- O FIBDB chegou ontem e em grande estilo! O dia de abertura foi muito bem passado ao lado dos autores e dos velhos conhecidos, só o calor é que não ajudou muito à festa..De entre os autores presentes destaco Craig Thompson (criador de Blankets), Gary Erskine (participou como arte-finalista em The Filth, com Grant Morrison) e claro, Lorenzo Matotti, do qual tive imensa pena de não conseguir um autógrafo. Apesar dos habituais atrasos, acabei por conseguir ver tudo o que queria. Destaco as exposições de Matotti, Thompson e de Fernando Gonsales, que acabaram por ser as minhas preferidas. Esperem um artigo mais completo para breve, com várias fotos do dia de abertura do Festival de Beja '09.
- Lost já acabou, e foi um final de temporada do caraças! Quem diria que o nosso amigo Jacob apareceria logo na cena inicial. Felizmente esta série está cheia de segredos e já dizia o nosso bom velho companheiro John Locke "We're going to need to watch that again. You might catch something you missed the second time around". Tenho andado a rever as primeiras temporadas e actualmente estou a iniciar-me na 4ª. Esta tem poucos episódios, mas todos eles são bombásticos! E como esta série deixa sempre saudades, há sempre por aí uns malucos que tentam não deixar que o bicho morra. Aconselho o visionamento destas duas interessantes teorias sobre o que se está a passar na série [Link 1, Link2]. Os vídeos têm mais que uma parte.
- Descobri há poucos dias aquela que para mim é a série mais cómica de vídeos do youtube este ano (apesar desta saga datar de 2006). Trata-se do hilariante Chad Vader, o irmão mais novo de um dos maiores vilões da história do cinema, Darth Vader. Chad trabalha numa cadeia de super-mercados chamada Empire Market, tendo uma maneira muito particular de chefiar a sua zona... Fiquem aqui com o primeiro e segundo episódios, são recomendadíssimos.
- Comecei mesmo há bocado a ler precisamente o The Filth, de Grant Morrison e Chris Weston. Posso dizer que só o primeiro capítulo é já de si indecifrável, sendo bastante difícil perceber quais são as intenções iniciais do maluco escocês. Apenas posso dizer que é uma estória bastante esquisita a avaliar pelas primeiras páginas, mas tenho esperanças que possa sair dali algo muito bom.
31 maio 2009
O Que Ando a Fazer... #2
27 maio 2009
Marvel 1985 soube a pouco...
Finalmente consegui terminar a leitura deste interessante trabalho experimental de Mark Millar. Digo experimental pois, infelizmente, pareceu-me sido um pouco feito em cima do joelho e as suas ideias pareceram-me um pouco sub-aproveitadas. "Ah, não sei quê, mas o Marvel 1985 já estava para ser publicado há anos", podem dizer vocês, mas o que é facto é que o Millar ,ou não encheu devidamente as 6 edições que tinha em mão ou então ainda precisava de mais umas quantas páginas para fazer uma obra que me enchesse as medidas. Inclino-me mais para a segunda opção, a história pareceu-me muito pouco desenvolvida e tenho a impressão que a esta série necessitava de, à vontade, mais umas 72 páginas de contextualização. A acção é praticamente sucedida à velocidade relâmpago - num dia o Toby vê o Red Skull na janela de uma casa de horrores e no dia a seguir já está a viajar para o Universo Marvel! E entretanto já o Galactus está a devorar o planeta Terra. Eu entendo que o Millar não esteja numa situação particularmente confortável, afinal está com uma dezena de trabalhos em mão, até o War Heroes foi interrompido sei lá por quantos meses (actualmente ainda só saíram duas edições). Mas enfim, um autor desta nomeada deixa sempre um gajo triste por fazer uma história que saiba a tão pouco. Fiquei mesmo chateado que uma história com tanto potencial se ficasse por apenas 6 edições, isto pedia uma maxi-série! O tempo que a Marvel anda com aquelas tretas do Avengers/ Invaders tinham esticado esta que é bastante melhor. Não que o desenhador, Tommy Edwards fosse o melhor para essa tarefa, dada a sua grande lentidão em trabalhar com prazos, mas julgo que não haveria ninguém melhor para 1985. A sua bela "dualidade" de traços (ora num tom mais realista, ora num tom infantil) apenas poderia ser devidamente esquecida com Stuart Immonen nas rédeas, mas esse já estava ocupado.
