seja New X-Men e AXM). O responsável não podia ser outro que não Ed Brubaker, esse grande argumentista, só ainda não consegui descortinar quem afinal foram os outros três escritores que participaram neste número já que a Panini se recusou a mencioná-los! Parece que só o Ed é que ficou com os créditos.
Adiante, parece que a procura pela última criança mutante no planeta intensifica-se com três grupos a tentarem encontrá-la - os X-Men, os Purificadores e os Carrascos. A coisa ficou feia quando o segundo grupo chacinou uma população local inteira na busca pela dita cuja, mas a verdade é que a "rede" apanhou tudo menos aquilo que devia. Além disso, achei curioso um pormenor em que o Professor Xavier é cada vez mais deixado de lado e o Scott assume a posição de líder incontestável, com o velho careca a nem poder dizer aquilo que pensa das missões secretas dos seus estudantes. Mas ainda, ele não deixa de meter um dedo onde não deve...
X-Factor também ganha espaço neste mix, sendo um dos melhores capítulos deste evento Mutante. Por outro lado, o título New X-Men não foi grande coisa, mas não decepcionou como outras coisa horríveis que li este mês e foi por isso que gostei deste número 80 dos X-Men. Manteve-se constante e a estória não oscilou muito em termos de qualidade. O próximo mês promete!