26 março 2008

Preview de 10 Páginas de Secret Invasion

A Entertainment Weekly divulgou há poucas horas um preview de 10 Páginas da proxima grande saga da Marvel Comics - Secret Invasion. Depois de termos acesso a apenas três páginas há já uns tempos no catálogo da Previews, a Casa das Ideias decidiu abusar um pouco para aumentar o interesse nesta Invasão.
É pena não o poder postar aqui, devido à impossibilidade de guardar as imagens no PC, mas consegui disponibilizar pelo menos a capa para os interessados. Apesar de esta estar francamente boa, a de McNiven é mesmo a melhor para esta série. Para verem o preview basta clicar aqui.

A arte de Leinil Francis Yu está muito melhorada, em grande parte devido às cores mais limpas e mais agradáveis. Em Avengers também gostava dele, mas penso que aqui melhorou imenso. Quanto ao argumento, não li nem vou ler, só quando tiver a edição em mãos.

25 março 2008

Project Superpowers #0

Argumento: Jim Krueger e Alex Ross
Desenho: Stephen Sadowski, Doug Klauba e Alex Ross

Superpowers é talvez o comic mais esperado para este início de 2008, muito em parte pelo nome dos autores, como o conhecido Alex Ross e o seu, agora frequente, colaborador Jim Krueger, Os dois haviam trabalhado juntos na mini-série Justice para DC, onde até conseguiram uma muito boa história um bocado fora dos estereótipos actuais dos super-heróis.
Nesta série o objectivo é outro. Além de terem um pouco mais de liberdade por estarem a trabalhar numa editora independente, os autores tiveram de criar um rol gigantesco de personagem, que na verdade são mais uma "missão se salvamento" de personagens da Era de Outro do que propriamente uma criação.
Infelizmente não é Ross que desenha, o que tira grande parte da essência que esta leitura poderia tem. A coisa ainda piora não só pelo verdadeiro desenhador ter capacidades duvidosas como também pelas capas chegarem a ser um engodo para o leitor pensar que o interior será tão belo.
Pode-se dizer desde já que este comic (pelo menos este número) é uma valente trampa. Não sei se é mais pelo hype que foi criado em volta da série, com tanta cobertura pelos sites especializados e com a intervenção de autores que são muito bem cotados, mas o que é certo é que a história de Superpowers é confusa e sobretudo chega a ser desinteressante. O que mais gostei de Krueger na sua antiga mini-série foi exactamente o seu argumento detalhado e longo, mas eu já conhecia todas as personagens o que facilitou a leitura e a tornou mais interessante, mas neste comic é nos mostrado um mundo completamente novo e diferente (apesar das óbvias referências à história mundial) o dificulta a leitura. As personagens são novas, não conhecemos os seus poderes, atributos ou defeitos, não conhecemos a génese de nenhuma delas (mesmo que alguns poderes sejam evidentes) e também não sabemos o seu objectivo (sem ser o de salvar o mundo). Onde quero chegar é que a trama está muito mal construída, chegamos a ver 20 ou mais personagens numa só página sem conhecermos nada sobre eles. Até um deles morre numa sequência desleixada e sem sentido nenhum.
Basicamente somos confrontados com uma enxurrada de personagens que não conhecemos de lado nenhum, que falam sobre coisas das quais não percebemos nada e que levam a situações em que ainda menos se sabe. Além disso, o facto de a história andar à volta da Pandora Box (sim, aquela caixa mitológica que no fundo não é uma caixa, mas sim uma urna) é completamente chato, ainda para mais quando se mistura esse mito com o Hitler e a Segunda Guerra Mundial. BORING!
Acho que já falei demasiado mal de Superpowers. Talvez nos próximos números isto melhore, mas não quero estar lá para ver. Just buy if you're a true believer! Se estão à espera de uma boa história este não é o comic indicado. Se quiserem jogar à cabra cega, aí sim, é uma boa leitura para este mês.