Adiante. O ponto alto desta história foi a extrema facilidade com que me identifiquei com a personagem principal, Toby Goodman. Aliás, as primeiras cenas fazem-me instantaneamente lembrar-me das minhas visitas à 9º Império onde pela primeira vez comprei comics americanos. Aquelas conversas com o dono da loja, as prateleiras cheias daqueles comics todos que queremos levar, mas que infelizmente não podemos, ou porque não há mais dinheiro no bolso ou porque o espaço em casa não é suficiente. Aquele desejo de levar 20 comics para casa e querer saber tudo o que se passa neles, mas com a limitação de só poder ler um de cada vez. Belos tempos, belas recordações. É por isso que 1985 tem tanto potencial, o Mark Millar sabe aquilo que faz e provavelmente também ter-se-á inspirado na sua infância, esta história pode muito bem representar um dos seus sonhos mais antigos - o de ter o Universo Marvel em peso no mundo real. Isto fez-me lembrar o verdadeiro motivo porque eu e talvez muitos outros tenham começado a ler BD - éramos transportados para um mundo onde os problemas eram quase sempre resolvidos, os heróis acabavam sempre por ganhar o dia, por mais forte que o adversário fosse, por pior que um dia fosse para um herói, algo de bom acabava sempre por acontecer. Era um mundo perfeito. Quem não queria morar por lá? Mas isto era no início. Hoje em dia parece que estamos a viver uma era melancólica dos comics, as histórias são cada vez mais sérias e a magia da simplicidade parece estar a perder-se cada vez mais (felizmente anda por aí um senhor chamado Robert Kirkman). No entanto é uma evolução completamente natural, as abordagens de hoje em dia não são mais do que um reflexo dos dias que se vivem hoje.
Para mal dos meus pecados, este amor inexplicável por mitologias que nem reais são, não foi assim tão explorado como eu queria. Mesmo assim gostei da construção psicológica do Toby - um puto inteligente que prefere queimar os miolos a tentar descobrir quem seria o herói por detrás da máscara em vez de se aplicar na escola e um dia tentar ser alguém. Um preguiçoso do pior. Todos fomos assim em alguma parte das nossas vidas... talvez ainda sejamos ahaha. Para melhorar a coisa, o miúdo tinha um pai caraças, o verdadeiro herói desta história! Um nerd do pior que sabia ainda mais sobre o Homem Aranha que o próprio Peter Parker! Acho que ele ainda estava mais encantado da vida por ver um Capitão América de carne e osso a lutar contra o Red Skull que a própria miudagem da cidade.
Mark Millar confirma aqui porque é um dos melhores naquilo que faz, mesmo não sendo um trabalho de topo demonstra grande criatividade. As ideias correm-lhe nas veias, não há outra explicação. Espero que o Quesada não eleve os seus níveis de "safadeza" e decida fazer uma sequela. Pior que isto me ter sabido a pouco é passar a saber-me mal! Mesmo assim não tenho muitas esperanças que os meus desejos sejam concretizados, já não confio em nenhum daqueles badamecos da Marvel.
Argumento: Mark Millar / Desenho: Tommy lee Edwards
Marvel Comics (Marvel 1985 #1-6)
Nota: 7/10
17 maio 2009
O Que Ando a Fazer...
- Ando a ver se pego na mini-série Marvel 1985. Já estou há meses para ler esta obra de Mark Millar em parceria com Tommy Lee Edwards, mas parece que não há meio de começar a lê-la. A história é centrada num rapaz que começa ver super-heróis/ vilões da Marvel em certos lugares após ter começado a ler a mini-série Secret Wars Tenho a sensação de que ninguém vai acreditar nele.
- Tenho andado a ler o livro A Boca do Inferno, de Ricardo Araújo Pereira. Trata-se de uma compilação de crónicas que o mesmo escreve para a Visão todas as semanas (ou pelo menos escrevia). Algumas das crónicas são absolutamente hilariantes (veja-se em que o RAP goza com o vocabulário de Luís Freitas Lobo), mas outras deixam algo a desejar, especialmente quando leio 3 ou 4 crónicas seguidas sobre José Sócrates e companhia. Mesmo assim aconselho a toda gente, humor nonsense de grande qualidade.
- Chegou-me o Blankets via BookDepository. Não podia deixar escapar este livro por nada deste mundo, ainda para mais quando o autor, Craig Thompson, irá estar presente em Beja dia 30 deste mês, se a memória não me falha. Além disso, todas as críticas que leio são bastante positivas, ao que a aquisição deste livro era somente obrigatória. Ao que parece, esta Graphic Novel trata-se de uma auto-biografia do autor e julgo que é uma obra tão única não por contar a vida fora do comum de um rapaz, cheia de peripécias, mas sim por essa vida ser tão parecida à nossa.
