Este post funciona como uma espécie de recomendação, não com base nas minhas leituras, mas em virtude daquilo que se vive lá fora. Não será só uma recomendação para quem o ler, como também para mim, que várias vezes me esqueço de coisas novas que estão sair e que quero comprar, que gozam de alguma qualidade.
Pois bem, os escolhidos de hoje são dois comics que estão a fazer furor na América e que ainda não alcançaram o seu devido estatuto. Um deles é bastante recente, pelo que é algo cedo para descortinar a sua consistência, mas o que é facto é que não se fala de outra coisa nos sites e blogs mais conhecidos. O outro viu o seu fim há poucos dias e promete fica na história.
Morning Glories, de Nick Spencer e Joe Eisma
Saiu há poucos dias e já está a causar sensação pelo mundo fora. A primeira edição chegou mesmo a esgotar uma segunda impressão e a ganhar uma outra terceira, fruto de uma grande adesão por parte das comic shops americanas. Tudo se passa no colégio de Morning Glories, onde acompanhamos os primeiros dias de aulas dos alunos lá inscritos. Não, não é um Morangos Com Açúcar. Pelo contrário, tanto que o autor, Nick Spencer, define a série como sendo um "encontro entre Lost e Runaways". Pode parecer uma afirmação sensacionalista, mas não pode deixar de intrigar os mais cépticos. As séries supracitadas tiveram dias de grande qualidade e um mash-up das duas, ainda que virtualmente impossível, é algo que pode vir a ser interessante. Isto porque, como a Image nos tem habituado, Morning Glories está cheio de mistério e violência chocante! Já o vimos pela mão de Robert Kirkman quer em Invincible, quer em The Walking Dead, o que contribuiu para o aparecimento de um padrão de qualidade por parte da editora. Não duvidemos então da possível qualidade deste Morning Glories. É sabido que a Image tem sido perita em lançar novos autores para o estrelato (Kirman, Hickman, Fraction) e estes dois rapazes podem muito bem vir a ser os próximos a serem catapultados. Podem conferir um preview de umas das edições aqui.
Daytripper, de Gabriel Bá e Fábio Moon
Cá está o menino dos olhos da crítica recente. Estes dois rapazes, os gémeos brasileiros prodígios, já nos proporcionaram bons trabalhos a nível artístico em Casanova e Umbrella Academy e facilmente caíram nos goto dos fãs de comics. É animador ver como dois autores que apenas trabalhavam no seu país, maioritariamente com edições da Devir, conseguiram singrar no mercado norte-americano, caracterizado por diversas concorrências que chegam a ser avassaladoras. É também interessante ver como desenhadores conceituados somente pela sua arte conseguem agora eles próprios criar novelas gráficas apelativas e bem recebidas pela crítica (Craig Thompson, Blankets, e David Mazzucchelli, Asterios Polyp, são exemplos). Parece que estamos a entrar numa nova era propícia à liberdade criativa de desenhadores que raramente tinham algo a dizer em termos de argumento.
Daytripper gira à volta de Brás de Oliva Domingos, cidadão brasileiro que vive na sombra do seu pai, escritor conceituado pelas suas obras famosas. Brás vive apenas como um escritor de notas de óbito num jornal local o que o leva a questionar-se sobre o sentido da sua vida em função daquilo que o seu pai representa. Uma introspecção à vida real que pretende também ensinar lições valiosas aos mais curiosos por aquilo que representa o nosso tempo gasto na Terra. Uma nota importante que tem sido divulgada e usada como valorização da obra é o aparente chocante twist no fim da primeira edição. Não quero saber qual é, mas sei que lá para o Natal quero ter isto nas mãos.