Nota: 3/10

24 março 2008

Preview de All Star Superman #10


A DC divulgou um dos melhores previews dos seus lançamentos desta semana. Falo é claro de All Star Superman #10, com arte soberba de Frank Quitely. Ao que parece a editora não quer revelar muitos detalhes sobre esta edição, já que a sinopse esclarece muito pouca coisa sobre o que se irá passar. Há que ter em conta que no número 12 a run de Grant Morrison e Quitely irá ver o seu fim para que surja uma nova série nos mesmo moldes, mas desta feita em formato ongoing, portanto a DC não deve querer desvendar muitos detalhes.
Ainda não há certezas sobre a permanência de Morrison no título, mas o desenhador irá mesmo abandonar a série. Ao que parece, a DC quer fazer uma espécie de Ultimate Superman, com uma nova origem e uma história diferente. Resta-nos saber para onde irá Quitely depois deste seu excelente trabalho à frente do Azulão. Aos que não conseguiram apanhar o primeiro desta série, aproveitem o próximo Free Comic Book Day que irá ocorrer já no próximo mês. Como o nome sugere, vai ser distribuida uma cópia grátis do número 1 de ASS, como também outros comics (nomeadamente Hellboy/ B.P.R.D) nas lojas especializadas portuguesas.



Esta semana com 32 páginas a $2.99!

23 março 2008

Criminal 2 #1 - Second Chance In Hell

Argumento: Ed Brubaker
Desenho: Sean Phillips

Gnarly Brown, filho de Clevon Brown, nasceu no seio de uma família abastada, para a qual o seu pai trabalhava há já vários anos após um acordo entre ele e Walter Hyde, um homem que se tornou o mais influente da sua cidade. Clevon converteu-se no braço direito de Hyde acompanhando-o para qualquer lado. Qualquer decisão que fosse tomada em relação aos negócios escuros que ocupavam Walter na maior parte do seu tempo, tinha sempre de passar por Clevon antes de andar para a frente. Ele era sem sombra de dúvida a pessoa com o papel mais preponderante na vida de Walter, não tivesse sido ele o responsável pela sobrevivência deste homem há uns anos atrás.
Clevon acabou por morrer de cancro, deixando para trás o filho Gnarly sem qualquer família, apenas Walter e o seu filho Sebastian Hyde para o acompanharem. É claro que os pais destes dois rapazes queriam que os filhos lhes sucedessem e se tornassem exactamente como eles no futuro, mas Gnarly não pensava assim, ao contrário de Sebastian. Gnarly tinha uma forma muito própria de pensar, o que o levou a ser um pugilista profissional, ao lado do seu treinador Tweedy. Ao longo do tempo conseguiu ganhar respeito entre todos os seus adversários, sem nunca ter perdido um combate. Até que apareceu a mulher que lhe iria dar a volta à cabeça. Ela veio para fazer com que a sua vida nunca mais fosse a mesma, mas também desapareceu com esse mesmo objectivo. Anos se passaram até que Danica se voltasse a intrometer na vida de Gnarly, mas não com o objectivo de o voltar a ver, não. Acabar com Sebastian Hyde era o trabalho que havia para fazer e ela não hesitou em ocupar-se desse cargo, após uma história a dois muito mal acabada. Mas isso valeu-lhe a vida. E também a carreira de pugilista de Gnarly. Tudo pelo amor da sua vida.

