Argumento: Marc Guggenheim
Desenho: Salvador Larroca
A verdadeira estreia de
Jackpot dá-se neste segundo capítulo de
Brand New Day, fase do Aranhiço que está a causar motins entre as associações de fãs da personagem. A cada três números, que saem semanalmente durante um mês, dá-se a renovação quer do argumentista, quer do desenhador. Neste caso, o homem escolhido foi
Marc Guggenheim, juntamente com o artista
Salvador Larroca, desenhador este que insiste em mudar a sua arte em cada trabalho seu. Além de Dan Slott, Guggenheim, Bob Gale e Zeb Wells,
Joe Casey é o mais recente membro da equipa BND, ao lado de
Mike "Green Lantern"
McKone. Ao que parece, estes dois vão fazer algo parecido com a saga do clone...
Eu pensei que Dan Slott era o escritor por excelência do Aranha moderno, mas estava um pouco enganado, especialmente por causa da história que ele apresentou no seu mês de trabalho. Não que a culpa seja sua, pois as pressões editoriais talvez o tenham obrigado a fazer coisas que ele talvez não quisesse (meter o Peter a beijar o Jameson...), mas até a história de fundo que ele apresentou foi um bocado pobre. Tudo bem, introduziu um novo
vilão que saiu do Photoshop, mas ainda assim conseguiu deixar ali um bom cliffhanger. Mas não é desta que me convence. Talvez daqui a alguns meses quando voltar.
Já Marc Guggenheim conseguiu fazer exactamente aquilo que este título pretende - meter um monte de piadas características do Aranha, meter o bom velho desesperado Peter em busca de fotos para o novo The DB (Daily Bugle, agora com novo director), introduzir também um novo vilão (que podia ser melhor conseguido, mas com o tempo pode melhorar) e outras coisas mais. O problema é que Slott só conseguiu as piadas e cometeu o erro de pôr um Peter vádio nas noites de Nova Iorque em busca de um pouco de "diversão", o que invalida um pouco a ideia de "portas abertas para novos leitores, sem nada que possa tornar a trama adulta e, acima de tudo, tornar o Peter um exemplo para a juventude.".
Até agora já temos
Mr. Negative (Dan Slott),
Grey Goblin ou Menace (Guggenheim) e
Freak (Bob Gale), que se juntam assim à já extensa galeria de vilões do Aranha. Jackpot também pode ser considerada uma nova aquisição, apesar de ela ser quase de certeza a MJ. Até gostei deste team-up entre ela e o Aranha, adequou-se muito bem ao ambiente que Marc transpôs para o comic. Ainda não li o arco do Bob Gale, que apresenta esse tal de Freak, mas pelas críticas que tenho lido está muito mau. Veremos.
Ainda assim a minha curiosidade está mais em cima quando penso no arco de
Zeb Wells e
Chris Bachalo. Acho que este será uma boa aposta, mas nunca sabe o que a Marvel nos reserva.
Nem vou falar de Salvador Larroca. Tenho pena de dizer isto, mas o homem até tem capacidades, só que não as aproveita. É muito desleixado e os seus cenários são do pior que existe. Lá experimental ele consegue ser, mas até hoje só me convenceu em Extreme X-Men, nada mais.
Só não dou uma nota mais alta a este comic por causa do desenho. Se tivessem posto o Mcniven neste mês, talvez ficasse melhor.
Nota: 6/10