Morning Glories, de Nick Spencer e Joe Eisma
Saiu há poucos dias e já está a causar sensação pelo mundo fora. A primeira edição chegou mesmo a esgotar uma segunda impressão e a ganhar uma outra terceira, fruto de uma grande adesão por parte das comic shops americanas. Tudo se passa no colégio de Morning Glories, onde acompanhamos os primeiros dias de aulas dos alunos lá inscritos. Não, não é um Morangos Com Açúcar. Pelo contrário, tanto que o autor, Nick Spencer, define a série como sendo um "encontro entre Lost e Runaways". Pode parecer uma afirmação sensacionalista, mas não pode deixar de intrigar os mais cépticos. As séries supracitadas tiveram dias de grande qualidade e um mash-up das duas, ainda que virtualmente impossível, é algo que pode vir a ser interessante. Isto porque, como a Image nos tem habituado, Morning Glories está cheio de mistério e violência chocante! Já o vimos pela mão de Robert Kirkman quer em Invincible, quer em The Walking Dead, o que contribuiu para o aparecimento de um padrão de qualidade por parte da editora. Não duvidemos então da possível qualidade deste Morning Glories. É sabido que a Image tem sido perita em lançar novos autores para o estrelato (Kirman, Hickman, Fraction) e estes dois rapazes podem muito bem vir a ser os próximos a serem catapultados. Podem conferir um preview de umas das edições aqui.
Daytripper, de Gabriel Bá e Fábio Moon
Cá está o menino dos olhos da crítica recente. Estes dois rapazes, os gémeos brasileiros prodígios, já nos proporcionaram bons trabalhos a nível artístico em Casanova e Umbrella Academy e facilmente caíram nos goto dos fãs de comics. É animador ver como dois autores que apenas trabalhavam no seu país, maioritariamente com edições da Devir, conseguiram singrar no mercado norte-americano, caracterizado por diversas concorrências que chegam a ser avassaladoras. É também interessante ver como desenhadores conceituados somente pela sua arte conseguem agora eles próprios criar novelas gráficas apelativas e bem recebidas pela crítica (Craig Thompson, Blankets, e David Mazzucchelli, Asterios Polyp, são exemplos). Parece que estamos a entrar numa nova era propícia à liberdade criativa de desenhadores que raramente tinham algo a dizer em termos de argumento.
Daytripper gira à volta de Brás de Oliva Domingos, cidadão brasileiro que vive na sombra do seu pai, escritor conceituado pelas suas obras famosas. Brás vive apenas como um escritor de notas de óbito num jornal local o que o leva a questionar-se sobre o sentido da sua vida em função daquilo que o seu pai representa. Uma introspecção à vida real que pretende também ensinar lições valiosas aos mais curiosos por aquilo que representa o nosso tempo gasto na Terra. Uma nota importante que tem sido divulgada e usada como valorização da obra é o aparente chocante twist no fim da primeira edição. Não quero saber qual é, mas sei que lá para o Natal quero ter isto nas mãos.
Toda a gente diz que Daytripper deve ser lido em revistas, uma por mês porque cada capítulo é uma história isolada na vida do Brás. É-me dificil ainda de avaliar porque ainda só li os 2 primeiros.
ResponderEliminarO twist que falam é bem engraçado e arriscado pois dá-nos o final da história logo no 1º capítulo. Ainda mal entramos na história e já sabemos como vai acabar.
O Craig Thompson não se compara com o Mazzucchelli porque este começou no comercial (super-heróis) para passar aos projectos pessoas e o Craig nunca trabalhou no mainstream (excepto umas colaborações esporádicas mas sempre como convidado).
Fiquei interessado no Morning Glories!
ResponderEliminarMuito!
Achei aquela capa mito fixe, e as sinopses bastante apelativas!
Fico à espera da compilação.
:)
Abraço
Não resisti e li os 7 números de Daytripper de seguida e é muito bom (recomendo que leiam com algum tempo de intervalo entre cada número para apreciarem o sabor que cada história deixa para trás. Simples, emotivo, genial. Todos os números têm o tal twist no final o que deixa espaço para o leitor se questionar "e se...".
ResponderEliminarO meu favorito para já foi o #5 com uma história de infância do personagem principal tão simples que nos deixa um sorriso na cara para o resto do dia. Não hesitem, corram a comprar.
Estão à espera de quê? Eu não disse para andarem, disse para correr! CORRAM!!