É como eu digo e não me canso de repetir - Brubaker is the man! O homem consegue tornar qualquer história, qualquer personagem ou qualquer ambiente em algo magnificamente interessante, que valem todo o dinheiro que se paga para ter a história. Além disso, o esforço para conseguir publicar cartas dos leitores e artigos sobre filmes noir é sempre de louvar. Também não esquecer a principal nova característica de Criminal - a excelente qualidade do papel. E isto é apenas um comic, que se tornou numa autêntica "crime mag". Quem compra os trades fica, como é óbvio, muito descontente pois fica sem acesso aos artigos e às futuras entrevistas (e outros bónus) que Brubaker introduziu neste comic. E já houve várias queixas de compradores dos TPB's, mas o argumentista rematou que são estas pequenas coisas que os leitores mensais merecem, pois são eles que fazem com que o comic viva, e não poderia haver verdade mais incontestável.
Sean Phillips melhora a cada edição que até mete impressão. As expressões das personagens, os backgrounds, o storytelling e tudo mais tem um toque muito especial deste artista. Além disso, as cores de Val Staples são também algo a sublinhar, pois sem este também excelente trabalho, Criminal não seria Criminal.
A última nota vai para a capa desta edição, que está espantosa (e o artwork de apresentação do novo arco também tem grande qualidade). As outras edições também tiveram capas muito boas, mas esta é a melhor, na minha opinião.

Nota 10/10

War Heroes, Nova Série da Image

War Heroes é o próximo grande hit da editora Image, que promete vender muitas cópias deste comic, tendo em conta a magnífica equipa autores. Falo é claro de Mark Millar e Tony Harris, o autor de Ultimates e Kick-Ass e o desenhador de Ex-Machina e das capas de Conan.

Segundo Millar, este é o culminar de todos os conceitos que tem vindo a desenvolver nos seu últimos comics, nomeadamente Ultimates, Authority ou Wanted, que usavam a proximidade com a realidade como principal característica. Millar chega a classificar esta série de Ultimates 3, à sua maneira. Além disso, este é um sonho antigo de Millar, em que pode fazer uma série com a habitual liberdade criativa concedida pela Image juntamente com um "belo trabalho artístico" por parte de Tony Harris, o que é absolutamente verdade pelo que podem ver na capa ao lado.

Aqui segue a sinopse feita pela própria Image:
"In an America not too far off from our own, terrorism has scorched the Earth. Our once great nation has shattered into a bastardized, third world version of its previous self. When traditional tactics prove obsolete in this new country, America's military force turns to the last weapon with any hope of - superhumanity."
Com certeza que esta série não me irá escapar, pois tenho grandes expectativas em relação a ela. Só os autores fazem com que esta possa ser uma das séries do ano, agora só depende de Millar e da história que nos vai mostrar. Sai dia 25 de Junho numa mini-série de 6 números, quem quiser encomendar terá de o fazer já no próximo mês através da Diamond. Para verem um preview da arte, cliquem aqui.

22 março 2008

Amazing Spider-Man #549-551



Argumento: Marc Guggenheim
Desenho: Salvador Larroca

A verdadeira estreia de Jackpot dá-se neste segundo capítulo de Brand New Day, fase do Aranhiço que está a causar motins entre as associações de fãs da personagem. A cada três números, que saem semanalmente durante um mês, dá-se a renovação quer do argumentista, quer do desenhador. Neste caso, o homem escolhido foi Marc Guggenheim, juntamente com o artista Salvador Larroca, desenhador este que insiste em mudar a sua arte em cada trabalho seu. Além de Dan Slott, Guggenheim, Bob Gale e Zeb Wells, Joe Casey é o mais recente membro da equipa BND, ao lado de Mike "Green Lantern" McKone. Ao que parece, estes dois vão fazer algo parecido com a saga do clone...
Eu pensei que Dan Slott era o escritor por excelência do Aranha moderno, mas estava um pouco enganado, especialmente por causa da história que ele apresentou no seu mês de trabalho. Não que a culpa seja sua, pois as pressões editoriais talvez o tenham obrigado a fazer coisas que ele talvez não quisesse (meter o Peter a beijar o Jameson...), mas até a história de fundo que ele apresentou foi um bocado pobre. Tudo bem, introduziu um novo vilão que saiu do Photoshop, mas ainda assim conseguiu deixar ali um bom cliffhanger. Mas não é desta que me convence. Talvez daqui a alguns meses quando voltar.
Já Marc Guggenheim conseguiu fazer exactamente aquilo que este título pretende - meter um monte de piadas características do Aranha, meter o bom velho desesperado Peter em busca de fotos para o novo The DB (Daily Bugle, agora com novo director), introduzir também um novo vilão (que podia ser melhor conseguido, mas com o tempo pode melhorar) e outras coisas mais. O problema é que Slott só conseguiu as piadas e cometeu o erro de pôr um Peter vádio nas noites de Nova Iorque em busca de um pouco de "diversão", o que invalida um pouco a ideia de "portas abertas para novos leitores, sem nada que possa tornar a trama adulta e, acima de tudo, tornar o Peter um exemplo para a juventude.".