- Ainda falta chegar um dos últimos Hc's de Green Lantern, Secret Origins, também via BookDepository. Já tinha pensado em desistir desta série, mas voltei a ler a saga dos Anéis e jurei não desistir enquanto o Johns lá estiver.
- Por fim, estou a ver se acabo de visionar a terceira temporada do House em DvD. Aquela é, discutivelmente, a melhor temporada da série.
10 maio 2009
Star Trek foi aquilo que não devia ter sido...
Sim, estou de volta! A espera foi longa, mas foi finalmente agora que consegui captar energias suficientes para manter este blog bem vivo, pois bem vistas as coisas, não passava de um ilustre defunto da galeria dos blogs mortos.
E que melhor maneira de recomeçar do que com uma pequena palavrinha sobre o novíssimo filme da franquia Star Trek, com J.J. Abrams, esse grande criador de séries de TV (Lost e Fringe) a coordenar todas as operações. Pois bem, eu não sou nenhum Trekkie nem nunca sequer vi um episódio do início ao fim desta série, apenas sei que tinha uma personagem muito carismática que até a um perfeito desconhecido, como eu, fazia as delícias - o Mr. Spock! Portanto, fui para o cinema completamente às escuras, a mitologia do Caminho das Estrelas não era de todo para mim. Mas lá por não perceber nada disto, não quer que não tenha achado o filme uma valente banhada! Este filme foi tudo menos produzido por um grupo de nerds que idolatravam a série (como o Damon Lindelof e o Abrams o diziam).
Quase todas as personagens foram transformadas em clichés do mais cliché que existe no cinema, até o Senhor Spock, interpretado pelo excelente Zachary Quinto, ficou reduzido no meio daquele festival de máscaras digno de um filme teen de sábado à tarde. É aqui que se vêem as saudades que os bons velhos cenários low-cost e os efeitos especiais rascas deixam, dava-se muito mais ênfase ao argumento e às interacções entre as personagens do que ao show visual que se vislumbra hoje em dia. Além disso, a trama deste filme é do mais básico e visto que há - um descendente de um grande homem que se sacrificou para salvar a sua tripulação, torna-se o herói destas duas horas tortuosas de acçãoao tentar seguir as pisadas do pai, apenas com uma visão mais rebelde do sentido das coisas. A isto tudo juntem-lhe mais uma galeria de personagens mal "enjerocadas" e sub-aproveitadas e voilá! E a Paramount volta tirar-nos o dinheiro do bolso sem nos apercebermos.
Star Trek pecou por ter sido aquilo que não devia ter sido e por não ter sido aquilo que provavelmente conseguiria ser. Safou-se o muito pouco focado tema de viagens no tempo que me fez pensar rapidamente em Lost, que actualmente anda a torturar os fãs com os infinitos time loops que andam a ser criados. Fiquei foi sem perceber se a tentativa de mudar o passado significava uma nova cadeia de eventos ou se fazia parte de um passado que não poderia ser re-escrito... esqueçam lá, quem vê o Lost é que deve perceber o estou aqui a dizer (Whatever happended, happened!). Além disso, há que fazer uma pequena menção ao grande Michael Giacchino. um excelente compositor dos tempos modernos ultimamente tem visto o seu trabalho ser reconhecido por muitos.
E assim fecho o post, até à próxima. Esperem por mais updates nos próximos dias.
Nota: 4/10
Star Trek pecou por ter sido aquilo que não devia ter sido e por não ter sido aquilo que provavelmente conseguiria ser. Safou-se o muito pouco focado tema de viagens no tempo que me fez pensar rapidamente em Lost, que actualmente anda a torturar os fãs com os infinitos time loops que andam a ser criados. Fiquei foi sem perceber se a tentativa de mudar o passado significava uma nova cadeia de eventos ou se fazia parte de um passado que não poderia ser re-escrito... esqueçam lá, quem vê o Lost é que deve perceber o estou aqui a dizer (Whatever happended, happened!). Além disso, há que fazer uma pequena menção ao grande Michael Giacchino. um excelente compositor dos tempos modernos ultimamente tem visto o seu trabalho ser reconhecido por muitos.
E assim fecho o post, até à próxima. Esperem por mais updates nos próximos dias.
Nota: 4/10
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