Até agora já temos Mr. Negative (Dan Slott), Grey Goblin ou Menace (Guggenheim) e Freak (Bob Gale), que se juntam assim à já extensa galeria de vilões do Aranha. Jackpot também pode ser considerada uma nova aquisição, apesar de ela ser quase de certeza a MJ. Até gostei deste team-up entre ela e o Aranha, adequou-se muito bem ao ambiente que Marc transpôs para o comic. Ainda não li o arco do Bob Gale, que apresenta esse tal de Freak, mas pelas críticas que tenho lido está muito mau. Veremos.
Ainda assim a minha curiosidade está mais em cima quando penso no arco de Zeb Wells e Chris Bachalo. Acho que este será uma boa aposta, mas nunca sabe o que a Marvel nos reserva.
Nem vou falar de Salvador Larroca. Tenho pena de dizer isto, mas o homem até tem capacidades, só que não as aproveita. É muito desleixado e os seus cenários são do pior que existe. Lá experimental ele consegue ser, mas até hoje só me convenceu em Extreme X-Men, nada mais.
Só não dou uma nota mais alta a este comic por causa do desenho. Se tivessem posto o Mcniven neste mês, talvez ficasse melhor.

Nota: 6/10

21 março 2008

Batman: Gothic

Argumento: Grant Morrison
Desenho: Klaus Janson

Este é daqueles livros que não são muito fáceis de classificar ou criticar. Grant Morrison é capaz de criar uma história tão bem elaborada que quem a lê fica sempre com a ideia que há sempre alguma coisa que escapa. E de facto isso acontece neste livro. A história é muito boa - vilão misterioso, mortes misteriosas, aparente regresso dos mortos e um ambiente muito negro, em grande parte por causa do traço de Klaus Janson.
Todos estes factores conjugados levam a que seja preciso um pouco de calma para ler esta história, também devido ao argumento ter um sentido um bocado metafórico em detrimento de uma abordagem mais directa. Prova disso é a de que o Homem Morcego nem é o principal lesado pela aparente onda de crime de Mr. Whisper, o homem que fez um pacto com o Diabo há cerca de 300 anos para que pudesse ver a sua esperança de vida aumentada, permitindo-lhe assim escapar a uma praga que tinha afectado uma pequena parte da Áustria, levando todos os seus irmãos da Abadia à morte.
Este homem passou por inúmeras identidades, desde um padre residente na Áustria até ao Director de uma escola privada antiga onde Bruce Wayne havia estudado. Desde o início do seu pacto que Mr. Whisper, Manfred ou Mr. Winchester tem vindo a preparar o seu último golpe para que possa prolongar ainda mais o seu tempo de vida. Esta preparação leva-o a matar crianças indefesas (das quais Bruce poderia ter feito parte), utilizar cadáveres de padres, irmãos seus, para obter de novo o vírus da praga do passado.
A morte dessas tais crianças leva a que um grupo de homens da Máfia de Gotham City tente assassinar este indivíduo, muito por causa das pressões da polícia local. Mas isso foi há 20 anos. Agora, Mr. Whisper voltou para se vingar de cada um dos 5 homens que o tentou assassinar sem sucesso. Um por um...
Morrison é um daqueles argumentistas que pode gerar ódios e amores numa só história. Pelas críticas que li por aí, deparei-me com opiniões um pouco negativas em relação a este conto, devido à sua complexidade que rapidamente se pode tornar em algo incompreensível. Mas não é imediatamente a esta leitura que se percebe toda a trama em redor de Batman: Gothic. É preciso algum tempo para digeri-la e aí sim, apreciá-la ao máximo. Para isso é preciso, como já disse, uma leitura calma e sem pressas para que se possa tirar o máximo proveito. Isto até faz lembrar um pouco o mestre Alan Moore, em que se não houver cuidado na leitura das obras do senhor, metade do que se leu passa ao lado.
Quanto ao desenho de Klaus Janson, percebe-se que a arte envelheceu um bocado mal, mas já se notam algumas aproximações às técnicas utilizadas hoje em dia, como a interpretação mostrada em algumas vinhetas. Também é visível que Janson trabalha muito melhor com artes finais do que no desenho propriamente dito. De qualquer forma não vejo como a arte poderia ficar melhor neste livro. Talvez uma colaboração com Frank Miller pudesse ter sido uma boa aposta, mas talvez ficasse muito idêntico às obras antigas do mesmo (Batman: Year One).

Nota: 9/10

20 março 2008

Marvel Zombies 2 #1-5



Argumento: Robert Kirkman
Desenho: Sean Phillips
Capas: Arthur Suydam

Mark Millar criou o mundo dos Zombies. A Marvel criou a mini-série. O sucesso criou a segunda mini-série. Será que Robert Kirkman nos trará uma terceira saga dos Zombies mais medonhos da Casa das Ideias? Parece que sim, visto que esta mini acaba com o habitual cliffhanger a que este autor nos tem habituado.
Nesta mini-série não travamos apenas contacto com zombies que andam dum lado para o outro a comerem o que lhes aparece à frente. Não. Aqui temos Zombies desesperados por não terem comida, isto porque já comeram todo o Universo (excepto uma pequena parte da população do planeta Terra)! A única maneira de escapar a este terror é encontrar a famigerada máquina de viagens Inter-Dimensionais criada pelo já falecido Reed Richards. O problema? Está na Terra protegida pela facção ainda viva não afectada pelo vírus!
Confesso que preferi muito mais esta mini-série à original, também de Kirkman. As personalidades dos Zombies estão melhor construídas e finalmente vemos o lado humano que estes tempo tiveram escondido. Além disso, é uma referência clara a Civil War, em que temos uma guerra entre os afectados pelo vírus e os sobreviventes. Além disso, o leque de personagens é muito mais vasto e não se resume apenas a Zombies, mas também a alguns humanos, mais especificamente a população de Wakanda.
O fim desta história promete uma vingança por parte dos Zombies, que não me parece que vá ser lá muito calminha. Os Zombies foram transportados para outra dimensão contra a sua vontade e na possível terceira série com certeza que iremos descobrir um novo mundo (que será atormentado pelos recém chegados Zombies) e também veremos como os nossos heróis se irão safar.
O desenho continua a ser o mais adequado ao tema, apesar de não se adequar bem ao estilo de Sean Phillips. Em Criminal é que Phillips mostra que é um excelente ilustrador, tanto nas capas como nos interiores.
As capas continuam excelentes, não fossem elas de Arthur Suydam, o verdadeiro zombie infiltrado na Marvel. Já o punham a desenhar alguma série da Marvel, seria sucesso garantido.

Nota: 8/10

19 março 2008

Crise Infinita #1-7



Argumento: Geoff Johns
Desenho: Phil Jimenez, George Pérez, Ivan Reis

A Marvel teve a Guerra Civil (que está prestes a sair aqui em Portugal pela Panini) e a DC, numa forma de tentar travar a sua adversária, decidiu criar mais uma Crise, desta vez Infinita! E se pensávamos que para conclusões bastantes fracas a Marvel já nos chegava, eis que a DC se esmerou e encarregou Geoff Johns de fazer uma coisa que se calhar nem ele sabe bem o que foi. E digo isto com muita pena, pois Johns é sem dúvida um dos melhores argumentistas da actualidade (veja-se a excelente saga do Lanterna Verde).
Crise Infinita começa de uma forma bastante esquisita. Nota-se bem que nem uma introdução existe, não nos é apresentado o objectivo da saga nem sequer se sabe bem o que passa na trama. Parece que os tais tie-ins são essenciais para uma pessoa se orientar. Tudo começa com a Trindade a encontrar-se na base Lunar da Liga da Justiça, ou os destroços que dela sobram. Segue-se um típico diálogo entre os três onde é referida a morte de Maxewll Lord, por parte da Mulher-Maravilha. "Não conheço mais você..." reclama o Super-Homem para Diana, um típico cliché que nem Johns conseguiu evitar! De repente aparece um vilão do qual o nome já não me recordo que, obviamente introduzido a pontapé, começa a distribuir murros por cada um dos intervenientes. O desfecho é óbvio - o tal vilão é derrotado e foge sem dar sinais.
Ao longo da trama, vamos tendo uma visão do que se passa na Terra, ou seja, o caos total. Equipas de vilões a matarem super-heróis à brava (muitos dos quais nem os conheço), heróis esquecidos a renascerem, etc. Até o Homem Animal regressou, mas depois, ao longo dos restantes seis números nunca mais o vi!
É então que nos são apresentados os vilões principais desta saga - Kal-L (juntamente com a Lois Lane da Terra-2), Alexander Luthor (também da Terra-2) e Superboy-Prime. Este último irá andar em toda a série a queixar-se que nem um bebé chorão que ele é o verdadeiro Superboy e não aquele que nós conhecemos... Um ponto muito importante na história!
Aqui também há lugar para uma luta entre os dois Super-Homens, como se não houvesse amanhã, luta essa que também é introduzida a pontapé. Conclusão desse embate "Tinhas razão Super-Homem da Terra-1. Todo este tempo fui iludido e levado a crer que a Terra-2 era o ideal para todos nós. Eu estava errado...", ou seja, não se aprende nada. Ele é lutas descartáveis, mortes inúteis (como a do Superboy), ele é tudo o que não deveria ser feito. Até o fim da Crise é uma treta, com aquele habitual "I'll be back!". O único ponto alto da série foi... bem, não me parece que alguma coisa tenha sido bem aproveitada, nem sequer os diálogos salvam isto.

Ainda há que salientar o péssimo story-telling de Phill Jimenez, que teve de ser auxiliado por Pérez e Reis para que a Crise pudesse sair lá nos States a tempo. Ao menos dignavam-se a atrasar a série por um mês, como a Marvel fez com a Guerra Civil. Gostei muito de Jimenez em New X-Men com o Morrison, mas aqui detestei-o.

É claro, Nota 4/10!

18 março 2008

Daredevil #100-105 - Without Fear



Argumento: Ed Brubaker
Desenho: Michael Lark e Paul Azaceta

Brubaker iniciou a sua já longa viagem no número 82 com a personagem Daredevil e até lá tem confirmado o porquê de ser um dos melhores a trabalhar na indústria dos comics americanos, como tenho referido inúmeras vezes em vários posts aqui no blog. O homem está em todo o lado - ele é X-Men, é Capitão América, é Criminal, é uma infinidade de coisa. Isto tudo porque o seu valor é reconhecido, muito mais do que na DC. Para mim, sem contar com Daredevil que apenas sigo desde o número 100 (para mal dos meus pecados), a melhor série escrita por este senhor é sem dúvida Criminal, que actualmente está com um formato muito bom, com papel brilhante, bons artigos dentro e cartas dos leitores, o que dá ideia de se estar a transformar num magazine do crime.

Neste arco, Matt Murdock é atacado de uma forma muito indirecta por parte do seu arqui-inimigo Mr. Fear. Este vilão é um perito no desenvolvimento de gases que provocam medo nas pessoas que os inalam, juntamente com um cientistas amigo seu. Falo de uma forma indirecta pois a vítima deste gás letal é a esposa de Murdock, Milla Donovan. Milla é de tal forma afectada por este gás que é levada a cometer actos de pura loucura, incluindo tentativas de homicídio (!!). Uma dessas tentativas é um dos fios condutores desta história, o que nos leva a uma outra personagem - Lily Lucca, a vítima de um desses ataques. Ela leva Milla a tribunal, onde esta é defendida por Murdock.
Neste arco é nos também apresentado um outro vilão, que irá com certeza ser o foco dos próximos arcos. Falo de The Hood, onde pouco se sabe sobre ele, mas aparenta querer dominar a Cozinha do Inferno.
O fim deste arco é um bocado triste. Aqui é que se vê o que um verdadeiro vilão é. Não é aquele que tem a obsessão de querer matar o seu inimigo, mas aquele que lhe quer destruir a vida. Isso para mim é que é um vilão à altura. É por causa do objectivo principal de um vilão ser sempre a morte é que os comics nem sempre rendem o máximo. Isso era dantes, agora parece que novas abordagens são precisas.

Quem for ler este arco pode-se sentir um pouco perdido, eu que o diga. Se não tiverem lido nada anteriormente, aconselho-os ou a fazer uma pequena pesquisa ou então a comprarem os trades mais antigos, que é o que eu estou a pensar em fazer. Para aqueles que nunca leram o Demolidor é uma coisa que aconselho a fazerem rapidamente, de preferência a partir da fase do Bendis. A arte é sempre excelente e as histórias, como estão fora do Universo Marvel regular, são sempre uma lufada de ar fresco. Espero que o Brubaker fique por lá durante muitas edições, mas se o quiserem substituir que ponham lá, por exemplo, o Greg Rucka, ou alguém do género, desde que não estraguem a excelente fase desta personagem. Stay cool!

09 março 2008

Novo Póster de Iron Man

A Marvel divulgou esta semana o novíssimo póster da adaptação cinematográfica de Iron Man. Parece-me o melhor dos que já feitos até agora, isto no que toca a este filme. É já dia 2 de Maio que vamos poder assistir e julgo que vai ser um bom filme, em grande parte por causa de Downy Jr. Já não falta muito.

Fantastic Four #554



Argumento: Mark Millar
Desenho: Brian Hitch

E aqui começa World's Greatest, um novo arco à moda antiga dos 4 personagens mais fantásticos do Universo Marvel. São eles Reed Richards, Sue Richards, Johnny Storm e Ben Grimm.
E quem melhor que Millar e Hitch para "ressuscitar" o Quarteto Fantástico, depois de várias edições que não acrescentavam nada ao legado da equipa e que insistiam em usar velhas e gastas ideias. É claro que não posso fazer muitos juízos acerca deste arco de 4 partes, mas dá para perceber que Millar quer mostrar a verdadeira essência do Quarteto, no qual podemos ver os bons velhos aventureiros, as viagens no tempo e as pitadas de sci-fi que iremos observar mais pormenorizadamente nos próximos comics.
O mote deste World's Greatest é o aparecimento de um grupo de cientistas que está a criar um novo mundo onde a população mundial poderá viver quando a Terra morrer. Isto depois da antiga namorada de Reed aparecer para lhe trazer essa notícia. Além disso, Sue está envolvida numa acção de caridade, juntamente com a She-Hulk e com a Wasp. Quanto ao Johnny, está ali algo que se pode tornar numa ideia muito engraçada.
O desenho é excelente, irrefutavelmente. Brian Hitch é sem dúvida dos melhores artistas contemporâneos e no que toca a cenários ele é um mestre. Vejam só o edifício Baxter ou o Novo Mundo.
Raramente leio material do Quarteto, mas esta história parece ser muito boa. Espero que depois deste arco pelo menos o Millar fique à frente do título. Experimentem pessoal!